11 novembro 2016

Eletrobras corta investimentos e busca R$ 5,5 bi em vendas de ativos

A estatal federal Eletrobras divulgou nesta sexta-feira (11) um Plano de Negócios 2017-2021 que prevê investimentos de R$ 35,8 bilhões, o que representa corte de 29% ante o plano anterior (2015 a 2019), em meio a uma estratégia da companhia para se reerguer após anos de prejuízos bilionários.

A estatal ainda pretende levantar cerca de R$ 5,5 bilhões com vendas de ativos até o final de 2017. Ao menos R$ 913 milhões viriam da privatização da distribuidora goiana Celg-D, agendada para 30 de novembro, e outros R$ 4,6 bilhões da venda de imóveis, como terrenos e prédios administrativos, e participações acionárias em usinas e linhas de energia.

Em paralelo, a companhia trabalha para viabilizar um amplo Plano de Aposentadoria Incentivada com o objetivo de reduzir despesas.

O assunto está em discussão com o Ministério do Planejamento, mas a estatal tem cerca de 5 mil funcionários elegíveis ao plano, cujas metas ainda não foram definidas.

Em teleconferência com acionistas, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, disse que os números ainda não estão fechados, mas adiantou que gastos com esses desligamentos deverão se pagar em entre 18 e 20 meses.

"Devemos fazer um plano atrativo para que a gente tenha de fato uma grande adesão, mas só vou poder dar estimativas disso no momento em que estiver aprovado", explicou.

Vendas de ativos 
O presidente da Eletrobras afirmou ainda que a estatal está "muito otimista" quanto ao leilão de privatização da Celg-D.

O certame estava originalmente previsto para agosto, mas foi adiado pelo governo devido à falta de interessados. Na sequência, o governo reagendou a licitação e baixou o valor mínimo exigido pela totalidade das ações da companhia que serão ofertadas para cerca de R$ 1,79 bilhão, ante R$ 2,8 bilhões previamente.

"O preço está muito bem colocado... certamente o comprador estará comprando na baixa... temos sentido muito interesse de compradores, uma movimentação importante no data room, sem dúvida nenhuma estamos muito otimistas", disse Ferreira.

Em relação às demais vendas de ativos planejadas, o executivo disse que a ideia da Eletrobras é vender suas fatias minoritárias em empreendimentos junto com os demais sócios, exercendo direito de tag along.

Isso aconteceria ainda em 2017, com o primeiro semestre para análise das propostas e o segundo para a efetivação das negociações, segundo Ferreira.

Com o conjunto de redução de investimentos, vendas de ativos e cortes de despesas, a Eletrobras poderá buscar reduzir a relação entre dívida líquida e geração de caixa (Ebitda) para menos de 4 vezes, ante 8,7 vezes no final do terceiro trimestre.

"Não tenho dúvida de que essa companhia será capaz de em um tempo muito rápido virar esse jogo... as sementes para que a gente possa trabalhar estão aqui plantadas, e agora nós vamos a cada trimestre acompanhar nossa evolução", concluiu Ferreira. Leia mais em jornalfloripa 11/11/2016

11 novembro 2016



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