04 agosto 2016

Ageo busca sócio para seus dois terminais no porto de Santos

A Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais (EBT), que controla os terminais de líquidos Ageo e Ageo Norte, no porto de Santos (SP), está em busca de um sócio minoritário para as duas instalações, apurou o Valor. A holding contratou o Santander para encontrar um interessado nos terminais, especializados na movimentação de produtos químicos e petroquímicos na Ilha Barnabé, onde se concentram as estruturas que escoam cargas dessa natureza em Santos. Procurada, a empresa não respondeu ao pedido de entrevista até o fechamento desta edição.

Segundo o Valor apurou, a busca por um parceiro integra a estratégia de expansão da companhia, cuja atuação hoje está restrita ao cais santista. Não tem relação com a obrigatoriedade de os terminais investirem R$ 220 milhões até o fim de 2019, como contrapartida à renovação antecipada dos arrendamentos feita pelo governo, que estendeu em 20 anos os prazos de exploração das áreas no porto público. Tal mecanismo foi criado pela Lei dos Portos, de 2013, para modernização do setor.

Apesar de terem contratos separados junto à autoridade portuária (Codesp), Ageo e Ageo Norte têm uma gestão única, totalizando 113,8 mil metros quadrados de área no porto.

Dos quase R$ 220 milhões que deverão ser investidos, R$ 53,8 milhões são destinados à modernização da Ageo e R$ 165,3 milhões, à da Ageo Norte.
Serão alocados para aumentar capacidade de movimentação e eficiência.

Na Ageo, a capacidade estática deverá ser elevada em pelo menos 33 mil metros cúbicos até o término de 2017, perfazendo 247,9 mil metros cúbicos.

Na Ageo Norte, onde será feito o maior investimento, haverá um novo layout. A oferta estática de tancagem deverá sair de 94,3 mil metros cúbicos para 144,3 mil metros cúbicos. A empresa terá de construir um píer de atracação com extensão e largura mínimas de 223 metros e 24 metros, respectivamente; realizar a dragagem inicial do berço a ser construído para a profundidade de 15 metros; e garantir a infraestrutura adequada à nova profundidade pretendida para os berços do terminal, de 12 metros para 15 metros. Também deverá construir uma ponte de acesso, composta de rodovia para circulação de  veículos, passeio para pedestres e região para passagens de linhas de tubulações para conexão com a plataforma de operações.

A Ageo e a Ageo Norte estão entre os primeiros arrendamentos que tiveram os prazos de exploração prorrogados antecipadamente pela antiga Secretaria de Portos (SEP), em 2014 e 2015, respectivamente. Receberam mais 20 anos: o período de exploração vai até 2041 e 2040.

Além dos arrendamentos, a EBT tem outro projeto para Santos. Irá construir um terminal retroportuário nas proximidades do porto santista em área própria. O empreendimento, denominado Terminal Santorini, prestará serviço de movimentação de granéis sólidos e líquidos e de carga geral não conteinerizada. Em abril a Cetesb emitiu a licença prévia do projeto.

A área total é de 834 mil metros quadrados, mas o terminal propriamente ocupará cerca de 250 mil metros quadrados, pois 70% do local será preservado. O empreendimento será construído modularmente, conforme a demanda do mercado. O investimento inicial será de R$ 480 milhões, mas o empreendimento terá um custo total de R$ 1 bilhão. Por Fernanda Pires Fonte: Valor Econômico leia mais em sinicon 04/08/16

04 agosto 2016



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