12 março 2018

Repaginada, Odebrecht deve finalizar venda de ativos em 2018

Já arrecadou R$ 7,5 bilhões
Empresas mudaram layout

Na tentativa de quitar dívidas e ganhar fôlego financeiro, em 2016 a Odebrecht iniciou 1 processo de desinvestimentos em ativos no Brasil e no exterior. A expectativa da empreiteira é que as vendas sejam finalizadas em 2018.

O programa de reestruturação, avaliado em R$ 12 bilhões, rendeu R$ 7,5 bilhões aos cofres da empresa até o momento. A Odebrecht vendeu ativos e participações em concessões no Brasil, Peru e Angola. No entanto, algumas operações ainda não foram finalizadas.

A Operação Lava Jato investiga a atuação da Odebrecht em vários países onde a companhia atua. Além do Brasil, a empresa fechou acordo de cooperação com Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala.

No Peru, onde ainda negocia com o governo, a empresa aguarda autorização para finalização da venda da usina de Chaglla, para a estatal China Three Gorges (Três Gargantas), por US$ 1,39 bilhões. A empresa também iniciou o processo de venda de 1 gasoduto.

No Brasil, a Odebrecht afirma que “mantém conversas com interessados” na compra da usina hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia. A usina foi citada em delações premiadas.

A holding também aguarda aval da prefeitura de Belo Horizonte para finalização da venda da InovaBH para o 3G Fundo de Investimentos. A empresa explora uma PPP (Parceria Público-Privada) responsável pela construção e administração de unidades de educação básica. A operação foi autorizada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em janeiro.

DE CARA NOVA
No mesmo período, as empresas do grupo Odebrecht passaram por uma série de mudanças visuais. Todos os movimentos foram feitos com objetivo de desvincular o nome da empresa dos esquemas de corrupção.

A 1ª a passar por mudanças foi a Braskem, em agosto de 2017. A petroquímica abandonou o vermelho do logotipo da Holding e passou a usar amarelo e azul.

No último relatório anual divulgado em 2016, a empresa afirma que as “vulnerabilidades” evidenciadas levaram a empresa a intensificar uma “renovação em todos os âmbitos de sua atuação”.

Algumas empresas do grupo seguem sem mudanças, como a Odebrecht Transport, Odebrecht Latinvest e Odebrecht Defesa e Tecnologia. Entretanto, o grupo não descarta alterações. “Os Negócios têm autonomia para rever suas estratégias de branding para melhor se adequar à realidade de seus mercados”.

No início do processo, a empresa disse, por comunicado, que o objetivo era que com o tempo, o nome Odebrecht passasse a ser de uso exclusivo da Holding. MARLLA SABINO Leia mais em poder360 12/03/2018




12 março 2018



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