11 dezembro 2015

Presidente da CEB defende venda de ativos para sanar contas da empresa

O presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Ari Joaquim da Silva, defendeu hoje (10) a venda de ativos da empresa como saída para a crise financeira enfrentada. As justificativas para a operação foram apresentadas em audiência pública realizada pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF).

"Hoje o capital da CEB é todo pertencente a terceiros, quando o ideal seria uma divisão igualitária entre capital próprio e de terceiros. Hoje toda a receita é comprometida com os custos dos empréstimos realizados, impedindo a companhia de fazer os investimentos necessários. A saída que apresentamos é a venda de ativos, a única maneira de dar perenidade a essa empresa", explicou Ari.

O presidente da CEB também apresentou números da situação atual da empresa. "Temos mais de R$ 276 milhões em dívidas em atraso, sendo a maioria delas relativa ao ICMS. O endividamento tem causado nos últimos anos uma diminuição de investimentos, que somaram R$ 221 milhões em 2013, caíram para R$ 86 milhões em 2014 e, neste ano, até o momento representa apenas R$ 55 milhões", demonstrou.

A venda de ativos foi a solução encontrada pelo GDF, que encaminhou à Câmara Legislativa o PL nº 809/2015, autorizando a CEB a vender sua participação acionária em empresas como a Companhia Brasiliense de Gás, a CEB Lajeado, bem como demais participações societárias em geradoras de energia elétrica.

"A situação é delicada, pois o momento econômico não é favorável à venda de ativos. O que está acontecendo no Brasil hoje é a venda do patrimônio público a preço de banana. E, além disso, a situação financeira da CEB é tão difícil que mesmo vendendo-se todo seu patrimônio, não há garantia de pagamento de todas as dívidas", ponderou Agaciel Maia (PTC).

O deputado Wasny de Roure (PT) fez críticas à inadimplência da CEB e cobrou mais responsabilidade da empresa. "É crime a retenção e o não pagamento de imposto. Não é porque a CEB seja uma empresa pública que ela está livre dos compromissos tributários com o GDF. Os recursos provenientes de impostos financiam o atendimento das necessidades da sociedade, por isso é muito grave o não recolhimento", observou.

Já o deputado Wellington Luiz (PMDB) lembrou reivindicações dos trabalhadores da companhia e adiantou a apresentação de um substitutivo assinado por vários deputados ao projeto de lei enviado pelo Executivo. "Me alegra saber que o sindicato é a favor da proposta, pois se os trabalhadores concordam, então é bom para a empresa. Mas há ajustes a serem feitos e por isso vamos apresentar um substitutivo que atenda outras questões, como a previsão de contratação de aprovados em concurso e o combate ao roubo de energia", afirmou. Éder Wen - Coordenadoria de Comunicação Social Leia mais em ci.df 10/12/2015

11 dezembro 2015



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