09 março 2018

Estrangeiros dominam fusões e aquisições

Quase a metade das operações de fusões e aquisições anunciadas em 2017 envolveu empresas estrangeiras comprando companhias brasileiras, liderando pelo quarto ano consecutivo o perfil de transações no país.

No ano passado, essas operações responderam por 47% do total, incluindo as duas maiores anunciadas - a compra da fabricante de celulose Eldorado pela empresa de capital asiático Paper Excellence, por R$ 15 bilhões, e a aquisição do Campo Roncador pela petrolífera norueguesa Statoil, por R$ 9,5 bilhões.

Por outro lado, os fundos de "private equity" fizeram menos negócios - em 2017, eles estavam envolvidos em 21 transações, ante 24 em 2016.

Apesar das transações bilionárias, o balanço feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra que aumentou a participação de operações abaixo de R$ 500 milhões, passando de 54,2% em 2016 para 63,5% do total. É isso que explica a redução no volume total anual de aquisições e fusões anunciadas, de R$ 179 bilhões para R$ 138 bilhões, mesmo com o leve aumento de 4% no número de transações.

"Aquisições bilionárias são pontuais e acabam impactando o volume total", afirma Dimas Megna, coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima.

As compras foram feitas por companhias capitalizadas ou com fácil acesso a crédito de longo prazo, que deram preferência a pagamentos em dinheiro para comprar o controle das empresas alvo. Quase 80% das operações tiveram esse modelo, segundo a Anbima.

As operações, tanto em volume financeiro como em número de operações, foram lideradas principalmente pelos bancos BTG Pactual e Itaú BBA.

Para bancos de investimentos, os estrangeiros devem continuar ativos e as perspectivas econômicas podem superar os receios do cenário político em meio a um ano eleitoral. "São claros os sinais de recuperação consistente da economia, o que tem motivado diferentes tipos de investidores a buscar oportunidades no Brasil", diz Bruno Amaral, sócio da área de fusões e aquisições do BTG Pactual. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnte 09/03/2018
 

09 março 2018



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