29 novembro 2017

Ex-sócios da XP investem em empresa de pagamentos

Os sistemas de gestão da maior parte das empresas chegam a uma espécie de "rua sem saída" quando precisam se conectar com os bancos. Uma nova empresa que se propõe a construir essa ponte e automatizar as atividades de controle de pagamentos e cobrança recebeu um aporte de Marcelo Maisonnave, Pedro Englert e Eduardo Glitz, ex-sócios da XP Investimentos.

Criado por executivos do segmento de meios de pagamento, o sistema do FitBank permite às empresas, em especial as de menor porte, controlar suas operações de contas a pagar e a receber diretamente do sistema de gestão. Essa gestão é feita hoje de forma manual ou via troca de arquivos, segundo Otavio Farah, presidente e sócio do FitBank. "Muitas empresas têm áreas inteiras dedicadas apenas a esse controle", diz.

Farah cita como exemplo uma administradora de condomínios, que precisa conciliar diariamente as entradas e saídas de recursos para ter o controle dos pagamentos. "Já chegamos a ver em uma administradora uma gaveta com mais de 70 tokens, referente ao acesso eletrônico das contas de cada um dos condomínios", afirma. Ao operar de forma de integrada com os cinco principais bancos de varejo, o FitBank promete eliminar esse trabalho. "Operamos nessa última milha, onde os bancos não têm interesse em atuar", diz.

A estratégia tem sido se unir a empreendedores experientes em suas áreas de atuação, como Farah. Antes de criar o FitBank, ele foi sócio e diretor da Repom, empresa de gestão de pagamento de fretes e pedágios vendida em 2012 para a empresa dona da Ticket.

Ao automatizar todo o fluxo financeiro das empresas, o FitBank pode oferecer outros tipos de serviço, como a concessão de crédito via antecipação de recebíveis, segundo Farah. "Podemos conectar investidores de fundos e empresas e eliminar o risco de fraude na operação, fazendo com que os recursos caiam direto na conta do fundo que antecipou os recursos", afirma.

Os ex-sócios da XP fizeram um aporte de R$ 2,7 milhões por 24,5% do capital da empresa, que tem autorização para atuar como instituição de pagamento conforme a regulação do Banco Central. Depois de deixarem a corretora, os executivos passaram a investir em empresas de tecnologia voltadas ao setor financeiro - as chamadas fintechs. "O FitBank tem o potencial de fazer para as empresas o que o sistema de pagamentos Mercado Pago fez para o [site de comércio eletrônico] Mercado Livre", diz Maisonnave.  Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 29/11/2017

29 novembro 2017



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