07 abril 2016

H.I.G. capta fundo para Brasil de US$ 740 milhões

A gestora americana H.I.G. Capital fechou a captação de um fundo que compra participações em empresas (private equity) de US$ 740 milhões (R$ 2,7 bilhões, no câmbio atual). O fundo tem foco em investimentos na América Latina, mas deve concentrar a maior parte dos recursos no país.

Com um total de US$ 19 bilhões sob gestão, a H.I.G. é especializada no investimento em empresas de médio porte. Com presença no país desde 2012, a gestora já fechou 14 negócios, incluindo a rede de escolas de idiomas Cellep e, mais recentemente, a farmacêutica Halex Istar, de Goiás. "Somos, de longe, os gestores mais ativos na região", diz Fernando Marques Oliveira, diretor e principal executivo da H.I.G. na América Latina.

Com o novo fundo, o primeiro dedicado à região, a gestora pretende acelerar o ritmo e fazer entre 25 e 30 investimentos nos próximos quatro anos, segundo Oliveira. O escritório local conta hoje com uma equipe de 40 pessoas, das quais 26 dedicadas aos investimentos. O fundo, que tem como alvo empresas com receita entre R$ 100 milhões e R$ 400 milhões, pode comprar tanto participações minoritárias como de controle. O investimento médio deve ficar em R$ 100 milhões por negócio.

A captação levou pouco menos de um ano e ficou acima da meta inicial da H.I.G., que era de US$ 600 milhões, segundo Oliveira. Apesar do cenário de retração da economia, a tese de investimento da gestora tem pouca correlação com a macroeconomia. "Nossa preocupação não é diferente da maioria dos investidores, mas acreditamos que as oportunidades de longo prazo no país são significativas",
diz.

Para o diretor da H.I.G., existe uma escassez de recursos para as empresas de médio porte brasileiras. O objetivo principal é extrair valor a partir da melhoria operacional dessas companhias, o que pode ocorrer mesmo se a economia como um todo não ajudar.

Foi o que ocorreu com a maior parte das empresas que compõem o portfólio da H.I.G. no país, segundo Oliveira. "O crescimento do faturamento seria maior se a situação da economia fosse diferente, mas a rentabilidade das companhias aumentou", afirma. O executivo diz que o ciclo dos investimentos da gestora deve levar por volta de cinco anos, o que significa que ainda é não é o momento para planejar a venda de alguma participação. Por Vinícius Pinheiro Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 07/04/16


07 abril 2016



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