03 agosto 2016

CSN analisa últimas três propostas pelo Sepetiba Tecon

A CSN restringiu para três o número de interessados no seu terminal de contêineres, o Sepetiba Tecon, no porto de Itaguaí (RJ), apurou o Valor. Restam sobre a mesa as propostas da gigante operadora de terminais PSA, de Cingapura; da Terminal Link (ligada ao armador francês CMA CGM) e que está associada à gestora de ativos logísticos Logz; e da brasileira Multiterminais.

Todos os nomes foram antecipados pelo Valor. A estimativa é que o negócio possa ser concluído ainda neste mês. Procurada, a CSN preferiu não se manifestar.

Até o mês de abril, cinco propostas estavam no páreo, entre elas a da brasileira TCP e a do grupo turco Yildirim. Originalmente a maioria das ofertas era para aquisição integral do terminal, mas a CSN reviu a estratégia e quer agora se desfazer apenas de parte do negócio, atraindo um sócio. Por essa razão, os interessados adaptaram suas ofertas.

A PSA e a Terminal Link propõem comprar 50% do Sepetiba e ficar responsável pela operação do ativo. Já a Multiterminais ofertou à CSN um plano de fusão com o Sepetiba Tecon.

A parceria com a PSA é a que mais atrai a CSN, apurou o Valor, pela perspectiva de progresso. A PSA é o maior operador mundial de terminais de contêineres, tem expressão global e capacidade de atrair armadores, garantindo as escalas de navios. No ano passado, movimentou em todos terminais que tem no mundo 54 milhões de Teus (contêiner padrão de 20 pés).
Os portos brasileiros escoaram no período 9,1 milhões de Teus.

O Sepetiba foi avaliado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão. A venda faz parte da iniciativa da CSN para baixar sua dívida líquida ajustada, que encerrou o ano passado em R$ 26,5 bilhões. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, fechou em 8,15 vezes.

Também a TCP, controladora do Terminal de Contêineres de Paranaguá e da empresa de serviços logísticos TCP Log, propôs à CSN uma fusão com o Sepetiba Tecon. Pelo negócio, a empresa oriunda da fusão seria controlada pela CSN e pelos acionistas da TCP. Mas a participação acionária da nova empresa não agradou a siderúrgica. O modelo de fusão interessou à  companhia, mas a fatia de cada um na nova empresa de operação portuária, que nasceria com um portfólio forte, precisaria ser melhor ajustada para decolar. Por Fernanda Pires Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 03/08/2016


03 agosto 2016



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