07 dezembro 2017

Mercado Livre compra brasileira Ecommet por R$36,5 mi

fundadores da Ecommet iniciaram a carreira como vendedores no próprio Mercado Livre, que pretende aumentar a integração entre suas soluções

O Mercado Livre anunciou nesta quinta-feira a aquisição da empresa de tecnologia para comércio eletrônico Ecommet, em uma aposta para aumentar a integração entre suas soluções.

A transação de 36,5 milhões de reais, foi realizada integralmente em dinheiro, e garantiu a compra de 100 por cento da Ecommet, disse o diretor de operações da companhia, Stello Tolda.

A Ecommet, criada em 2011 por dois empresários que iniciaram a carreira como vendedores no próprio Mercado Livre, desenvolveu ferramentas que auxiliam lojistas em questões que afetam o varejo online e físico, como gestão de pedidos e estoques e integração de lojas com marketplaces, o que deve ajudar o Mercado Livre a complementar soluções de sua unidade de negócios de suporte de negócios.

"A gente tem clientes que hoje não estão no mundo online e podem se beneficiar em entrar no mundo online usando uma ferramenta como o 'becommerce' (desenvolvida pela Ecommet)", disse Tolda em referência à plataforma de gestão de vendas online da Ecommet, que tem cerca de 3 mil clientes.

O Mercado Livre, que faturou 569,3 milhões de dólares no Brasil entre janeiro e setembro, vê com naturalidade a chegada da Amazon.com como marketplace no país, apesar dos temores iniciais do mercado de que a varejista norte-americana pudesse iniciar uma expansão mais agressiva neste ano.

"O mercado brasileiro é um mercado com muito potencial, é natural que esse mercado chame a atenção de companhias regionais e globais", disse Tolda. "Em determinado momento pode ter havido uma preocupação (do mercado), depois houve um movimento contrário a isso, de reconhecimento de que as coisas não acontecem de forma tão rápida", acrescentou, lembrando que o Brasil apresenta muitos desafios, como problemas logísticos, que devem ser superados pelos marketplaces estreantes no país.

Em 2018, o Mercado Livre deve manter a estratégia de integração de suas unidades de negócio e se integrar mais ao mundo físico, ressaltou Tolda.

Já o diretor da unidade de meios de pagamento Mercado Pago, Túlio Oliveira ressaltou as medidas para expansão da vertical de negócios, vista como área de destaque pela empresa.

"A gente tem feito bastante coisa para se aproximar cada vez mais do mundo físico. A gente lançou a maquininha (de pagamentos com cartão), os próximos passos é que a gente passe a maquininha, ela não seja mais necessária. A gente já tem um serviço de pagamento entre pessoas com QR Code, por exemplo", disse Oliveira. (Por Natália Scalzaretto) Reuters Leia mais em dci 07/12/2017

07 dezembro 2017



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