18 dezembro 2015

Lone Star Funds tem exclusividade para negociar com BTG Pactual compra da Recovery, diz fonte

Metade da Recovery está à venda

ALone Star Funds assinou nesta quinta-feira (17/12) acordo para negociar com exclusividade a fatia de 50% na empresa de recuperação de crédito Recovery detida pelo BTG Pactual, segundo uma fonte diretamente ligada ao assunto.

O negócio pode valer até 1,7 bilhão de reais se a venda incluir a plataforma que a Recovery usa para precificar empréstimos, disse a fonte, que pediu para não ser identificada. Sem isso, o preço seria ao redor de 800 milhões de reais.  O BTG Pactual e a Lone Star não quiseram comentar.

O grupo financeiro brasileiro está vendendo ativos para levantar dinheiro, após a prisão do fundador André Esteves. O Supremo Tribunal Federal ordenou a libertação de Esteves nesta quinta-feira. Até 23 empresas mostraram interesse preliminar na Recovery, disse a fonte. Os interessados tiveram prazo até quarta-feira para apresentarem propostas não vinculantes, mas não ficou claro quantos o fizeram. De acordo com uma segunda fonte, que pediu anonimato porque as negociações seguem em curso, o executivo da Lone Star Matt Meredith veio ao Brasil para assinar o acordo.

A fatia restante na Recovery é detida pelo International Finance Corp, braço de participações do Banco Mundial e os fundadores da empresa na Argentina. A Recovery administra cerca de 50 bilhões de reais em empréstimos em atraso e é um grande comprador de crédito ruim de grandes bancos no Brasil.

Com o aumento do desemprego e a inflação corroendo a renda das famílias, os níveis de inadimplência estão crescendo no maior ritmo em seis anos. Os calotes corporativos também estão crescendo, na esteira da queda nas vendas e do aumento dos custos de empréstimos. Profissionais do setor estimam as vendas de empréstimos em atraso vão subir 40 por cento este ano, para mais de 25 bilhões de reais.

Empresas especializadas em aquisição de dívidas compram com desconto uma grande carteira de crédito de um banco e depois refazem cada empréstimo individualmente, lucrando após transformá-los em títulos e reestruturá-los. Para os bancos, as vendas de crédito com atraso os ajuda a limpar os seus balanços. (Por Tatiana Bautzer) Reuters Leia mais em epocanegocios 17/12/2015

18 dezembro 2015



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