26 novembro 2016

Odebrecht anuncia venda total de projeto de irrigação Olmos no Peru

A Odebrecht Latinvest, filial da companhia brasileira com sede em Lima e responsável por seus projetos de concessão pública, anunciou nesta sábado a venda de 100% de suas ações no projeto de irrigação Olmos às empresas Brookfield Infrastructure Partners e Suez.

Em comunicado enviado pela empresa, esta afirmou que a venda das duas concessões vinculadas ao projeto, H2Olmos S.A. e Concessionária Transposição Olmos S.A. (CTS), ficaram de maneira conjunta nas mãos dessas duas empresas.

"Os novos acionistas estão comprometidos em garantir a operação e manutenção das concessões, concentrando-se na melhoria da operação dos serviços e identificando oportunidades de investimento em infraestrutura", afirmou a Odebrecht na nota.

Este acordo será apresentado nos próximos dias formalmente perante os devedores da empresa e perante o governo regional de Lambayeque, onde se situa o projeto para sua aprovação definitiva. O projeto Olmos consiste na transposição das águas do Rio Huancabamba, na Amazônia peruana, rumo ao Pacífico através de um túnel de 20 quilômetros sob os Andes para seu uso na irrigação de terras cultiváveis e geração de energia.

Uma das empresas vendidas pela Odebrecht (CTS) é a responsável da construção e manutenção da infraestrutura do projeto, enquanto a H2Olmos se encarrega do financiamento, construção, operação e manutenção dos projetos de irrigação, que abrangem uma área de 43.500 hectares. Não há informações sobre qual foi o montante de venda.

A Odebrecht Latinvest foi criada em 2012 para consolidar as concessões viárias que a empresa brasileira já possuía no Peru e na Colômbia, assim como para identificar novas oportunidades de investimento e operação em sistemas de transporte e logísticos na América Latina. Nos últimos tempos, a Odebrecht anunciou a intenção de vender grande parte de seus ativos para enfrentar as crises institucional e legal que a empresa matriz vive no Brasil.

Neste marco se encontram os esforços da Odebrecht para vender sua participação no projeto Gasoduto Sul Peruano (GSP), cuja negociação de venda caiu esta mesma semana depois que o governo peruano insistiu em que não ia retirar a cláusula anticorrupção do contrato, uma "condição fundamental" para as empresas interessadas em sua compra.  EFE Leia mais em bol.uol 26/11/2016
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Odebrecht vende projeto Olmos no Peru para Brookfield e Suez

A subsidiária Odebrecht Latinvest, do Grupo Odebrecht, vendeu 100% das duas concessionárias, a CTO e a H2Olmos, que operam o Projeto Olmos no Peru para a Brookfield Infraestructure e para a Suez, confirmou a empresa há pouco.

A venda foi antecipada pelo Broadcast.De acordo com estimativas do mercado, o valor da operação ficou entre US$ 60 milhões e US$ 80 milhões. A venda ainda terá de ser aprovada pelos credores e pelo governo regional de Lambayeque. Ambos devem apreciar a proposta nos próximos dias.

O negócio teria sido fechado ontem à noite.O Projeto Olmos prevê o desvio de água do Rio Huancabamba para a Bacia do Pacífico, por meio de um túnel ao longo da Cordilheira dos Andes, para irrigação de 43 mil hectares de terras para uso agroindustrial e geração de energia. O projeto está a 900 quilômetros da capital do Peru, Lima.

A CTO, uma parceria público privada com contrato de duração de 20 anos, encarregada da construção, operação e manutenção do túnel que atravessa a cordilheira. A H2Olmos é responsável pelo financiamento, construção, operação e manutenção do projeto de irrigação, também uma parceria público privada com duração de 25 anos.

Desinvestimentos
A Brookfield já fechou recentemente a aquisição de 70% da Odebrecht Ambiental por valor que pode alcançar R$ 2,7 bilhões, mas a concretização ainda depende dos desdobramentos do acordo de leniência.

No Peru, a Odebecht também já se desfez da concessionária Rutas de Lima, de concessão rodoviária no Peru, e do Complexo Eólico Corredor do Senandes para o Grupo NC. Nessas duas operações, o grupo arrecadou mais de R$ 1,6 bilhão, de acordo com fontes.

A Odebrecht também prossegue com a venda de sua participação de 55% na concessionária Gasoduto Sul Peruano, por pouco menos de US$ 2 bilhões, disseram fontes ao Broadcast. Os compradores são a companhia norte-americana Sempra, que ficará com 50% da participação, e a Tecpetrol, do grupo Techint, assumindo os 5% restantes.

O contrato prevê ainda a venda da participação de 71% da Odebrecht no consórcio construtor para a Techint. A assinatura do contrato dessa venda ainda não aconteceu. Cynthia Decloedt Estadão leia mais em mackenziesolucoes 26/11/2016

26 novembro 2016



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