05 fevereiro 2016

Fundos De Investimentos Aumentam Procura Por Empresas Em Crise

Corporate Consulting atende investidores com R$ 1 bilhão para compras

Investir em empresas ou ativos que pertencem a companhias em dificuldades financeiras ou em processo de reestruturação pode ser um bom negócio. Uma das consultorias de “turnaround” mais ativas neste mercado prevê que 2016 será o ano de consolidação dos investimentos feitos pelos fundos de “distress” ou especializados nas empresas em crise. “Por meio da Corporate Finance Investimentos e Participações, estamos atendendo novos fundos interessados naquelas empresas com necessidade de gestão e capital que possam ser transformados em grande business”, assinala o presidente da Corporate Consulting, economista Luís Alberto de Paiva. A empresa injeta capital, assume a gestão interina e implementa programas de reestruturação financeira. Também renegocia dívidas com os credores e elabora plano dentro da Lei de Recuperação Judicial. “Um dos objetivos é sanear e preparar as companhias na obtenção de maior valor de mercado, quando vendidas”, destaca Paiva.

O volume de investimentos conhecidos por “distressed investing” pode superar R$ 1 bilhão neste ano nos fundos que atende, prevê Paiva. Nos Estados Unidos e Europa os volumes somam mais de US$ 2 trilhões em títulos de empresas de alto risco (high yield), em stress ou distress, em Chapter 11 (equivalente à nossa Lei de Recuperação Judicial) e post restructuring.

São variadas as formas de participação. Um investidor compra títulos de um banco contra uma empresa em recuperação judicial para poder entrar no capital da empresa, interferir nas condução do plano de recuperação ou mesmo fazer a conversão do título, com vantagens no recebimento, em equity (ações, terrenos, galpões, marca) tanto pela Lei de Recuperação como na falência. “O investidor pode mirar diversos objetivos específicos, até o mais saudável, que é recuperar a empresa e vender depois saneada com lucro”, diz Paiva. “Fechamos diversas parcerias com fundos especializados em empresas em crise. Atuam de forma profissional, entendem os riscos e sabem como blindar suas operações com diversas garantias que permitem receber os valores investidos”.

Existem ainda investidores especializados na compra de grandes volumes de NPLs(Non Performing Loans) , títulos que não foram pagos pelo devedor. Alguns destes investidores compram qualquer tipo de ativo. Outros se especializaram em carteiras massificadas ou em carteiras corporativas. O truque é comprar bem barato (de 1% até 5% do valor de face) e alcançar retornos superiores (entre 20% e 35% ao ano). Com o aumento do credito no Brasil, o estoque de títulos vencidos de 180 a 360 dias nos balanços dos bancos já supera R$160 bilhões.

“Atualmente, nossos parceiros dedicam-se à garimpagem de situações de empresas que entram em crise por má gestão financeira, mas com um bom negócio para ser reestruturado e depois vendido. São investidores que compram títulos ou créditos de bancos, relacionados a empresas em crise com o objetivo de influenciar a reestruturação a favor deles ou converter os títulos/créditos em equity (ações), controlar a empresa e entrar com equipes para conduzir a reestruturação diretamente e depois tentar vender o todo a outros investidores estratégicos. Os lucros esperados nessa atividade são enormes”, estima Paiva. O risco é grande também, irão disputar garantias de empresas em crise, em meio ao tiroteio de demais credores e do mercado em geral”.  Fonte/Autor por:  Guilherme Montes Leia mais em segs 05/02/2016

05 fevereiro 2016



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