12 fevereiro 2018

‘Investidores não olham o Brasil mais como um país de risco’

Apesar das incertezas políticas para a corrida eleitoral em 2018, o ano promete ser movimentado para o escritório Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados (ex-Souza, Cescon). Marcos Flesch, um dos sócios da banca, vê um ano totalmente aquecido, com crescimento de operações de fusões e aquisições, aberturas de capital e disputa societária pela frente.

O escritório, que registrou a baixa de seu sócio Luis Souza no fim do ano passado, diz que já superou totalmente a saída de um dos fundadores da empresa, e que o foco será manter a estratégia expansionista. Nos últimos cinco anos, o Cescon, Barrieu movimentou R$ 400 bilhões em fusões e aquisições. Em 2017, o escritório participou de 42 operações do gênero. “Vamos crescer em todas as áreas, exceto a criminal, em que não atuamos.”

O cenário ainda está incerto sobre a corrida eleitoral. As eleições deste ano preocupam o escritório?

Apesar das incertezas políticas, não temos visto até agora um candidato que tenha uma agenda que não esteja comprometida com o crescimento do País. Não vejo, neste momento, uma alternativa que ameace a estabilidade de nossas instituições.

Isso inclui o ex-presidente Lula? Ele deveria sair candidato este ano?
Acho que não deveria, mas não tenho condições de analisar o mérito da questão.

Passamos por uma recessão severa nos últimos anos. O sr. já vê sinais de reação?
Temos visto reação, um maior interesse de investidores em fechar negócios. Acredito que, neste ano, teremos um maior movimento de consolidação, envolvendo grupos locais e estrangeiros, além do maior apetite do fundos de private equity (que compram participações em empresas). Os grupos que já estão presentes no Brasil devem mostrar apetite em novos setores.

O Brasil está mais barato?
A relação entre risco e retorno relativa ao Brasil está mais equilibrada. Havia antes uma percepção de que os investidores queriam pagar menos do que o valor real dos ativos. Os investidores não olham mais o Brasil mais como um país de risco.

A saída do sócio-fundador Luis Souza, sócio do escritório, foi muito comentada no mercado. O que motivou a saída dele do escritório?
Tivemos visões diferentes sobre o futuro do escritório. Essa questão que já está superada.

Qual os planos para o futuro?
Crescer em todas as áreas, exceto a criminal, em que não atuamos. Fonte:O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 12/02/2018

12 fevereiro 2018



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