03 maio 2016

FUSÕES E AQUISIÇÕES: 83 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM ABRIL/16

  Crescimento do número de fusões & aquisições no mês de abril/16.  Foram realizadas 83 transações no mercado brasileiro, no mês de abril/2016, correspondendo a um investimento da ordem de R$ 32,7* bilhões. Representa um crescimento de 76,6% em relação ao número de operações do mês anterior e de um aumento de 196,7%* dos montantes investidos.
    O valor total dos negócios no primeiro quadrimestre de 2016, alcançou R$ 64,6* bilhões, representando uma queda de 9,4%*  em relação ao mesmo período do ano anterior. No volume de transações, no total de 228, também representou uma queda de 10,2%.
    Cerca de 60% das transações do 1º quadrimestre são do porte de até R$ 50 milhões - das 228 transações 141 são deste porte.
    O valor médio das transações no 1º Quadrim/2016 ficou estável, em R$ 283,3* milhões
    Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) e OUTROS  foram os mais ativos no mês de abril.
    O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 70 operações (84%).
    Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional responderam, em abril, por 46 operações e os Estrangeiros com 37. No acumulado do ano, os Nacionais responderam por 56,1%* do volume de operações e 49,8% do montante.  Por país, os EUA, com 9 operações,  foi o maior investidor, representando 41,9% dos investimentos estrangeiros.
    A maior transação no mês foi a fusão da  BM&FBovespa e a Cetip em um negócio avaliado em quase R$ 12 bilhões.
    No gráfico do acumulado dos 12 meses assinala uma mudança da direção do viés de queda, não só pelo crescimento do operações no mês, como também pela expressiva quantidade de transações de grande porte.
    Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: (i) Bancos esperam mais perdas com calotes. (ii) Crise é a pior em 100 anos, afirma presidente do Itaú. (iii) FMI vê Brasil encolhendo mais em 2016 e estagnado no ano seguinte. (iv) Para BC, fim do impasse político permite reação rápida da economia. (v) Valor de mercado das empresas brasileiras cresce 17% até abril.
*Correção em 17/05/2016

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de ABRIL de 2016.

ANÁLISE DO MÊS

Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 60,2% do total das operações e 47,5% do valor total dos investimentos.

Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 83  transações em 20 setores da economia brasileira, registrando um crescimento de 76,6 % em relação ao mês anterior ( 47 operações).


Evolução nos últimos 4 anos  - No acumulado do 1º quadrimestre de 2016, apuradas 228 operações, registra-se uma queda  de 10,2% se confrontado com igual período de 2015,  quando foram realizadas 254 operações.


Maiores apetites x maiores quedas. O segmento com maior apetite  neste mês foi o de TI, com a realização de 17 transações representando 20,5% do total.
No gráfico dos setores mais ativos nos primeiro quadrimestre de 2016, além de TI, destacam-se OUTROS  e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO.
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações nos quatro primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2015, foram TI, COMPANHIAS ENERGÉTICAS e  OUTROS. Por sua vez, o setor que mais cresceu no nº de operações foi PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS.


Acumulado volume de transações dos últimos doze meses sinaliza queda - O mês sinaliza crescimento, de 2,1% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses -  abril de 2016, com  816 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações,  incluindo prováveis fatores que mais estão influenciado os investimentos. Interessante assinalar a mudança da direção do viés de queda, não só pelo aumento significativo do número de operações no mês, como também pela expressiva quantidade de transações de grande porte.



Operações de pequeno porte são maioria nos últimos 3 anos. Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são maioria. Por sua vez, as operações de valor superior a um  bilhão de reais  apresentaram notável crescimento.
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*Correção em 17/05/2016

Porte das transações: 59% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 83 transações apuradas no mês,  49 são de porte até R$ 49,9 milhões -  59,0% do total e responderam por 2,3% do seu valor.
Para este mesmo porte de operações, no acumulado do ano de 2016, registraram 141 transações representando 61,8% do total  e  3,3% do valor.
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*Correção em 17/05/2016

No quadrimestre cerca de 6% das operações  respondem por 68% dos montantes envolvidos - No topo da pirâmide foram apuradas 6* transações em abril, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 7,2%* do número de operações e responderam por  76,7%* do valor das transações. No acumulado, são 15* transações que correspondem a 6,6%* e respondem por 69,4%* do valor total das transações.

Crescimento de 197% do montante em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em abril de 2016, estima-se o total de R$  32,7* bilhões, representando um crescimento de 196,7%* em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 89,2%*) e Não Divulgados (10,8%*). 
Vale notar que o montante dos investimentos de abril/16, é ligeiramente superior ao total dos investimentos apurados no primeiro trimestre de 2016.
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*Correção em 17/05/2016

Queda de 10,2% do investimento quadrimestral. O valor total dos negócios no primeiro quadrimestre de 2016, alcançou R$ 64,6* bilhões, representando uma queda de 9,4%*  em relação ao mesmo período do ano anterior.


*Correção em 17/05/2016

Valor médio das transações no 1º quadrimestre de 2016 ficou estável. Quanto ao valor médio das transações realizadas neste ano, ficou praticamente estável, alcançando R$ 283,3* milhões, contra R$ 280,8 milhões no mesmo período de 2015.
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*Correção em 17/05/2016

Investidores estratégicos estão com maior apetite - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 70 operações (84,3%), e responderam por 72,5% dos montantes investidos. No acumulado do ano, os estratégicos, com 183 operações responderam por 80,3% dos negócios e 74,1 % dos investimentos. Os Financeiros, por sua vez, realizaram 13 operações no mês e 45 no quadrimestre.
Predomínio dos investidores Nacionais. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 46 operações, no mês, enquanto os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 37 operações.
No acumulado ano, os Nacionais responderam por 56,1%* do volume de operações e 49,8%* do montante.
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* Correção em 17/05/2016

Os investidores Estrangeiros responderam por 50,2%* dos investimentos realizados no quadrimestre.
Por país, os EUA, com 9 operações,  foi o maior investidor, representando 41,9% dos investimentos estrangeiros.
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* Correção em 17/05/2016

Maior transação do mês  -  A maior transação em abr/16, foi a fusão da  BM&FBovespa e a Cetip em um negócio avaliado em quase R$ 12 bilhões. 08/04/2016

“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: 
    Bancos esperam mais perdas com calotes. Os bancos estão mais preocupados com o aumento da inadimplência no país em função da deterioração da economia brasileira. O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) relativo ao segundo semestre de 2015, divulgado ontem pelo Banco Central, mostra que, diante da situação, as instituições financeiras aumentaram suas provisões para perdas, restringiram a oferta de crédito e passaram a renegociar as dívidas dos clientes. “O cenário de retração econômica, juros elevados, piora das condições de emprego e redução no nível de confiança dos consumidores e dos empresários começou a se refletir de maneira mais pronunciada nos indicadores de crédito. Para fazer frente a esse cenário, os bancos vêm preservando a cautela na concessão de crédito, renegociando e reestruturando as dívidas dos tomadores e, no caso dos bancos privados, aumentando de modo significativo a cobertura das provisões para a inadimplência”, diz o texto.08/04/2016
    Crise é a pior em 100 anos, afirma presidente do Itaú. O Brasil atravessa uma recessão profunda e sem precedentes, que preocupa os bancos e empresas do país. O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, demonstrou inquietação com a piora no cenário econômico. Pelas estimativas da instituição financeira, o Produto Interno Brasileiro (PIB) encolherá 4% neste ano, depois de ter se reduzido 3,8% em 2015. “O Brasil passa por um dos momentos mais desafiadores da história. Se o PIB recuar 4% neste ano, será a crise mais profunda do século”, afirmou Setubal. Na avaliação do banqueiro, nesse cenário desafiador, com “elevada incerteza” na economia e na política, há alguns poucos sinais “encorajadores”: a inflação parece finalmente ceder e as contas externas caminham para um “bom nível”. 08/04/2016
    FMI vê Brasil encolhendo mais em 2016 e estagnado no ano seguinte. O FMI (Fundo Monetário Internacional) voltou a piorar sua projeção de encolhimento da economia do Brasil este ano e alertou que as estimativas estão sujeitas a grandes incertezas, destacando a necessidade de uma política monetária apertada para levar a inflação à meta até 2017. O FMI calcula que o PIB (Produto Interno Bruto do Brasil) recuará 3,8% em 2016, contra projeção de contração de 3,5% feita em janeiro. Se confirmado, esse resultado repetiria o desempenho da economia em 2015, que foi o pior desde 1990. Na América Latina, o quadro desenhado pelo Brasil só não é pior do que as quedas de 8% e 4,5% previstas respectivamente para Venezuela e Equador neste ano, ainda segundo os cálculos do FMI.12/04/2016
    Para BC, fim do impasse político permite reação rápida da economia. A votação do impeachment não altera a estratégia de curto prazo do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, mas é vista por membros do colegiado como um importante passo para reduzir o nível de incerteza que atrapalha do trabalho desinflacionário e a retomada do crescimento da economia. Nos últimos dias, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o diretor de Assuntos internacionais da instituição, Tony Volpon, destacaram que o processo de ajuste da economia estaria mais avançado se não fosse a incerteza política, em conversas com investidores estrangeiros durante a reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington.  18/04/2016
Valor de mercado das empresas brasileiras cresce 17% até abril. Bradesco e Petrobras são as empresas que mais se valorizaram na bolsa. O valor de mercado as empresas de capital aberto aumentou R$ 72,28 bilhões ou 17,54% no acumulado no ano até o fechamento dos mercados na terça-feira (26), aponta levantamento da provedora de informações financeiras Economatica. As 238 empresas de capital aberto brasileiras valem atualmente na bolsa R$ 484,26 bilhões contra R$ 411,98 bilhões no final de 2015. O crescimento acontece na esteira da valorização do Ibovespa, que no ano acumula alta de mais de 22%.27/04/2016

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou  postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.

DESTAQUES DA:
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.  

03 maio 2016



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