03 novembro 2016

FUSÕES E AQUISIÇÕES: 68 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM OUTUBRO/16

  O volume de transações no acumulado do ano registrou uma queda de 6,0%, com 629 operações realizadas.  Já o valor total dos investimentos apresentou um crescimento de 1,6%, com o montante de  R$ 194,7 bilhões. No acumulado dos últimos doze meses sinaliza uma redução de 0,6% do número de transações, com  802 operações.
   Foram realizadas 68 transações no mês de outubro/16, correspondendo a um investimento da ordem de R$ 12,8 bilhões. Representa uma queda de  22,7% em relação ao número de operações do mês anterior e de uma redução de  51,4% dos montantes investidos.
   No mês,  cerca de 4,4% das operações  responderam por 49,1% dos montantes envolvidos.
   O valor médio das transações no acumulado do ano registrou um aumento de 8,1%.
   Os setores de OUTROS e TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO foram os mais ativos no mês de outubro.
   O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 60 operações (88,2%), e responderam por 81,0%  dos montantes investidos. Os Financeiros, por sua vez, realizaram 8 operações no mês. No acumulado do ano, os Estratégicos, com 474 operações responderam por 75,4% dos negócios e 74,0% dos investimentos. Os Financeiros  realizaram  155 nos primeiros dez meses de 2016.
   Predominaram os investidores de Capital Nacional, sendo responsáveis por 47 operações - 69,1%, no mês. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram  21 operações - 30,9%.  No acumulado ano, os Nacionais  responderam por 58,3% do volume de operações e os Estrangeiros  por 41,7%. Estima-se que no mês de outubro/16, os investimentos estrangeiros representaram 68,6%,  com  R$ 8,8 bilhões.
  Por país, a China com 2 operações foi o maior investidor no mês, representando 43,8% dos investimentos estrangeiros, Os EUA  com 4 transações, ocupa o segundo lugar com 32,6% dos investimentos.
   A maior transação em outubro/16, foi a da chinesa Three Gorges comprando ativos da Duke Energy no Brasil por cerca de 1,2 bilhão de dólares. A segunda operação mais expressiva foi a da Kellogg comprando a fabricante de alimentos Parati por R$ 1,38 bilhão.
   Quanto às Percepções de Mercado, vale destacar:  (1) FMI confirma previsão de fim da recessão no Brasil em 2017. O FMI afirmou  que o Brasil está no caminho certo para sair da recessão, mas não alterou suas previsões anunciadas em julho, de contração de 3,3% em 2016 e crescimento de 0,5% em 2017; (2) 3 fatores que estão a favor do investimento no Brasil: queda forte dos juros; a desalavancagem das empresas; estabilidade dos preços das commodities; (3) Para onde vai a economia brasileira e mundial, segundo o Itaú. A previsão é de crescimento da economia brasileira de 2% em 2017 e 4% em 2018; (4) 2017 será grande ano para IPOs no Brasil, diz presidente da BM&FBovespa. O próximo ano deverá ser o "ano para IPOs" no Brasil e há chances de que o País volte a ter um número médio de aberturas de capital de cerca de 25.

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de OUTUBRO de 2016.

ANÁLISE DO MÊS

Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 67,6% do total das operações e 68,0% do valor total dos investimentos.



Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 68  transações em 19 setores da economia brasileira, registrando uma queda de  22,7% em relação ao mês anterior ( 88 operações). Também é uma queda de 6,8% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.


Evolução nos últimos 4 anos  - No acumulado dos primeiros dez meses de 2016, apuradas 629 operações, registra-se uma queda  de 6,0% se confrontado com igual período de 2015,  quando foram realizadas 669 operações.

* corrigido gráfico do acumulado do último bimestre, em 27/11/2016


Maiores apetites x maiores quedas. Os segmentos com maior apetite  neste mês foram OUTROS e TI, com a realização de 15 transações cada, representando cada 22,1% do total.
No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros dez meses de 2016, além de TI, destacam-se OUTROS;  INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO.
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações nos dez primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2015, foram COMPANHIAS ENERGÉTICAS e TELECOMUNICAÇÕES E MÍDIA. Por sua vez, os setores que mais cresceram no nº de operações foram INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ePRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS.

O acumulado do volume de transações dos últimos doze meses sinaliza queda - O mês sinaliza queda, de 0,6% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses -  outubro de 2016, com  802 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações,  incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nos investimentos.  As mudanças políticas recentes sinalizam uma alteração da saúde econômica do país com expectativas positivas quanto ao crescimento dos investimentos. Após oito meses de queda do volume de negócios, o acumulado de setembro retoma o otimismo quanto ao crescimento do número de fusões e aquisições no Brasil.


Operações de pequeno porte são maioria nos últimos 3 anos. Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são maioria. No acumulado do ano de 2016, verificou-se uma coincidência  no número de transações de pequeno porte comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Em ambas foram contatadas 388 operações



Porte das transações no mês: 55,7% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 68 transações apuradas no mês,  46  são de porte até R$ 49,9 milhões -  67,6% do total e responderam por 4,4% do seu valor.
Para este mesmo porte de operações, no acumulado do ano de 2016, registraram 388 transações representando 61,7% do total  e  2,3% do valor.
Transações do porte R$ 50 a R$ 500 milhões foram as que mais perderam fôlego nos primeiros dez meses de 2016, registrando queda de 17,5%.



Queda de 51% do montante das operações em relação ao mês anterior.  Quanto aos montantes dos negócios realizados em outubro de 2016, estima-se o total de R$  12,8 bilhões, representando uma queda  de 51,4%  em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 90,1%)  e Não Divulgados/Estimados (9,9%).
Cerca de 4,4% das operações  realizadas no mês responderam por 49,1% dos montantes envolvidos - No topo da pirâmide foram apuradas 3 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 4,4% do número de operações e responderam por  49,1%   do valor das transações. No acumulado de jan a out/16,  são 38 transações que correspondem a 6,0% e respondem por 72,6%  do valor total das transações.



Crescimento de 1,6% dos investimentos nos primeiros dez meses de 2016. O valor total dos negócios no período de jan a out/16, alcançou R$ 207,5 bilhões, representando um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.


Valor médio das transações no período de jan a out/16 tem crescimento de 8,1%. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 329,9 milhões, contra R$ 305,2 milhões no mesmo período de 2015, representando um crescimento 8,1%.



Investidores estratégicos estão com maior apetite - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 60 operações (88,2%), e responderam por 81,0%  dos montantes investidos. No acumulado do ano, os estratégicos, com 474 operações responderam por 75,4% dos negócios e 74,0%   dos investimentos. Os Financeiros, por sua vez, realizaram 8 operações no mês e 155 nos primeiros dez meses de 2016.
Predomínio dos investidores Nacionais no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 47 operações - 69,1%, no mês. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 21 operações - 30,9%.  No acumulado do ano, os Nacionais - 367 operações - responderam por 58,3% do volume de operações e  e os Estrangeiros  por 262 negócios - 41,7%.


Os investidores Estrangeiros responderam por 70,1% dos investimentos realizados nos primeiros dez meses de 2016. Estima-se que no mês de outubro/16, os investimentos estrangeiros representaram 68,6%,  com  R$ 8,8 bilhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros totalizam R$ 145,4 bilhões, correspondendo a 70,1%.

Por país, a China, com 2 operações,  foi o maior investidor no mês, representando 43,8% dos investimentos estrangeiros,Os EUA  com 4 transações, ocupa o segundo lugar com 32,6%.



Maior transação do mês -  Estima-se que a maior transação em outubro/16, tenha sido a da Chinesa Three Gorges comprando ativos da Duke Energy no Brasil por cerca de 1,2 bilhão de dólares. A Three Gorges já está entre as líderes em capacidade instalada, enquanto sua compatriota State Grid fechou no último mês a compra da líder privada de mercado, CPFL Energia. A segunda operação mais expressiva foi a da Kellogg comprando a fabricante de alimentos Parati por R$ 1,38 bilhão.

“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram:
FMI confirma previsão de fim da recessão no Brasil em 2017. O FMI afirmou nesta terça-feira que o Brasil está no caminho certo para sair da recessão, mas não alterou suas previsões anunciadas em julho, de contração de 3,3% em 2016 e crescimento de 0,5% em 2017. O relatório sobre a economia mundial do FMI destaca que a queda do índice de confiança parece ter chegado ao fim, graças a "menores incertezas políticas" e à absorção dos choques econômicos passados.
3 fatores que estão a favor do investimento no Brasil. “Parece que o crédito vai descongelar de cima para baixo. Está começando nas grandes empresas”, diz o economista-chefe do Itaú Unibanco. A recessão no Brasil é tão profunda que o PIB só deve voltar para o nível de 2014 em 2019, totalizando 5 anos perdidos. A boa notícia é que o investimento deve reagir nos próximos anos graças a uma combinação de três fatores. O primeiro é a queda forte dos juros.  O segundo motor da volta do investimento é a desalavancagem das empresas. Outro fator positivo é a estabilidade dos preços das commodities na medida em que a China desacelera de forma organizada.28/10/2016
Para onde vai a economia brasileira e mundial, segundo o Itaú. A previsão do banco que PIB só voltaria em 2019 para o pico registrado no início de 2014: um total de 5 anos perdidos. A previsão do banco é de crescimento da economia brasileira de 2% em 2017 e 4% em 2018, mas mesmo assim o PIB só voltaria em 2019 para o pico registrado no início de 2014. É um total de 5 anos perdidos, prazo ainda maior na conta de PIB per capita.
2017 será grande ano para IPOs no Brasil, diz presidente da BM&FBovespa. O próximo ano deverá ser o "ano para IPOs" no Brasil e há chances de que, daqui para frente, o País volte a ter um número médio de aberturas de capital próximo ao que se via no passado, de cerca de 25, disse o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. Nesta sexta-feira, começaram a ser negociadas as ações da empresa de diagnósticos Alliar, o primeiro IPO desde junho do ano passado. Segundo Edemir, a operação da Alliar demonstra que a confiança voltou ao mercado de capitais. Prova disso seria a forte presença de investidores estrangeiros na oferta, da ordem de 60% do total, segundo dados preliminares. No total, o IPO da Alliar movimentou R$ 766 milhões, em uma oferta primária e secundária. No ano, a entrada de capital estrangeiro em Bolsa soma R$ 17 bilhões, sendo que, no melhor ano, esse montante chegou a R$ 25 bilhões.28/10/2016

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou  postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.

DESTAQUES DA:
SEMANA DE 24 a 30/out/16
SEMANA DE 17 a 23/out/16
SEMANA DE 10 a 16/out/16
SEMANA DE  03 09/out/16
SEMANA DE  26/set a 02/out/16

DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
• FUSÕES E AQUISIÇÕES: 88 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM SETEMBRO/16
TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em setembro/2016

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

03 novembro 2016



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