05 outubro 2016

TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em setembro/2016

Expressivo crescimento do número de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom em setembro/16. Foram realizadas 29 transações no mês,  representando um crescimento de 31,8%  em relação ao mês anterior. No acumulado dos primeiros nove meses de 2016, foram apuradas 180 operações indicando uma queda de 6,7%. O  montante dos investimentos no mês totalizou R$ 1.212,1 milhões, refletindo uma crescimento de 141,4%  em relação ao mês anterior, e um crescimento de  4,8% no acumulado do ano.
Continua sinalizando crescimento o período acumulado semestral móvel findo em set/16.
Os segmentos de  SERVIÇOS DE TI, SOFTWARES e MÍDIA concentram o maior número de operações no mês.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno porte foram em maior volume.
Em setembro, os investidores estratégicos foram  mais ativos em volume, como também os de capital nacional.
No acumulado dos primeiros nove meses de 2016, o Investidor Estratégico foi o mais ativo com 109 operações. Os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 82,0% dos investimentos no acumulado do ano e por 35,0% do volume de operações. Os EUA foram responsáveis por 38,7% dos negócios.
A maior transação neste mês foi a da empresa de tecnologia Linx com a oferta pública de distribuição primária que alcançou o total de R$ 444 milhões.  27/09/2016

Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações.

ANÁLISE DO MÊS

Principais constatações.
No mês de setembro/16 foram realizadas 29 transações,  representando um crescimento de 61,1% em relação ao mesmo mês do ano passado (18 operações)  e  um aumento de 31,8%  em relação ao mês imediatamente anterior (29 transações). No acumulado dos primeiros nove meses de 2016, com 180 transações, verificou-se uma queda de 6,7% comparativamente ao mesmo período de 2015.


No fluxo de transações realizadas, os altos e baixos continuam.


O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis.  O período móvel findo em set/16, continua sinalizando crescimento do novo ciclo.


Os segmentos de maior volume de operações em setembro/16, foram os de  SERVIÇOS DE TI, SOFTWARES e MÍDIA  com 79,3% do total


Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de setembro, o subsegmento BPO; serviços financeiros; contabilidade, recursos humanos...; Outsourcing; Treinamento  de SERVIÇOS DE TI foi o mais ativo. No acumulado deste ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações.


O montante de transações nos primeiros nove meses do 2016, alcançou  R$ 10,9 bilhões, representando um crescimento de 4,8% sobre igual período do ano anterior. No mês de setembro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (45,9%) e as não divulgadas (estimados) 54,1%, alcançou R$ 1.212,1 milhões, representando um crescimento de 141,4%  em relação ao mês anterior.

Comparando-se o número de transações dos primeiros nove meses por segmentos, compiladas nos últimos três anos,  verifica-se que somente SOFTWARE e SERVIÇOS DE TI acusaram crescimento neste ano.


RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado de 2016, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.

(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;

PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês.


 • Microempresa <= R$ 2,4 milhões
 • Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
 • Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
 • Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
 • Grande empresa > R$ 300 milhões

PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 29 operações destacadas, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 18 negócios em set/16. Desse volume, 10* operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 8* de capital estrangeiro. Os investidores Financeiros realizaram  11 negócios, sendo 9 de capital nacional e 2 de capital estrangeiro.
No acumulado do ano, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações - 109. Entre eles sobressai o Investidor Nacional com 68.
Já no que tange ao total dos investimentos, os Investidores Estratégicos representaram 65,0%.
Por sua vez, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 80,0% dos investimentos e com 62 operações responderam por 34,4*% do volume de operações.
                                       * Correção em 7/11/16

(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).

VALOR MÉDIO
O valor médio das transações no acumulado do ano de 2016, por Segmento de TI,  foi de R$ 60,8 milhões, representando um crescimento de 12,4%  em relação ao mesmo período de 2015.


NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de setembro/16, foram registrados 10 operações de 4 países. No acumulado do ano, foram 62 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 38,7% dos negócios.



MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
A maior transação neste mês foi a da empresa de tecnologia Linx com a oferta pública de distribuição primária que alcançou o total de R$ 444 milhões.  27/09/2016

DESTAQUE DO MERCADO:
Setor de software e serviços investiu US$ 12,3 bilhões em 2015. O setor de software no Brasil cresceu 30,2% em 2015 com investimentos de US$ 12,3 bilhões. Essa estatística foi divulgada durante a realização da Conferência da Abes 2016, em São Paulo, entidade que reúne cerca de 1600 empresas de software e serviços, que completou 30 anos de fundação. A pesquisa Mercado Brasileiro de Software e Serviços, encomendada à IDC, apontou que o investimento total em TI (incluindo hardware, software e serviços) teve um aumento de 9,2% em relação a 2014, enquanto a média global de crescimento foi de 5,6%. Globalmente, os investimentos somaram US$ 2,2 trilhões em 2015. Com esse resultado, o Brasil permanece na lista dos países que apresentaram maior crescimento setorial, mantendo a 7ª posição no ranking mundial de investimentos em TI. Quando se comparar com a América Latina, ocupou o primeiro lugar, com 45% dos investimentos da região, somando US$ 59,9 bilhões, seguido por México, com 20% e Colômbia, 8%. Ao todo, a região latino-americana soma US$133 bilhões. O mercado doméstico de Tecnologia da Informação, que inclui hardware, software e serviços, movimentou 60 bilhões de dólares em 2015, representando 3,3% do PIB brasileiro e 2,7% do total de investimentos de TI no mundo, um resultado praticamente igual às participações apontadas no ano anterior. 15/09/2016
Mercado brasileiro de TI deve voltar a crescer em 2017, projeta Gartner. O mercado brasileiro de TI não está vivendo seus melhores momentos nos últimos anos. Depois de um 2015 nada promissor, com queda de 30% nos gastos das empresas do país com recursos computacionais, em comparação ao ano anterior, o cenário permanece ruim este ano, com perspectiva queda de 12,9% nos gastos, segundo projeção do Gartner. No entanto, a consultoria prevê sinais de melhora no setor a partir de 2017, quando a indústria de tecnologia no Brasil começa a retornar taxas de evolução “no azul”. A expectativa é de um crescimento de 1,6% nos investimentos alocados em recursos computacionais comparado a este ano. 21/09/2016

RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.


M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições, no setor de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação, bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação mensal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

05 outubro 2016



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