08 novembro 2017

CEO da Linx afirma que aquisições não terminaram

O apetite por aquisições da fornecedora de software para o varejo Linx ainda não chegou ao fim. Após fechar as compras da argentina Synthesis e da Shopback no segundo semestre, a empresa já mira novas oportunidades de negócios.

"Vamos continuar fazendo aquisições, sim", afirmou ao DCI o CEO da empresa brasileira, Alberto Menache. "Fizemos uma emissão de ações no final do ano passado justamente para aquisições, então faz parte do nosso dia a dia. Agora qual empresa [será comprada] e por qual preço é um segredo bem guardado."

No terceiro trimestre os resultados operacionais da Linx apresentaram aumento de 17,2% na receita líquida (para R$ 144,6 milhões) e de 11,1% no lucro ajustado (para R$ 19,9 milhões) e consolidaram pela primeira vez números da Synthesis, adquirida em julho por R$ 81,6 milhões. Segundo a empresa um dos principais contratos firmados no terceiro trimestre - na América Central e equivalente à "dezenas de clientes pequenos" - ocorreu através da controlada.

O desafio agora é reverter a dinâmica de receitas da adquirida, ainda dependente da prestação de serviços. "Ao longo do tempo vamos alterar o modelo de negócios da Synthesis para que a receita recorrente [oriunda de pagamentos mensais] se torne mais relevante", afirmou Menache. O grupo argentino atua com softwares para ponto de venda e pagamento eletrônico.

No caso da Shopback (que possuí uma plataforma de retenção e recaptura de clientes no comércio eletrônico), uma das metas da Linx é permitir que clientes do mundo off-line também tenham acesso à tecnologia. "É algo que está em estudo. Não dá para afirmar que toda nossa base vai usar, mas muitos deles sim", afirmou Menache. Comprada em outubro, a Shopback custou R$ 39 milhões a vista, mas as cifras da transação podem alcançar os R$ 56,6 milhões. Nos últimos três anos a Linx gastou R$ 236,6 milhões em valores ajustados com as compras da Synthesis, Intercamp, Chaordic e Neemu. Contabilizando anos anteriores, R$ 737,8 milhões em valores ajustados já foram gastos com aquisições.

A empresa pode contar com apoio do BNDES na estruturação de futuras operações. "Eles financiam a gente há alguns anos", lembrou Menache; atualmente a Linx tem R$106,7 milhões em contas a pagar para o banco do desenvolvimento. Em setembro um novo empréstimo (de R$ 167,4 milhões) foi aprovado para investimentos em pesquisa e desenvolvimento. As cifras devem entrar no caixa da empresa aos poucos em 2018 - quando a Linx aposta em um movimento mais resistente de recuperação do varejo (ver peça). Henrique Julião Fonte dci leia mais em gsnoticias 08/11/2017

08 novembro 2017



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