09 fevereiro 2018

O que os unicórnios têm em comum?

Como uma startup consegue valer mais de US$ 1 bilhão

Não! Não é o chifre no meio da testa. E sim eles existem. No mundo do empreendedorismos e das startups unicórnios são empresas  que em pouco tempo conseguem apresentar um potencial de crescimento elevado e estão avaliadas em mais de US$ 1 bilhão antes de abrir seu capital em bolsas de valores. Cabe aqui outra explicação de um termo que todo mundo usa, mas não tenho certeza se todo mundo sabe de verdade: Startup. Já começando falando que não existe consenso em relação ao conceito, mas a definição mais assertiva para mim é a do Yuri Gitahy, que coloca a startup como "um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza”. Incerteza e escala precisam aparecer seja qual for a definição que você queria assumir. Alguns exemplos são: Airbnb, Spotify, WeWork e UBER.

Muito tem se falado que muitas startups estão sendo sobreavaliadas e blá blá blá, o ponto aqui não é quantitativo e sim qualitativo. Se a gente olhasse para todas essas startups gigantes, quais seriam as características e comportamentos que encontraríamos em todas? Essa é a parte relevante da discussão. Em média, quatro unicórnios nasceram por ano na última década, com o Facebook sendo o "super-unicórnio" (valor de US$ 100 bilhões). Vamos aos insights:

Primeiro insight: B2B x B2C. Os unicórnios orientados para o consumidor têm sido mais abundantes e criaram mais valor agregado, mesmo excluindo o Facebook. Mas os unicórnios orientados para as empresas tornaram-se mais valiosos em média, e criaram muito menos capital privado, proporcionando um maior retorno sobre o investimento. Ou seja fazer B2C é super bacaninha, mas B2B é o que dá dinheiro. (fonte: Unicornions Club).

Segundo insight: inovar sem reinventar a roda. As startups são totalmente diferentes, mas na hora de achar o modelo escalável caem de forma uniforme em quatro grandes modelos de negócios: comércio eletrônico, audiência (grátis para consumidores, monetização através de anúncios ou leads), SaaS (os usuários pagam para software baseado em nuvem) e empresas (que pagam por software de maior escala).

Terceiro insight: é uma maratona, não um sprint. São necessários mais de 7 anos para chegar a um "evento de liquidez”. Demorou sete anos em média para que as 24 empresas em nossa lista se tornassem públicas ou fossem adquiridas, exceto em casos extremos, como YouTube e Instagram, ambos adquiridos por mais de US$ 1 bilhão cerca de dois anos após a fundação.

Quarto insight: empresas com co-fundadores bem-educados, que têm história juntos, criaram os maiores sucessos. Não é uma questão de idade ou habilidade, é sinergia entre os sócios.

Bora começar a criar hoje os unicórnios de amanhã! Por  Camila Achutti - CTO e fundadora do Mastertech, professora do Insper e idealizadora do Mulheres na Computação Leia mais em epocanegocios 09/02/2018

09 fevereiro 2018



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