12 abril 2016

Stefanini vai disputar mercado de segurança

Multinacional brasileira na área de serviços de TI, a Stefanini anuncia hoje uma joint venture com a israelense Rafael Advanced Defense Systems com o objetivo de estender sua atuação à área de segurança na internet. A parceria... Leia mais em valor econômico 12/04/2016
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Stefanini tem acordo com Rafael
A Stefanini fechou uma joint-venture para soluções de ciber segurança, inteligência avançada e segurança pública com a gigante israelense de defesa Rafael.

O acordo foi divulgado nesta terça-feira, 12, durante a abertura da feira LAAD Security, que acontece nos próximos dois dias no Riocentro, no Rio de Janeiro.

Em nota, a Stefanini não divulgou se já existe algum cliente da joint venture ou quais são as metas da parceria. A empresa deu uma ideia vaga dos setores alvo, divididos em três grandes grupos.

Um “foco importante”, de acordo com o texto, seria na segurança da automação industrial, especialmente em torno da tendência de Internet das Coisas (IoT).

A Stefanini tem uma entrada especial nesse mercado depois da “fusão” (os termos do negócio não foram muito esclarecidos) com a IHM Engenharia, empresa mineira especializada em projetos de automação industrial.

Outro alvo, um pouco mais vago, é levar tecnologia de ponta para o mercado financeiro e para outras verticais, que ainda não possuem a tradição de investir em projetos robustos de segurança para prevenir a invasão de sistemas e vazamento de informações confidenciais.

“Muitas empresas não sabem o que estão perdendo e, por isso, não investem em defesa cibernética. É preciso mudar essa cultura no Brasil e conscientizar as empresas sobre a importância da prevenção”, explica Wander Cunha, diretor da Business Consulting da Stefanini.

Um terceiro foco são soluções avançadas de inteligência para lidar com o desafio de explorar grandes volumes de dados, com focos em áreas tão diferentes como investigações policiais, agronegócio, monitoramento de barragens, gasodutos, setor elétrico e linhas de transmissão.

Uma outra pista é o perfil do diretor geral da joint-venture no Brasil, Carlos Alberto Costa, ex-head para segurança da informação para América Latina da Accenture, diretor regional para São Paulo e Sul do país da carioca especializada em segurança Modulo e CEO da paulista Open Communications Security.

Criada ainda nos anos 50, a Rafael é uma empresas mais antigas do complexo militar israelense, base do boom posterior de tecnologia.

A empresa é controlada pelo governo e criou uma série de mísseis muito bem sucedidos. As encomendas no ano passado chegaram a US$ 5 bilhões.

Nos últimos tempos, as atividades tem tido um viés maior de TI. A empresa é responsável pelo programa CERT (Computer Emergency Response Team), colaborando com EMC, IBM, Matrix e Cisco.

Juntas, essas empresas irão desenvolver soluções projetadas para fornecer programas de defesa cibernética para Israel, com capacidades de segurança e defesa avançadas para detecção, monitoramento e tratamento de ameaças cibernéticas.

A Stefanini fechou 2015 com um faturamento de R$ 2,6 bilhões, o que representa uma alta de 11% frente aos resultados do ano anterior.
Com 40% das receitas vindo do exterior (a meta é chegar a 75% em cinco anos) a Stefanini está em uma boa posição para explorar o real fraco, ao mesmo tempo em que escapa da crise econômica.

A empresa tem aproveitado a oportunidade em um turbilhão de ações. Em março, a companhia anunciou outra “fusão” com a Scala IT, um dos principais parceiros da IBM em software no país.
Em 2015 levou 40% da receita da Saque e Pague, rede de caixas multisserviços sediada em Porto Alegre. Maurício Renner // Leia mais em baguete 12/04/2016

12 abril 2016



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