19 março 2018

Vérios tem aporte de R$ 5,2 milhões liderado por e.Bricks

A empresa de tecnologia financeira Vérios concluiu uma rodada de investimentos de R$ 5,2 milhões e pela primeira vez captou recursos com um fundo profissional. O aporte foi liderado pela e.Bricks Ventures - das famílias Sirotsky e Szajman, à frente dos grupos RBS e VR, respectivamente -, que já tem fatias em startups como GuiaBolso, Contabilizei e Rock Content.

Também participaram dessa tranche a aceleradora Startup Farm e alguns investidores-anjo, que já estavam no capital da Vérios desde o início e ampliaram a sua participação.

Segundo Felipe Sotto-Maior, executivo-chefe da empresa, as conversas começaram no ano passado, quando o e.Bricks decidiu que queria ter no seu portfólio uma empresa de investimentos. Por ser o primeiro com perfil empreendedor a fazer um aporte, houve um pente fino na contabilidade de cinco anos atrás, paralelamente à definição de valor, prazo e destinação de recursos.

"Antes os anjos entravam com um empréstimo que era conversível em participações. A estrutura societária não estava arrumada", diz. No fim de 2017, fecharam o acordo de investimento e, de lá para cá, a empresa se organizou para receber o dinheiro.

O executivo diz que o capital vai servir para reforçar a equipe e fazer investimentos em marketing, além de melhorias no ambiente tecnológico. Conforme cita, a primeira etapa de aconselhamento e a recomendação de carteira ainda têm uma versão parecida com a primeira.

"O investidor vai perceber algumas mudanças na plataforma, mas tem muito de estrutura interna, de organização de dados", diz. "Vai ser mais experiência do cliente com o site do que [novos] produtos financeiros."

Operacional desde 2016, a Vérios oferece um serviço de consultor-robô, que se materializa na figura do "Ueslei", que aparece no organograma da empresa como responsável por estratégia e eficiência operacional. O consultor de inteligência artificial já fez cerca de 250 mil planos de investimentos, com mais de 12 mil contas abertas. Atualmente, faz a gestão de R$ 200 milhões.

Nesse modelo, a partir da definição do perfil de risco, os próprios algoritmos fazem a escolha dos ativos e o balanceamento da carteira para o aplicador.

O corte de entrada costuma ser maior do que em outros robôs de investimentos do mercado brasileiro, com aplicações a partir de R$ 12 mil, mas quem recebe o convite de algum cliente da Vérios pode começar a testar o serviço com R$ 5 mil. Duas vezes por ano há promoções para ingressos com R$ 2 mil. De acordo com Sotto-Maior, a ideia não é baixar muito a régua apenas para ganhar base porque o conceito do robô de investimentos é ter uma carteira diversificada.

"Para fazer distribuição de investimentos, controle de 'duration' [prazo médio] e imposto, tudo isso faz mais sentido para quem está guardando dinheiro num horizonte de médio e longo prazo", afirma. "Para atender quem tem menos dinheiro, de forma menos organizada, não faz."

Com foco nos "millenials", a Warren, por exemplo, reúne em cinco fundos, criados em 2016, mais de 15 mil investidores e cerca de R$ 120 milhões. Por Adriana Cotias Valor econômico Leia mais em verios 16/03/2018

19 março 2018



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