12 agosto 2017

Petrobras deve ter atividade bem mais intensa de desinvestimento no 2º semestre

APetrobras espera uma atividade bem mais intensa de venda de ativos no segundo semestre deste ano, relatou Ivan de Souza Monteiro, diretor executivo financeiro e de Relacionamento com Investidores da empresa, durante teleconferência com analistas e investidores nesta sexta-feira, 11. Ele também reiterou que a meta do programa de parcerias está mantida em US$ 21 bilhões para o período 2017/2018 e lembrou que os ativos a serem repassados são aqueles que não integram a principal atividade da companhia.

De acordo com Monteiro, investidores têm mostrado interesse "muito grande" nos ativos da empresa. Esses investidores, relatou, têm intenção de ficar no País por período longo. Executivos da Petrobras citaram ainda que a companhia tem um aprendizado relativo às primeiras vendas realizadas e parcerias firmadas e vai aplicar esse conhecimento adquirido daqui para frente.

Os executivos da petroleira foram questionados também sobre qual seria o modelo de venda dos ativos no refino. A resposta foi que a discussão sobre um modelo ideal permanece e ainda não há novidades sobre esse tópico.

Custos

Outro tema muito abordado na teleconferência foi a redução de custos implementada pela empresa. Conforme explicou Nelson Luiz Costa Silva, diretor executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobras, os cortes de despesas estão além do previsto no planejamento, com contribuição de todas as áreas de negócios. "A redução de custos é muito consistente em todas as áreas. A redução de custos através do PIDV (Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário) também contribuiu muito", relatou.

A respeito dos desligamentos, Hugo Repsold Júnior, diretor Executivo de Assuntos Corporativos, disse que 16,33 mil funcionários foram desligados, entre os 19,4 mil que se inscreveram. "Tivemos uma redução expressiva na força de trabalho. O balanço foi positivo, dentro da expectativa da empresa", afirmou.

Por falar em custos, as despesas com o pagamento a terceiros pela utilização de gasoduto, após a venda da NTS, pesaram sobre os resultados da companhia no segundo trimestre deste ano. Questionado se o valor alocado para tal no período pode ser considerado uma referência para os próximos trimestres, Monteiro respondeu que pode-se esperar o mesmo nível de gasto nos próximos anos.

Outro tema abordado na teleconferência foi como poderia se dar a monetização de barris eventualmente obtidos pela Petrobras na discussão da cessão onerosa. Mas os executivos explicaram que não possuíam informações para compartilhar neste momento. Leia mais em epocanegocios 11/08/2017

12 agosto 2017



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