07 junho 2016

Aché define estratégia para crescer em dermatologia

Com o objetivo ambicioso de se colocar entre os três maiores laboratórios em dermatologia do país, o Aché reestruturou seu negócio e colocou sob o mesmo guarda-chuva dermomedicamentos e dermocosméticos. Hoje, a área representa 3% de seu faturamento consolidado, com vendas de R$ 103 milhões em 2015. Mas essa participação deve crescer nos próximos anos e alcançar até 15% em 2030.

"A meta é ser mais representativo e isso ocorrerá no médio e longo prazo", diz a diretora da Aché Derma, Mônica Branco. Esse horizonte extenso, segundo a executiva, decorre também da dinâmica do mercado de dermomedicamentos, cujo desenvolvimento pode levar muitos anos.

Para crescer nesse mercado, a farmacêutica vai lançar mão de inovação, ampliação da parceria com a classe médica e da distribuição de seus produtos e, se houver oportunidade, da aquisição de produtos ou companhias. Nessa última frente, o processo ainda está em estágio embrionário, mas o Aché já começa a olhar alternativas. "Estamos mapeando como podemos evoluir em aquisições", diz.

A aposta em dermatologia está inserida na estratégia que sustentará o novo ciclo de expansão. A meta global é dobrar a receita a cada cinco anos, a partir de 2015. Para 2016, na Aché Derma, a expectativa é a de crescimento de 16% nas receitas e lançamento de oito produtos - três dermomedicamentos e cinco dermocosméticos.

O ritmo de lançamentos pode ganhar corpo nos próximos anos, estimulado pela inauguração do Laboratório de Design e Síntese Molecular do laboratório. Ali, um dos destaques entre as pesquisas em curso fica por conta de um novo medicamento para tratamento do vitiligo, doença que ainda desafia a indústria farmacêutica.

Hoje, o portfólio do Aché conta com 21 dermocosméticos, distribuídos em oito categorias e vendidos sob a marca Profuse, com faturamento equivalente a 50% das vendas dos sete dermomedicamentos do laboratório. No mercado de cosmésticos, diz Mônica, a liderança está nas mãos de multinacionais. Nos últimos anos, porém, empresas nacionais, especialmente farmacêuticas, têm acelerado o desenvolvimento de produtos.

A dermatologia é hoje a especialidade que mais cresce na medicina, segundo Mônica, e um público cada vez maior tem entrado no radar das farmacêuticas. Dentre as novas tendências da área, a executiva cita a inserção de cada vez mais idosos. "Outra parcela da população que merece atenção é a de adolescentes, que têm influência na compra."  Jornalista: Stella Fontes - Valor Econômico Leia mais em portal.nresnet 07/06/2016

07 junho 2016



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