05 dezembro 2016

Uber compra startup e cria laboratório inteligência artificial

O Uber Technologies fechou acordo para comprar a startup Geometric Intelligence, que ajudará a empresa de transporte compartilhado a criar um novo laboratório de pesquisa sobre inteligência artificial.

A startup tinha 15 funcionários e estava desenvolvendo novas técnicas de aprendizagem de máquina inspiradas em ciência cognitiva que dependem de menos dados. O CEO Gary Marcus, autor de livros e professor de Psicologia e Neurociência da Universidade de Nova York, chefiará a nova iniciativa de pesquisa, chamada Uber AI Labs.

O laboratório reportará a Jeff Holden, diretor de produto do Uber. A unidade tentará melhorar os algoritmos usados pelo Uber para casar motoristas e passageiros e buscará novas técnicas para a construção de carros autônomos. Um porta-voz do Uber preferiu não dizer quanto a empresa investiu para adquirir a startup.

Além de Marcus, os cofundadores da Geometric Intelligence são Zoubin Ghahramani, especialista em aprendizagem de máquina da Universidade de Cambridge, Kenneth Stanley, professor de Ciência da Computação da Universidade da Flórida Central, e o especialista em Neurolinguística Douglas Bemis.

O Uber tem investido fortemente em carros autônomos. A companhia com sede em São Francisco montou uma enorme operação de pesquisa em Pittsburgh. Também contratou professores da Universidade Carnegie Mellon, um dos primeiros polos de pesquisa sobre veículos autônomos e robótica. Neste ano, o Uber comprou a empresa de caminhões autônomos Otto em uma negociação por ações avaliada em até US$ 680 milhões.

A aprendizagem de máquina é um campo da inteligência artificial que permite que os computadores analisem e se adaptem a novos dados sem serem explicitamente programados. O Uber já utiliza essas técnicas para melhorar a forma como os preços respondem à oferta e à demanda e para casar melhor passageiros e motoristas.

Os cálculos para o UberPOOL, o produto de transporte solidário (carpooling) da companhia, podem ser particularmente complicados porque a companhia precisa casar diversos passageiros em diferentes locais com os motoristas mais bem posicionados, atualizando os cálculos à medida que seus carros trafegam. Eric Newcomer (Bloomberg) -- Leia mais embalo.uol 05/12/2016

05 dezembro 2016



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