07 fevereiro 2017

Triunfo anuncia venda de ativos

O grupo de concessões de infraestrutura Triunfo Participações e Investimentos (TPI) anunciou ontem que avalia a possibilidade de alienar ativos com objetivo de reduzir seu endividamento e de suas controladas.

Segundo o Valor apurou, são potenciais alvos de venda a Portonave ­ terminal privado de contêineres em Navegantes (SC), no qual tem 50%, e é o ativo mais líquido do grupo ­? o aeroporto de Viracopos? o terreno em Santos onde seria construído um terminal privado? e a fatia na Tijoá ­ concessionária responsável pela operação da hidrelétrica de Três Irmãos. Todos ativos à margem de seu principal negócio que são as concessões rodoviárias.

Procurada, a Triunfo não se manifestou sobre essa informação. No comunicado, disse apenas que, até a presente data, "a administração da companhia não decidiu quais ativos poderão ser objeto da alienação".

A companhia contratou assessores financeiros e legais para avaliar a possibilidade de vendas, medida que integra o plano de melhoria de sua estrutura de capital.

A Triunfo encerrou o terceiro trimestre de 2016 ­ último dado disponível ­ com dívida bruta de R$ 3,65 bilhões e R$ 180 milhões disponíveis em caixa, o que resultou em dívida líquida de R$ 3,47 bilhões. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 3,3 vezes.

Presente em rodovia, porto, aeroporto e energia, a companhia enfrenta dificuldades operacionais e financeiras em alguns projetos, como em Viracopos, o mais alavancado. Fontes de mercado que acompanham a empresa avaliam que a melhor maneira de reduzir o endividamento é sair desses negócios, já a dívida é assumida pelos novos controladores.

Estrategista­chefe da casa de análises Eleven, Adeodato Netto diz que o gatilho para a venda de ativos é o fato de o BNDES não ter formalizado o financiamento de longo prazo para a Concebra, a concessionária de rodovia.

O crédito de R$ 3,6 bilhões foi aprovado no início de 2016, mas o desembolso não saiu.
Para Netto, uma eventual venda sozinha da Portonave resolveria a questão. O porto é líder na movimentação de contêineres em Santa Catarina e um dos primeiros do Brasil. "É um ativo muito líquido mas muito grande.

Possivelmente seria comprado por uma multinacional, mas levaria mais tempo. Já Tijoá é menor e teria mais liquidez a curto prazo", disse. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 07/02/2017

07 fevereiro 2017



1 comentários:

Anônimo disse...

O problema da Portonave é que a mesma tem divisão de controladores : 50% está com a Triunfo e outros 50% com a companhia TIL . Potenciais interessados teriam pretensões de assumir 100% a Portonave. Resta saber se a TIL , que pertence a armadora MSC, teria interesse em adquirir os 50% da Triunfo ou se a mesma aceitasse vender sua parte também para um provável investir em adquirir totalmente a Portonave .