12 outubro 2016

Startup que presta serviços baseados em testes de DNA recebe investimento do fundo Primatec

A Myleus Biotecnologia acaba de fechar negociação de investimento com o fundo Primatec. A startup que nasceu na Universidade Federal de Minas Gerais, presta serviços baseados em testes de DNA para empresas de alimentos e também para pesquisadores. Há dois anos a Myleus recebeu seu primeiro investimento de capital semente da Fundepar, que atua tanto no aporte de recursos financeiros quanto no suporte à gestão. Ambas comemoram a evolução do negócio, que chamou a atenção de investidores e agora poderá continuar crescendo e expandindo suas ações comerciais. A celebração do contrato foi feita no final do mês de agosto, fechando um ciclo de negociações que durou aproximadamente 6 meses.

A tecnologia da Myleus nasceu em 2010, quando Rafael Palhares, Diretor científico e tecnológico, Marcela Drummond, Diretora executiva e Mariana Bertelli, Diretora de novos negócios, começaram a desenvolver começaram a desenvolver a solução na área de biotecnologia, que auxilia os players da cadeia produtiva de alimentos em suas ações de autocontrole e análise de risco à fraude por troca de espécies.

Segundo Marcela Drummond, o desenvolvimento das soluções hoje oferecidas pela Myleus ocorreu em um prolongado período de imersão em laboratório. Entre 2010 e 2014 a empresa teve pouco contato com o mercado, cenário que mudou radicalmente após o início da parceria com a Fundepar. A partir dali, a Myleus se estabeleceu na incubadora Habitat/Biominas e passou a contar com sua própria estrutura laboratorial. Além disso, as ações comerciais levaram ao aumento da carteira de clientes. “Conseguimos grandes clientes, cases importantíssimos, realizamos muita interação com diversos parceiros estratégicos para alavancar o negócio”, conta.

Além de atuar no aporte financeiro, a Fundepar também oferece suporte na gestão. No caso da Myleus, esse apoio foi fundamental para a profissionalização da gestão. Segundo Marcela, a partir dessa parceria, a Myleus pôde instalar uma governança mais robusta, que contribuiu para o crescimento organizado e expansão do número de contratos fechados.

Para Ramon Azevedo, diretor executivo da Fundepar, a Myleus é um caso que valida a tese de investimento da Fundepar. “O objetivo da Fundepar é identificar empresas em estágio inicial que tenham como origem a universidade e centros de pesquisa e apoiar essas empresas na sua estruturação e crescimento. No caso da Myleus, esse trabalho foi realizado e demonstra o seu resultado na medida em que o Primatec se tornou interessado em investir um volume maior de recursos para continuar o crescimento da empresa em uma velocidade ainda maior”, diz.

Com mais um passo dado na história da empresa, as perspectivas são as melhores possíveis. A aplicação do investimento feito pelo Primatec será direcionada à expansão comercial e evolução da proposta de valor. Espera-se que a empresa organize sua oferta de produtos de forma a entregar o máximo de valor para seus clientes. O esforço comercial e de marketing da Myleus, deverá viabilizar a expansão da carteira de clientes tanto no Brasil quanto no exterior. Além disso, os três sócios pretendem abrir uma filial em São Paulo nos próximos meses.

O Primatec

O Primatec é um fundo de investimento que conta com a Antera como Gestor e a Brain Ventures como Consultor Operacional. O Fundo foi criado visando o investimento em empresas de base tecnológica que possuam vínculo com incubadoras ou parques tecnológicos. A tese de investimento do Primatec envolve empresas de base tecnológica, com grande potencial de crescimento, prioritariamente nos setores de tecnologia da informação e comunicação, sustentabilidade, energia e economia criativa.

A Myleus chamou a atenção dos gestores do Primatec justamente por se enquadrar nas principais vertentes da tese de investimento. André Massa, diretor da Antera, aponta ainda dois fatores que contribuíram para o fechamento deste ciclo de negociações. “Entre os pontos fortes da empresa, vale ressaltar um time de empreendedores diferenciado – que demonstram ter grande capacidade de execução – e a tecnologia desenvolvida pela empresa. Além disso, a existência de um investidor anterior, como a Fundepar, contribuiu fortemente. A governança previamente instalada pela Fundepar ajudou bastante durante todo o período de análise e investimento”, conta. Marcelo Almeida, CEO da Brain Ventures, desatacou a importância da nova tecnologia que, aplicada na cadeia alimentar, pode garantir muito mais segurança para os consumidores na procedência e qualidade dos alimentos que ingerem diariamente.

A parceria com o Primatec vai além do aporte financeiro. Massa destaca alguns dos pontos trabalhados em conjunto entre fundo e empresa investida. “O Fundo traz ainda o apoio nos principais desafios que a empresa enfrentará em cada fase de desenvolvimento, como atração e retenção de ‘pessoas chave’, mentoring para montagem de equipe de vendas, expansão comercial, abertura de novos mercados, governança, networking, acompanhamento próximo, excelência operacional, excelência gerencial e eficiência financeira, entre outros”, explica.

Para as empresas que têm interesse em saber mais sobre o Primatec e enviar a sua proposta, basta entrar no site. Qualquer empresa do Brasil pode buscar essa parceria. Leia mais em startup 11/10/2016

12 outubro 2016



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