04 maio 2016

Acionistas sinalizam que deverá sair a OPA da BR Properties

Os acionistas da BR Properties aprovaram ontem, em assembléia geral extraordinária, os termos da oferta pública de aquisição (OPA) proposta pela GP Investimentos. Essa aprovação sinaliza que pelo menos o percentual mínimo de adesão será obtido no leilão, marcado para o próximo dia 11.

A GP Investimentos pretende adquirir entre 112,76 milhões e 172,4 milhões de ações. Isso corresponde a uma faixa entre 37,81% e 57,81% do capital total da BR Properties.

Os acionistas da BR Properties aprovaram a dispensa de "poison pill" (mecanismo de proteção à dispersão acionária), e os custos para obtenção das renúncias de credores ao direito de declarar vencimento antecipado de dívidas da companhia.

A dispensa da "poison pill" foi aprovada por 56,73% dos acionistas presentes. Em relação aos termos e às condições referentes aos custos para a renúncia dos credores, 54,79% dos representantes de acionistas presentes na AGE votaram a favor. Nos dois casos, o número ultrapassa o mínimo de adesão de 112,76 milhões de ações no leilão para que a operação proposta pela GP Investimentos seja concluída.

Na semana passada, a GP elevou de R$ 10 para R$ 11 por ação o preço oferecido na OPA da BR Properties. OS R$ 11 embutem prêmio de 33% sobre o cotação de fechamento dos papéis ordinários de emissão da BR Properties na data em que a intenção da OPA foi divulgada. Mesmo após o aumento, o valor ofertado é inferior à faixa apurada pelos assessores financeiros do conselho de administração da companhia, que foi de R$ 12,20 a R$ 14,13.

Ontem, os papéis da BR Properties fecharam cotados a R$ 10,19, na BM&FBovespa, com desvalorização de 0,77%. O Ibovespa terminou o dia com queda de 0,65%, aos 53.563 pontos.

Na avaliação de um analista que acompanha o setor, até a realização do leilão, o preço das ações deve oscilar entre R$ 10 e R$ 10,5. Isso porque há um risco de o percentual de adesão na oferta superar o limite máximo proposto pela GP, o que resultaria em rateio.

Na tentativa de evitar o risco de ficar com parte dos papéis após a OPA, em cenário de menos liquidez do que o atual, parte dos acionistas pode optar por já se desfazer de uma fatia das ações, o que evitará que o valor supere, no mercado, os R$ 11 propostos, conforme o analista.  Por Chiara Quintão Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 03/05/16

04 maio 2016



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