13 abril 2016

Votorantim investe US$ 170 milhões no Peru

Empresa da área de metais do grupo Votorantim, a Votorantim Metais ampliou mais uma vez sua participação na Milpo, uma das maiores mineradoras de zinco do Peru, com a compra de 20,17% das ações ordinárias da companhia. Com a operação, a brasileira elevou sua fatia na Milpo de 60,07% para 80,24%, fazendo aporte de US$ 170 milhões.

Em oito meses, é a segunda operação de aumento da participação na empresa peruana, na qual a VM entrou no capital em 2005. O montante aplicado nesse período, por 30%, soma US$ 320 milhões. "Foi uma oportunidade muito boa de investirmos no próprio negócio", disse Tito Martins, presidente da VM, ao Valor.

Segundo documento divulgado no início da tarde no Brasil, a aquisição foi feita pela subsidiária Votorantim Metais Cajamarquilla, instalada no Peru. Ao todo, foram adquiridas, por meio da bolsa de Lima, 264,16 milhões de ações ON da mineradora.

Para Martins, este é o momento certo para fazer movimentações na área mineral, pois há sinais de que o setor, em um certo período á frente, vai melhorar. Segundo o executivo, a VM tem plano de expansão para a Milpo, dentro de um pipeline de projetos nos próximos cinco anos, tanto em zinco quanto em cobre, que vão dar mais robustez à empresa. "Prevemos bom retorno para a VM no curto e médio prazos", disse.

Com capacidade de produção de 260 mil toneladas de zinco contido em concentrado, a Milpo está apta a uma geração de caixa (lucro operacional, Ebitda)  na casa de R$ 250 milhões a US$ 300 milhões por ano, disse o executivo. No ano passado, alcançou US$ 200 milhões. E com dívida líquida negativa, informou.

O desembolso na aquisição, disse Martins, é com recurso próprio. E a decisão faz parte da estratégia de focar mais na mineração do que na metalurgia. Segundo afirmou, as perspectivas para o zinco são positivas em 2017, podendo atingir preço de US$ 2 mil a tonelada.

A VM assumiu o controle da Milpo em 2010, após lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) que movimentou US$ 420 milhões. À época, justificou o negócio afirmando que a Milpo era uma das mais competitivas operações no setor de mineração. "São três minas polimetálicas no Peru e duas minas de cobre, uma no Peru e outra no Chile. Tem também um amplo portfólio de projetos em desenvolvimento, o que assegura o crescimento contínuo da empresa", informou, em comunicado.
Fonte: Valor Econômico Por Stella Fontes e Ivo Ribeiro Leia mais em sinicon 13/04/2016

13 abril 2016



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