04 abril 2018

GE venderá ativos de TI de saúde por US$ 1,05 bilhão

Após assumir o comando, no ano passado, o CEO prometeu abandonar negócios como iluminação e locomotivas para tentar simplificar a companhia, que passa por dificuldades. A complexidade, disse ele, era a raiz de muitos dos problemas da GE.

Ele começou a cumprir a promessa na segunda-feira, quando uma das maiores divisões da empresa, a GE Healthcare, anunciou a venda de três empresas de tecnologia da informação para a firma de private equity Veritas Capital. A transação de US$ 1,05 bilhão em dinheiro deve ser concluída no terceiro trimestre, informaram as empresas.

A venda representa uma das primeiras mudanças significativas no portfólio desde que Flannery anunciou o plano de abandonar pelo menos US$ 20 bilhões em negócios. A reformulação, aliada a cortes de custos e mudanças de cultura, é um dos pilares da tentativa de Flannery de tirar a GE de uma das crises mais profundas de seus 126 anos de história. A empresa está debilitada no fundo do Dow Jones Industrial Average há mais de um ano em meio a problemas de fluxo de caixa e à fraca demanda por equipamentos industriais.

Apesar da pressão dos investidores por mudanças drásticas, o anúncio de meio-dia sobre o setor de saúde não foi suficiente para elevar as ações. A GE caía 2,5 por cento, para US$ 13,14 por ação, às 13h17 de segunda-feira em Nova York, em meio a um amplo declínio do mercado.

Negócio independente

A Veritas, que recentemente investiu na Truven Health Analytics e na Verscend Technologies, planeja comprar os ativos da GE Healthcare no ramo de gerenciamento de atendimento ambulatorial, gerenciamento financeiro corporativo e gerenciamento de recursos humanos. A firma de investimentos informou que trabalharia com executivos da GE para formar um negócio independente com as unidades.

A nova empresa deverá se beneficiar com a "urgente necessidade de digitalizar nosso sistema de saúde", disse o CEO da Veritas, Ramzi Musallam, no comunicado.

Os ativos da GE se concentram principalmente no fluxo de trabalho dos hospitais e em funções administrativas de TI. Com a venda, a GE Healthcare planeja ampliar o foco no software relativo ao atendimento clínico, incluindo aparelhos conectados, imagens corporativas e "diagnósticos inteligentes".

O setor de saúde há tempos tem sido alvo de questionamentos dos investidores da GE. A divisão, a terceira maior da empresa, com US$ 19 bilhões em vendas em 2017, é uma sólida geradora de caixa e ostenta mercados de alto crescimento, como o de ciências da vida. Mas alguns acionistas e analistas argumentam que a divisão não se encaixa bem no negócio principal da GE, a fabricação de equipamentos industriais, como motores de jatos e turbinas a gás.

Apesar de ter afirmado em novembro que o ramo de saúde continuaria sendo um dos focos da GE, junto com energia e aviação, Flannery sugeriu posteriormente que estaria aberto a separar a empresa em divisões com ações negociadas separadamente. Flannery dirigiu a GE Healthcare por cerca de dois anos e meio antes de ser escolhido sucessor do CEO Jeffrey Immelt. Leia mais em jornaldefloripa 03/04/2018

04 abril 2018



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