01 dezembro 2016

Fundo Cerberus quer investir US$ 2 bilhões na Oi

Fundo americano é conhecido por se especializar em empresas em dificuldades, como é o caso da Oi, que está em recuperação judicial

O fundo americano Cerberus, especializado em empresas com problemas financeiros, está disposto a investir US$ 2 bilhões na operadora de telefonia Oi, apurou o Estado.

A companhia, que está em recuperação judicial e tem dívidas de R$ 65,4 bilhões, tem sido alvo de investidores interessados em assumir a gestão da operadora.

O Cerberus considera que esse investimento é necessário para viabilizar uma recuperação da tele, que ganharia nova administração.

O fundo, que tem como parceiro no Brasil o especialista em reestruturação de empresas Ricardo Knoepfelmacher, da RK Partners, entraria com recursos.

Já Ricardo K. – como especialista em recuperação de negócios é conhecido – participaria da reestruturação da companhia.

A lista de possíveis investidores da Oi é grande. De acordo com declarações feitas pelo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, na semana passada, a agência já teria recebido seis propostas de interessados em participar da reestruturação da companhia.

Entre esses interessados estão o bilionário egípcio Naguib Sawiris, que tem negócios na área de telecomunicações na África e na Ásia, e um outro fundo americano, o Elliott.

Apesar de ter ouvido várias propostas, o presidente da Anatel disse, na terça-feira, acreditar que só uma mudança das regras do setor de telefonia no País permitiria que um investimento na Oi se concretizasse.

Experiência

Conhecido por assumir empresas em situação financeira delicada, Ricardo K. atua hoje na Bombril e na incorporadora imobiliária PDG, que corre o risco de entrar em recuperação judicial.

Anteriormente, ele participou da reestruturação do Grupo X, do empresário Eike Batista, e da Brasil Telecom, operadora que acabou fundida à Oi.

O projeto do Cerberus incluiria também o aporte de recursos de outros fundos para a reestruturação do negócio e conversão de parte da dívida em ações.

Procurados, Cerberus e Ricardo K. não quiseram comentar o assunto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Leia mais em exame 01/12/2016

01 dezembro 2016



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