01 outubro 2017

Para preservar a JBS, irmãos Batista já se desfizeram de metade do império

As empresas vendidas até agora foram avaliadas em R$ 24,4 bilhões

Desde que veio a público a delação premiada, os irmãos Joesley e Wesley Batista já se desfizeram de praticamente metade dos negócios para salvar seu império.

As empresas vendidas até agora foram avaliadas em R$ 24,4 bilhões, enquanto o valor de mercado das companhias que ainda pertencem à família está em cerca de R$ 26,4 bilhões.

Banqueiros ponderam, no entanto, que os investidores vêm subavaliando a JBS, carro-chefe do grupo, enquanto o comprador da fabricante de celulose Eldorado pode ter sido otimista demais -o negócio foi avaliado em R$ 15 bilhões.

Uma evidência disso é que as empresas já vendidas têm juntas receita líquida equivalente a 9% dos cerca de R$ 170 bilhões da JBS.

A JBS vale na Bolsa R$ 23 bilhões, mas os especialistas do setor acreditam que poderia ser muito maior se ela abrisse capital no exterior -projeto que travou após a prisão dos dois irmãos.

Desde que o escândalo estourou, a estratégia adotada pelos Batista tem sido preservar o máximo que puderem a JBS, fundada pelo seu pai em 1953, e vender todo o resto para pagar dívidas e acalmar os credores.

Os irmãos venderam também Alpargatas (R$ 3,5 bilhões), Vigor (R$ 4,3 bilhões), metade da Itambé (R$ 600 milhões), e as operações da JBS no Mercosul (R$ 1 bilhão).

Eles têm ainda o Banco Original (avaliado em R$ 2,2 bilhões), as termelétricas da Âmbar (R$ 800 milhões) e a empresa de higiene e limpeza Flora (R$ 400 milhões).

A Âmbar e as marcas da Flora estão à venda, mas não tem sido fácil encontrar um comprador. Já o banco está envolvido em operações investigadas pela Justiça.Por FOLHAPRESS Leia mais em correios-estado 01/10/2017

01 outubro 2017



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