11 novembro 2017

Eletrobras vê forte apetite de investidores por privatização e ativos à venda

A privatização da Eletrobras será a maior da história do Brasil em termos de valores envolvidos e deve atrair forte interesse de players como fundos de investimento e de pensão, além de atuais acionistas minoritários da companhia, disse nesta sexta-feira o presidente da elétrica, Wilson Ferreira Júnior.

A operação deve arrecadar 12 bilhões de reais para o Tesouro em 2018, além de gerar recursos para a Eletrobras e para abater encargos nas contas de luz ao longo dos próximos 30 anos, disse o executivo, que garantiu que a desestatização não irá elevar custos para os consumidores.

O governo revelou em agosto os planos de privatizar a Eletrobras, que serão efetivados por meio de uma oferta de novas ações que diluirá a União para uma fatia minoritária na companhia, de menos de 40 por cento.

"Eu acredito na execução desse projeto... ele é bom para o consumidor, porque vai baixar a tarifa. E não é só baixar, você vai criar condições de mantê-la baixa", afirmou Ferreira, em entrevista à Reuters no Rio de Janeiro.

As ações preferenciais da Eletrobras acumulam alta de cerca de 20 por cento desde que o executivo deixou a privada CPFL Energia e assumiu a companhia, em julho de 2016.

Para atrair ainda mais interesse do mercado na oferta de ações, a Eletrobras definirá um plano de negócios para os próximos anos que irá prever a retomada dos investimentos da companhia em novos projetos de geração e transmissão já em 2018 ou no início de 2019.

"Não tenho dúvidas que, se tiver um plano de negócios criador de valor, entra quem não está e aumenta a aposta quem já está. Dúvida zero nisso", afirmou.

O grupo atual de acionistas minoritários da Eletrobras inclui nomes como Banco Clássico, Citibank, fundos da gestora 3GRadar e o Banco Central da Noruega (Norges Bank), e outros fundos também são vistos por Ferreira como possíveis compradores de papéis da companhia.

"Todos os fundos que são atrelados ao setor elétrico globalmente, todos os fundos de infraestrutura, os fundos de países emergentes, fundos de pensão. É o investidor institucional", apontou.  Por Rodrigo Viga Gaier e Luciano Costa Leia mais em dci 10/11/2017

11 novembro 2017



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