03 março 2016

Petrobras decide vender concessões terrestres

A Petrobras ofereceu ao mercado 104 concessões de campos terrestres que já produzem, em média, 35.433 barris de petróleo por dia e 1,4 milhão de metros cúbicos de gás natural. Reunidos no “Projeto Topázio”, os campos foram distribuídos em dez polos produtores nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Espírito Santo.

A oferta de campos de menor valor já em produção é uma reivindicação antiga do setor.

A estatal estima que existam 257 milhões de barris de óleo equivalente (entre petróleo e gás) de reservas provadas, prováveis e possíveis nas áreas que estão sendo oferecidas ao mercado. As reservas possíveis envolvem grau de incerteza elevado. Ainda é cedo, segundo uma fonte graduada, para avaliar o conjunto, mas a primeira impressão é a de que o comprador dessas áreas terá um pesado custo de abandono de poços, já que alguns estão sem produzir há muitos anos.

Aparentemente, a estatal procurou reunir, num mesmo lote, campos de baixa produção e alguns ativos mais rentáveis. O conjunto deve render entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões à Petrobras. Em documento, a companhia informou a disposição de vender 100% de sua participação nessas concessões.

Petrobras oferece ao mercado 104 campos terrestres no Nordeste e ES

A Petrobras está oferecendo ao mercado 104 concessões de campos terrestres que já produzem uma média de 35.433 barris de petróleo por dia — equivalente a 20% de sua produção em terra—e 1,4 milhão de metros cúbicos de gás natural, como antecipou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Reunidos no chamado “Projeto Topázio”, os campos foram distribuídos em dez pólos produtores espalhados pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Espírito Santo. A oferta de campos de menor valor já em produção é uma reivindicação antiga do setor.

A estatal estima que existam 257 milhões de barris de óleo equivalente (entre petróleo e gás) de reservas provadas, prováveis e possíveis (3P) nas áreas que estão sendo oferecidas ao mercado. As reservas possíveis, contudo, envolvem grau de incerteza elevado.

Uma fonte do Valor disse que ainda é cedo para avaliar o conjunto, mas a primeira impressão foi de que o comprador dessas áreas terá um pesado custo de abandono de poços, já que alguns estão sem produzir há muitos anos. A impressão também foi de que a esta-

tal procurou reunir campos de baixa produção com alguns ativos melhores em um mesmo pacote. A avaliação dessa fonte é que o conjunto de ativos deve render entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões para a Petrobras.

Na explicação oferecida no documento de apresentação das áreas, obtido pelo Valor, a Petrobras afirma que a organização em pólos das áreas — espalhadas pelas bacias do Recôncavo, Tucano Sul» Potiguar, Espírito Santo e Sergipe-Alagoas — tem o objetivo de dar “um certo nível de autonomia de operação e otimizar infraestrutura de produção”.

Ainda de acordo com o documento, a Petrobras está disposta também a se desfazer da operação dos ativos e a vender 100% da participação das concessões.

A lista dos ativos colocados à venda pela estatal inclui três pólos de produção na Bacia Potiguar: Fazenda Belém (CE), com duas concessões, Riacho da Forquilha (RN), com 34 concessões, e Macau (RN) com quatro concessões.

Também estão sendo ofertados dois polos na Bacia do Recôncavo: Buracica (BA), com sete concessões, e Miranga (BA), com nove concessões; além do polo Sirizinho/Riachuelo (SE) com 12 áreas na Bacia Sergipe-Alagoas.

Na Bacia do Espírito Santo foram oferecidos quatro pólos: São Mateus com 14 concessões, Fazenda São Jorge-Cancã-Fazenda Cedro, com 15 áreas em produção e fase exploratória, Lagoa Parda com três concessões, e o Polo Gás, com quatro áreas. Desses ativos, Sirizinho/Riachuelo é o mais expressivo, com produção média de 9,4 mil barris diários de óleo e 66 mil metros cúbicos ao dia de gás.

A notícia sobre a venda dos campos terrestres, divulgada ontem por meio de fato relevante, agraciou o presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Marcelo Magalhães, que é presidente da PetroRecôncavo. “A notícia é muito bem-vinda. É quase que um momento histórico. É uma coisa que eu acredito pessoalmente que traz um benefício enorme para a indústria, o país, os municípios e os estados produtores”, disse Magalhães.

A petroleira latino-americana GeoPark divulgou recentemente, em apresentação a investidores, que enxerga o plano de venda de ativos da Petrobras como oportunidade. Henrique Rzezinski, vice-presidente de Relações Institucionais e comunicação da Parnaíba Gás Natural (PGN), principal investidora em ativos terrestres, lembrou ao Valor que a empresa tem vocação para o onshore e costuma analisar oportunidades. Entre os potenciais interessados estariam, ainda, Ouro Preto a Alvopetro, Geopark, Imetame e UTC, que junto com a PGN foram os principais vencedores da 13a Rodada. Fonte: Valor Econômico  Leia mais em ABEGAS 03/03/2016

03 março 2016



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