31 outubro 2015

Brasil está à venda – e barato –, mas ninguém quer comprar

Apesar da alta do dólar, que torna ativos brasileiros mais baratos para estrangeiros, a participação desses ativos nas fusões e aquisições em 2015 não aumentou. Além disso, o número de operações neste ano está menor que em anos anteriores

O dólar mais alto e o grande número de ativos à venda no Brasil ainda não despertaram o apetite dos estrangeiros por negócios brasileiros. Esses investidores também não ampliaram muito sua participação na compra de empresas brasileiras. Para o sócio da PwC Brasil e especialista em fusões e aquisições, Rogério Gollo, a expectativa de que a moeda norte-americana continue se valorizando ainda mais, a apreensão com os rumos da inflação e as dúvidas quanto à capacidade do país de retomar o crescimento econômico no curto prazo deixam os investidores estrangeiros inseguros em relação ao país.

“Quando esses três itens estiverem mapeados, provavelmente teremos o crescimento do números de transações. Tem muita consulta atualmente, mas que ainda não se refletiu efetivamente em operações”, afirmou Gollo.

Para o diretor para América Latina de ratings corporativos do setor de indústrias pesadas da agência de classificação de riscos Standard & Poor's, Diego Ocampo, está havendo, em geral, uma redução do apetite pela região da América Latina. “Mas principalmente pelo Brasil, por causa do momento econômico que está enfrentando e com a dificuldade adicional que é o momento político”, disse Ocampo.

Segundo o professor de MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas), Mauro Rochlin, a instabilidade política, os marcos regulatórios e a segurança jurídica desse momento podem estar pesando mais do que a questão cambial no interesses de estrangeiros em negócios brasileiros.

Em números
A PwC mostra a participação de estrangeiros nas fusões e aquisições anunciadas entre janeiro e setembro deste ano. Segundo os dados, o número de operações desse tipo com parceria de estrangeiros ficou praticamente inalterado, com alta de apenas 3% em relação ao mesmo período de 2014, passando de 248 para 256. No mesmo período de comparação, o número geral de operações de fusões e aquisições caiu de 640 para 565.  Em setembro, as transações somaram 52, o menor número de operações desde 2007, quando foram feitas 50.  Em setembro de 2014, de acordo com os dados da PwC, foram 87 registros.

O relatório da consultoria aponta ainda uma queda de aquisições, quando alguém adquire o controle total de uma empresa, e uma leve alta em compras, que é quando uma companhia torna-se dona de uma parte da outra, sem, no entanto, ficar com todo o controle. “Quando você tem um risco maior, você não compra o controle. Isso reduz o risco e o valor investido. Em um momento de menor [risco], esse comprador exerce a opção de adquirir o controle da empresa”, disse Gollo. Segundo ele, estrangeiros que não têm operação no Brasil entram na compra de participações antes de fazer uma aquisição total.

"Tem muita consulta atualmente, mas que ainda não se refletiu efetivamente em operações”
Rogério Gollo, PwC Brasil

Crise
Para Gollo, há um grande número de ativos disponíveis, e são as operações que não têm sido concluídas. Em média, avalia o sócio da PwC, entre a oferta e a conclusão do negócio há um prazo de oito a 18 meses. De acordo com ele, os preços das ofertas estão menores. “As compras e vendas de empresas ficaram mais baratas. O preço absoluto tem caído”, afirmou. Isso porque os vendedores estão pedindo menos pelos ativos, principalmente em decorrência da queda no lucro.

Se a participação na empresa ou mesmo toda a unidade lucra menos, ela vale menos. Em outro ponto, o custo para quem compra está maior, porque ele comprará uma empresa que gera menos receita e também os financiamentos estão mais altos.

R$ 150 bilhões à venda
A venda de ativos é uma das soluções encontradas por setores brasileiros para fugirem da crise e reduzirem o endividamento. Levantamento de investidores apontam que há cerca de R$ 150 bilhões em ativos à venda, que incluem negócios integrais e participações em sociedades.

Um exemplo disso são as construtoras que estão se desafazendo de projetos na área de logística. O grupo Andrade Gutierrez, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras, começou a ofertar parte de seus ativos para grupos e fundos de investimentos estrangeiros.

Entre esses ativos está a participação na concessionária CCR. Outra construtora, a Engevix, também envolvida na Lava-Jato, já anunciou a venda de sua participação nos aeroportos de Natal e Brasília.

O maior plano de venda de ativos é o da Petrobras, US$ 15,1 bilhões em 2015 e 2016, para manter foco na atividade de exploração e produção de petróleo. Na lista de desinvestimentos da estatal estão usinas térmicas e participações no controle de distribuidoras estaduais de gás natural, além da abertura de capital BR Distribuidora. A CSN e a Vale também têm anunciado planos de concentrar investimentos em ativos mais rentáveis.

Rochlin, da FGV, destaca que a venda de partes ou até de empresas inteiras é um movimento comum em momentos de crise, mas pondera que a venda de ativos em momentos de preços tão ruins pode ser desencorajador, mesmo que isso signifique reduzir o endividamento das empresas. Segundo ele, os preços baixos são o motivo, por exemplo, do adiamento da oferta de ações da BR Distribuidora, pela Petrobras.

Para Ocampo, a opção de vender unidades que não fazem parte da atividade principal é positivo para as empresas, que podem concentrar investimentos onde existe maior potencial de ganho e melhorar a estrutura de capital. Rochlin também ressalta que aumentar a área de atuação pode reduzir riscos, mas também acaba dispersando o foco e reduzindo a rentabilidade. “Qualquer tipo de diversificação acaba sendo uma diminuição”, afirmou.

Segundo a economista da GO Associados, Mariana Orsini, além da venda de ativos há um movimento de reestruturação dentro das grandes empresas na tentativa de driblar a crise econômica, que incluem demissões e também a redução de custeio. “São ações de mais curto prazo”, disse. Laís Lis Leia mais em fatoonline 30/10/2015
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31 outubro 2015



Mega compra canal mineiro

A Mega, empresa de sistemas de gestão sediada em Itu, no interior de São Paulo, acaba de adquirir a Mega Minas, seu canal no estado de Minas Gerais.

A Mega Minas é chefiada por Marcos Paulo Malagola, diretor de serviços da Mega.

O negócio não teve o valor revelado. A Mega Minas foi inaugurada em 2010 e no início, tinha a sua atuação concentrada apenas em Belo Horizonte com oito funcionários.

Hoje, já tem presença em Juiz de Fora, Ipatinga, Pouso Alegre e Montes Claros, totalizando 30 profissionais que compõem as áreas de vendas e serviço.

A Mega Minas é chefiada agora por Marcos Paulo Malagola, diretor de serviços da Mega.
A aquisição do controle após a empresa ter comprado uma participação não revelada na Mega Minas, ainda em setembro de 2014.

Naquela ocasião, a empresa adquiriu ainda os canais Mega Curitiba e Informaction Empresarial.
A Mega Curitiba era o maior canal no país e responsável pelo desenvolvimento da vertical construção civil do ERP daMega, atendendo a 150 clientes. A Informaction Empresarial é sediada em Campinas e atende ao segmento de indústria, com 80 clientes.

Com as compras, a Mega faturou R$ 68,5 milhões em 2014, uma alta de 6% em relação ao ano anterior.

O resultado ficou abaixo da meta de crescimento de 10% estabelecida em setembro do ano passado (alvo ele mesmo uma revisão para baixo dos 15% estabelecidos meses antes).

A Mega não abriu o faturamento dos canais adquiridos. Sem eles, a empresa faturou R$ 32,8 milhões no primeiro semestre de 2014, uma alta de 9% em relação ao apurado no mesmo período do ano passado.

A companhia, que tem totalizar 2 mil clientes e 500 colaboradores, nas sedes de Itu e nas filiais do Rio de Janeiro, Curitiba e agora Belo Horizonte tem ainda 200 funcionários atuando em 15 canais espalhados pelo país.

A Mega está tomando medidas administrativas tipicamente adotadas por empresas com planos de expansão continuada.

No começo de 2014, a Mega deixou de ser uma empresa limitada para ser uma S/A com capital fechado nas mãos dos sócios.

A Mega e outros players como a catarinense Senior e a gaúcha Cigam são as empresas de sistemas de gestão de brasileiras a terem escapado da onda de consolidação do mercado.

Essas empresas ainda tem um peso significativo. Segundo aponta uma pesquisa sobre o mercado de TI feita pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV), o mercado de empresas com até 170 usuários (muitos clientes dessas organizações são bem menores que isso) os chamados “outros” tem uma participação 27% do bolo total.

A Totvs lidera de longe, com 51% de penetração, seguida por SAP, com 10%, Oracle (9%) e Infor (4%).Maurício Renner // Leia mais em baguete 29/10/2015 



Algar compra rede de fibra óptica em São Paulo e no Sul do país

A empresa adquirida foi a Optitel Redes, que tem oferece produtos nos mercados corporativo, governmental e atacadista, com o serviços de internet dedicada, banda larga, EILD e Fibra Apagada.

A Algar Telecom comunicou nesta sexta-feira, 30, que comprou a empresa Optitel Redes, dona de infraestrutura de fibra óptica nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O conselho de administração da companhia aprovou hoje a assinatura do contrato.

A Optitel atua nos mercados corporativo, governo e atacado, com o oferecimento de serviços de internet dedicada, banda larga, EILD e Fibra Apagada. Segundo a Algar, a operação “reforçará a estratégia de expansão da Companhia, permitindo a oferta de serviços para novas localidades e fortalecendo a presença da na Região Sul do país”.

A operadora não informou o tamanho da rede detida pela Optitel nem o valor da transação, mas ressaltou que o investimento foi baixo, não impactando significativamente os resultados financeiros do grupo.  RAFAEL BUCCO — Leia mais em telesintese 30/10/2015
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Algar Telecom paga R$ 56 mi pela Optitel

A Algar Telecom, empresa de telecomunicações do Grupo Algar, anunciou a aquisição da Optitel, empresa de telecomunicações sediada em Balneário Camboriú. O negócio foi fechado em R$ 56,65 milhões.

Com cobertura em 237 cidades das regiões sul e sudeste do Brasil, a Optitel atua com serviços de dados para segmentos corporativo, governo e atacado. A empresa conta com 9,5 mil km de rede própria em operação e construção, swaps e capacidade contratada de terceiros.

Segundo o presidente da Algar Telecom, Jean Borges, a aquisição reforça a estratégia da operadora de crescer para outras regiões do Brasil.

“Reafirmamos nosso crescimento atendendo mercados corporativos, incluindo atacado e governo. Nos últimos anos, tivemos uma significativa expansão de rede de fibra para atender novos clientes em torno das cidades da área abrangida por nosso backbone”, destaca.

Borges assumiu a presidência da Algar Telecom na semana passada, depois de 12 anos na companhia. Anteriormente, ele ocupava o cargo de vice-presidente de operações.

Com o novo investimento, a Algar Telecom também amplia sua carteira de clientes, ao trazer para a companhia 2,6 mil novas contas.

“Este crescimento da Algar Telecom na região sul vai ao encontro de nosso anseio em ampliar nossa atuação nesta importante região do país”, afirmou o CEO do Grupo Algar, Luiz Alexandre Garcia.
A Algar Telecom apontou um crescimento de 17,7% em sua receita líquida em 2014, alcançando R$ 2,3 bilhões. O valor foi alavancado por um crescimento de 28% nos ganhos de serviços em telefonia móvel. Além disso, o segmento de TV por assinatura teve um crescimento de 20%.

A companhia tem mais de 3,6 mil colaboradores e atende a 1,3 milhão de clientes nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, além do Distrito Federal.
Júlia Merker // Leia mais em baguete 05/11/2015



Venda de geradoras causa atrito entre Brookfield e Energisa

A gestora de recursos canadense Brookfield não está nada feliz com a aquisição de um conjunto de geradoras de energia do grupo Energisa, fechada no fim do ano passado por polpudos 1,4 bilhão de reais.

Desde que assumiu os ativos, em meados deste ano, a Brookfield vem amargando prejuízos na operação e tem questionado a vendedora. A alegação é que nem todas as informações estavam disponíveis na negociação.

De acordo com fontes próximas às empresas, os ativos de geração estão longe do padrão exigido pela Brookfield e há uma grande vontade da gestora de se desfazer dos ativos. O pacote envolveu 488 megawatts (MW) em geração, espalhados em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), uma hidrelétrica, um parque eólico e usinas de cogeração.
Procurada, a Brookfield não quis comentar.

Em nota, a Energisa informa que “o negócio com a Brookfield foi firmado no âmbito de um processo competitivo em que os interessados tiveram amplo acesso a todas as informações referentes aos ativos de geração negociados, em um processo transparente e aberto ao mercado”.

“A Energisa ressalta que, em relação a este negócio, não recebeu, até o momento, nenhuma reclamação da Brookfield nos termos do contrato firmado”, diz a assessoria. Por: Natalia Viri  Leia mais em radaonline.veja 26/10/2015 



AES Tietê - Incorporação Newco e PCH

AES TIETÊ S.A. - FATO RELEVANTE A administração da AES TIETÊ S.A. (a “Companhia”), em atendimento ao disposto no artigo 157, §4o da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das S.A.”) e na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) no 358, de 3 de janeiro de 2002 (“ICVM 358”), em complemento aos Fatos Relevantes divulgados pela Companhia em 03 de junho de 2015 e em 18 de setembro de 2015, vem informar a seus acionistas e ao mercado em geral que seus acionistas reunidos em assembleia geral extraordinária realizada em 26 de outubro de 2015, aprovaram a incorporação pela Companhia da AES Brazilian Energy Holdings Ltda. e da AES Rio PCH Ltda.

 A eficácia da incorporação mencionada acima, bem como dos demais passos da reorganização societária na qual tal incorporação está inserida, e seus respectivos efeitos estão sujeitos:
 (i) ao decurso do prazo de 60 (sessenta) dias contados da data da publicação da ata de Assembleia Geral Extraordinária da Companhia Brasiliana de Energia (“Companhia Brasiliana”) realizada no dia 26 de outubro de 2015 para aprovar a redução de capital da Companhia Brasiliana (a qual terá sua denominação alterada para AES Tietê Energia S.A. após a verificação das condições suspensivas descritas abaixo, conforme aprovado pela referida assembleia geral extraordinária) para oposição dos credores nos jornais usualmente utilizados pela Companhia Brasiliana (a ser denominada AES Tietê Energia S.A.);
 (ii) à aprovação de todos os passos da reorganização societária pelas Assembleias Gerais da Companhia Brasiliana (a ser denominada AES Tietê Energia S.A.) e da Companhia;
 (iii) à observância das leis norte americanas de valores mobiliários naquilo que for aplicável à reorganização societária; e
(iv) à ratificação da incorporação da Companhia pelo Conselho de Administração da Companhia Brasiliana (a ser denominada AES Tietê Energia S.A.), nos termos do § 3o do Artigo 137 da Lei das S.A. no que diz respeito ao exercício do direito de retirada dos acionistas da Companhia. A reorganização societária em questão foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, conforme Resolução Autorizativa no 5.433, de 25 de agosto de 2015, e as anuências dos credores necessárias já foram obtidas. Assim, a incorporação tornar-se- á efetiva no último dia do mês em que a última das condições suspensivas mencionadas acima for implementada. 

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado devidamente informados sobre qualquer Fato Relevante relacionado às matérias acima, de acordo com as leis aplicáveis. Barueri, 26 de outubro de 2015.  Francisco José Morandi Lopez Chief Financial Officer and Investor Relations Officer Leia mais em sitedeempresas.bovespa 26/10/2015

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AES TIETÊ S.A. - FATO RELEVANTE
A administração da AES TIETÊ S.A. (“Companhia” ou “AES Tietê”), em atendimento ao disposto
no artigo 157, § 4º da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das S.A.”), na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 358, de 3 de janeiro de 2002 (“ICVM
358”) e na Instrução CVM nº 319, de 3 de dezembro de 1999 (“ICVM 319”), em complemento ao
Fato Relevante divulgado por ela em 03 de junho de 2015 (“Fato Relevante Inicial”), vem informar a
seus acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração da Companhia aprovou
submeter aos acionistas, em Assembleia Geral Extraordinária da Companhia a ser convocada
oportunamente, o Instrumento de Justificação e Protocolo de Incorporação (“Protocolo de
Incorporação”), celebrado nesta data entre as administrações da Companhia, da AES Brazilian Energy Holdings Ltda., sociedade limitada, com sede na Avenida Dr. Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, nº 939, 7º andar, sala individual 1, Bairro Sitio Tamboré, Torre II do Condomínio Castelo Branco Office Park, CEP 06460-040, Barueri – SP, inscrita perante o CNPJ/MF sob o nº 09.215.474/0001-25, com seus atos societários registrados perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo (“JUCESP”) sob o NIRE nº 35.221.899.374 (“AES Brazilian Energy”), e da AES Rio PCH Ltda., sociedade limitada com sede na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, na Avenida Doutor Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, nº 939, 5º andar, sala individual 3, Bairro Sítio Tamboré, Torre II do Condomínio Castelo Branco Office Park, CEP 06460-040, inscrita perante o CNPJ/MF sob o nº 08.278.663/0001- 84 e com seus atos societários registrados perante a JUCESP sob o NIRE nº 35.220.883.440 (“AES Rio PCH”, em conjunto com a AES Brazilian Energy, as “Incorporadas” e as Incorporadas junto com a Companhia, as “Partes”) e que estabelece os principais termos e condições da proposta da incorporação da AES Brazilian Energy (“Incorporação AES Brazilian Energy”) e da incorporação da AES Rio PCH (“Incorporação AES Rio PCH” e, em conjunto com a Incorporação AES Brazilian Energy, “Incorporação”), pela Companhia, com a consequente extinção das Incorporadas, as quais estão inseridas no âmbito da reorganização societária descrita no Fato Relevante Inicial (“Reorganização”).

1. OBJETIVOS DA INCORPORAÇÃO E DA REORGANIZAÇÃO
1.1. A Incorporação, em conjunto com os demais passos da Reorganização, tem como objetivo,
dentre outros, simplificar a estrutura de controle e tomada de decisões da Companhia. Adicionalmente,
a Companhia entende que a Reorganização proporcionará benefícios para todos os seus acionistas,
especialmente no que diz respeito à implementação de maiores níveis de governança corporativa, que
resultará no direito de todas as ações (preferenciais e ordinárias) serem incluídas, em condições de
igualdade, em caso de transferência do controle acionário (“tag along”) e na criação de condições que
permitam melhorar a liquidez das ações da AES Tietê Energia S.A. (denominação a ser adotada pela
Companhia Brasiliana de Energia após a implementação da Reorganização), por meio da consolidação
de negociação dos valores mobiliários em Units, que substituirão as ações da Companhia após a etapa
final da Reorganização que compreende a incorporação da Companhia pela Companhia Brasiliana de
Energia, conforme divulgado no Fato Relevante Inicial. Ainda, vale mencionar que a Reorganização
também visa evitar que os acionistas minoritários da AES Tietê sofram qualquer impacto no fluxo dos
dividendos após a implementação da Reorganização.
2. ESTRUTURA SOCIETÁRIA E COMPOSIÇÃO SOCIETÁRIA DAS PARTES
2.1 Estrutura Societária das Partes Previamente à Incorporação. Conforme já divulgado no Fato
Relevante Inicial, as Partes são sociedades pertencentes ao mesmo grupo econômico (“Grupo AES”),
sendo a AES Rio PCH, imediatamente antes da Incorporação se tornar efetiva, integralmente detida
pela Companhia, que, por sua vez, imediatamente antes da Incorporação se tornar efetiva, será
controlada diretamente pela AES Brazilian Energy, sendo esta, imediatamente antes da Incorporação
se tornar efetiva, detida integralmente pela Companhia Brasiliana de Energia, sociedade por ações,
com sede na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, na Avenida Doutor Marcos Penteado de Ulhôa
Rodrigues, nº 939, 5º andar, sala individual 2, Bairro Sítio Tamboré, Torre II do Condomínio Castelo
Branco Office Park, CEP 06460-040, inscrita perante o CNPJ/MF sob o nº 04.128.563/0001-10 e com seus atos societários registrados perante a JUCESP sob o NIRE nº 35.300.183.550 (“Companhia
Brasiliana”), conforme organograma abaixo:

2.2 Composição Societária das Partes Antes da Incorporação. Previamente à Incorporação, a
composição societária das Partes será a seguinte:
(A) AES Tietê:
ACIONISTA Nº DE AÇÕES ORDINÁRIAS Nº DE AÇÕES PREFERENCIAIS % DO CAPITAL
SOCIAL TOTAL
AES Brazilian Energy 140.882.909 59.447.111 52,55%
Outros 56.578.302 124.345.171 47,45%
Total 197.461.211 183.792.282 100,00%
(B) AES Brazilian Energy:
ACIONISTA Nº DE QUOTAS % DO CAPITAL SOCIAL TOTAL
Companhia Brasiliana de Energia 100 100,00%
Total 100 100,00%
(C) AES Rio PCH:
ACIONISTA Nº DE QUOTAS % DO CAPITAL SOCIAL TOTAL
AES Tietê 24.267.466 100,00%
Total 24.267.466 100,00%
2.2.1 Imediatamente antes da Incorporação e após a conferência pela Companhia Brasiliana, da
totalidade das ações detidas por esta na AES Tietê e respectivos ágios, para a AES Brazilian Energy, o capital social da AES Brazilian Energy será conforme segue: AES Brazilian Energy
ACIONISTA Nº QUOTAS % DO CAPITAL
Companhia Brasiliana de
Energia
1.039.960.994 100,00%
Total 1.039.960.994 100,00%
4
2.3 Composição Societária da Companhia após a Incorporação. Após a Incorporação, as
Incorporadas serão extintas e a composição societária da Companhia será a seguinte:
(A) AES Tietê:
ACIONISTA Nº DE AÇÕES ORDINÁRIAS Nº DE AÇÕES PREFERENCIAIS % DO CAPITAL
SOCIAL TOTAL
Companhia Brasiliana de Energia 140.882.909 59.447.111 52,55%
Outros 56.578.302 124.345.171 47,45%
Total 197.461.211 183.792.282 100,00%

3. ATOS SOCIETÁRIOS
3.1. A Incorporação, bem como os laudos de avaliação e demais termos e condições do Protocolo
de Incorporação, estão sujeitos à realização dos seguintes atos: (i) Assembleia Geral Extraordinária da Companhia; e (ii) Reuniões de Sócios da AES Brazilian Energy e da AES Rio PCH, a fim de ratificar a assinatura do Protocolo de Incorporação, ratificar a contratação da Empresa de Avaliação, conforme definição abaixo, ratificar os laudos de avaliação da AES Brazilian Energy e da AES Rio PCH, conforme o caso, e aprovar a Incorporação (“Atos de Aprovação”).

4. CONDIÇÃO DE EFICÁCIA DA INCORPORAÇÃO
4.1. Os efeitos da Incorporação ficam sujeitos (i) ao decurso do prazo de 60 (sessenta) dias
contados da data da publicação, nos jornais usualmente utilizados pela Companhia Brasiliana, da ata
da Assembleia Geral Extraordinária da Companhia Brasiliana que aprovar a redução de capital para
oposição dos credores, conforme descrito no Fato Relevante Inicial; (ii) à aprovação de todos os
passos da Reorganização pelas Assembleias Gerais da Companhia Brasiliana de Energia e da
Companhia; (iii) à observância das leis norte americanas de valores mobiliários naquilo que for
aplicável à Reorganização; (iv) à obtenção da anuência dos credores para a Reorganização em questão, conforme aplicável; e (v) à ratificação, pelo Conselho de Administração da Companhia Brasiliana, da incorporação da Companhia pela Companhia Brasiliana, nos termos do § 3º do Artigo 137 da Lei 6.404/76 no que diz respeito ao exercício do direito de retirada, conforme previsto no Fato Relevante Inicial (“Condições Suspensivas”), sendo que a Incorporação tornar-se-á efetiva no último dia do mês em que a última das Condições Suspensivas for implementada.

5. ANEEL
5.1. A Incorporação e a Reorganização foram aprovadas pela Agência Nacional de Energia
Elétrica – ANEEL, conforme Resolução Autorizativa nº 5.433, datado de 25 de agosto de 2015.
6. EVENTOS ANTERIORES À INCORPORAÇÃO
6.1. A Incorporação, no âmbito da Reorganização, será precedida da conferência, pela Companhia
Brasiliana à AES Brazilian Energy, da totalidade da participação societária por ela detida na
Companhia, bem como dos respectivos ágios registrados na Companhia Brasiliana relativos ao
investimento na Companhia e à reestruturação societária ocorrida em 2006. Dessa forma,
imediatamente antes da Incorporação se tornar efetiva, a AES Brazilian Energy passará a ser detentora da participação societária anteriormente detida pela Companhia Brasiliana na Companhia, equivalente a 52,55% do capital social total da Companhia, bem como dos respectivos ágios, conforme descrito no Fato Relevante Inicial.

7. EMPRESA ESPECIALIZADA E AVALIAÇÃO
7.1. Empresa Especializada - Avaliação a Valor Contábil: Para elaboração da avaliação dos
patrimônios líquidos a valor contábil da AES Brazilian Energy e da AES Rio PCH para os fins da
Incorporação, foi escolhida, ad referendum dos Atos de Aprovação, a seguinte empresa de avaliação
independente: Ernst & Young Auditores Independentes S.S. empresa com sede na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1830, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo inscrita no CNPJ/MF sob o nº 61.366.936.0001-25 (“Ernst Young”). A Ernst Young declarou não haver qualquer conflito ou comunhão de interesses, atual ou potencial, com os acionistas da AES Tietê, da AES Brazilian Energy e da AES Rio PCH, no tocante à Incorporação ou à Reorganização.
7.2. Critério de Avaliação. Os patrimônios líquidos da AES Brazilian Energy e da AES Rio PCH
foram avaliados por seus valores contábeis.
7.3. Data Base e Valores Atribuídos. Na avaliação do patrimônio líquido da AES Brazilian Energy
e da AES Rio PCH para fins da Incorporação, foram utilizadas as demonstrações financeiras da AES
Brazilian Energy e da AES Rio PCH levantadas em 30 de junho de 2015 (“Data Base”). Conforme
laudo de avaliação da AES Brazilian Energy, o patrimônio da AES Brazilian Energy a ser vertido à
AES Tietê é de R$816.254.059,82 (oitocentos e dezesseis milhões, duzentos e cinquenta e quatro mil,
cinquenta e nove reais e oitenta e dois centavos e conforme laudo de avaliação da AES Rio PCH, o
patrimônio da AES Rio PCH a ser vertido à AES Tietê é de R$816.765,06 (oitocentos e dezesseis mil, setecentos e sessenta e cinco reais e seis centavos).
7.4. Avaliação dos Patrimônios Líquidos da AES Brazilian Energy e da AES Tietê a preços de
mercado. Para cumprir com o que prevê o artigo 264 da Lei das Sociedades por Ações, a seguinte
empresa de avaliação independente: Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda., empresa com sede
na Rua Henri Dunant, nº 1383, Santo Amaro, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP
04709-111, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 02.189.924/0001-03 (“Deloitte” e, em conjunto com a Ernst & Young, as “Empresas de Avaliação”) avaliou os patrimônios líquidos da AES Brazilian Energy e da AES Tietê a preços de mercado, na Data Base (“Laudo de Patrimônio Líquido a Mercado”), sendo que, exclusivamente para fins do artigo 264 da Lei das Sociedades por Ações, não há que se falar em relação de substituição de ações de acionistas não controladores, uma vez que as ações de emissão da AES Tietê detidas pela AES Brazilian Energy serão canceladas no momento da Incorporação da AES Brazilian Energy, com a consequente emissão de novas ações da AES Tietê, na mesma quantidade das ações canceladas, as quais serão atribuídas à Companhia Brasiliana de Energia, acionista controladora e titular de 100% (cem por cento) do capital social da AES Brazilian Energy.
7.5 Dispensa do Laudo do Artigo 264 da Lei das S.A. Tendo em vista que, imediatamente antes
da Incorporação se tornar efetiva a AES Tietê será detentora de 100% (cem por cento) do capital social da AES Rio PCH e que a Incorporação consiste em mera reestruturação do Grupo AES, com a
eliminação de um veículo da estrutura societária e de uma sociedade integralmente detida pela AES
Tietê, sem qualquer comprometimento ou diluição da participação dos acionistas da AES Tietê após a
implementação da Incorporação, a AES Tietê apresentou à CVM, em 18 de junho de 2015, pedido de
dispensa de elaboração dos laudos a preço de mercado de que trata o Artigo 264 da Lei das Sociedade
por Ações da AES Rio PCH, nos termos da Deliberação CVM n° 559, de 18 de novembro de 2008, a
qual foi concedida pela CVM em 07 de julho de 2015, por meio do Ofício nº
203/2015/CVM/SEP/GEA-1.

8. INCORPORAÇÃO AES RIO PCH
8.1. Em vista da inexistência de acionistas minoritários da AES Rio PCH, a Incorporação AES Rio
PCH não resultará em qualquer aumento de capital, tampouco emissão de ações da Companhia, uma
vez que o patrimônio líquido da AES Rio PCH já está integralmente refletido nas demonstrações
financeiras da Companhia. Além disso, considerando que não haverá aumento de capital por força da
Incorporação AES Rio PCH, inexistirá, portanto, relação de substituição de ações e entrega de ações
da Companhia a sócios minoritários da AES Rio PCH.

9. INCORPORAÇÃO AES BRAZILIAN ENERGY
9.1. O valor líquido da totalidade do patrimônio da AES Brazilian Energy descrito no item 7.3
acima, incluindo o saldo contábil dos ágios descritos no item 6.1, líquidos da provisão estipulada pelo
art. 6º da ICVM 319/99, serão integralmente destinados à reserva especial de ágio na incorporação, a
ser registrada no patrimônio líquido da Companhia, na forma do disposto no art. 6º da ICVM 319, no
valor de R$115.242.451,24 (cento e quinze milhões duzentos e quarenta e dois mil, quatrocentos e
cinquenta e um reais e vinte e quatro centavos) (“Reserva Especial”), sem alteração, portanto, do
montante do capital subscrito da Companhia, que permanece no valor de R$207.227.038,81 (duzentos e sete milhões, duzentos e vinte e sete mil, trinta e oito reais e oitenta e um centavos), observado que a  Reserva Especial em questão poderá será capitalizada, com o decorrente aumento do capital da Companhia, na medida da amortização e do aproveitamento fiscal do ágio que lhe deu origem, em proveito de sua acionista Companhia Brasiliana, quando será devidamente assegurado aos demais acionistas o direito de preferência para subscrição dos referidos aumentos de capital, e se for o caso, as importâncias por eles pagas serão entregues ao controlador, tudo na forma da lei.
 9.1.1 Ágio a ser Amortizado. O montante do ágio a ser vertido para a Companhia em
decorrência da Incorporação AES Brazilian Energy será amortizado segundo a curva baseada na
expectativa de resultados dos exercícios futuros e no prazo de concessão da Companhia.
9.2. Como resultado da Incorporação AES Brazilian Energy, a Companhia Brasiliana, única
acionista da AES Brazilian Energy, deterá necessariamente a mesma participação na Companhia que
anteriormente a AES Brazilian Energy detinha, tanto percentualmente quanto em quantidade de ações, independentemente da metodologia de cálculo escolhida para a relação de troca, de forma que com a Incorporação AES Brazilian Energy, ocorrerá simplesmente a transferência da participação detida pela AES Brazilian Energy na Companhia para a Companhia Brasiliana, não havendo diluição de qualquer acionista da Companhia.
10. SUCESSÃO
10.1. A Companhia sucederá a AES Rio PCH e a AES Brazilian Energy em todos os seus direitos e
obrigações que serão transferidos em decorrência da Incorporação ora aprovada, sem solução de
continuidade. ..... Leia mais em aestiete 18/09/2015



HCL Technologies adquire PowerObjects por US$ 46 milhões

A fornecedora de serviços de TI HCL Technologies anunciou a aquisição da PowerObjects, empresa norte-americana de serviços especializada em Microsoft Dynamics CRM. O valor da transação é de aproximadamente US$ 46 milhões, que serão pagos em dinheiro, e incluiu desembolsos adicionais caso sejam cumpridas determinadas metas financeiras. A PowerObjects obteve receita de aproximadamente US$ 37 milhões nos últimos doze meses.

Em comunicado, a HCL diz que a aquisição irá reforçar seu negócio de aplicações globais, que fornece programas transformacionais e gestão de aplicações. A empresa salienta ainda que o negócio também irá favorecê-la no setor de CRM, uma vez que o Microsoft Dynamics é um dos sistemas de gerenciamento de relacionamento com clientes de mais rápido crescimento no mercado.

Com uma taxa de crescimento de 13,3% no ano passado, o Gartner projeta que o mercado de CRM movimentará US$ 36 bilhões mundialmente até 2017.

"Juntas, a HCL e a PowerObjects irão oferecer, agora, uma das melhores práticas de Microsoft Dynamics na América do Norte", disse o vice-presidente executivo e diretor global de Serviços de Aplicações, Greg Palesano.

Como parte da aquisição, a equipe de diretores da PowerObjects será mantida e mais de 250 empregados serão incorporados à HCL. Leia mais em tiinside 30/10/2015



Tsinghua compra 25% da taiwanesa Powertech por US$600 mi

O conglomerado estatal de tecnologia Tsinghua Unigroup está comprando uma 25 por cento de ações da Powertech Technology por 600 milhões de dólares, tornando-se a maior acionista da empresa taiwanesa de testes e embalagens de chips.

O acordo anunciado nesta sexta-feira deve ajudar a acelerar o desenvolvimento da incipiente indústria de chips da China e acontece após o grupo chinês contratar recentemente um veterano executivo taiwanes do setor de semicondutores.

A Powertech disse que o movimento ajudará a expandir sua fatia de mercado global, inclusive na China, como montadora e executadora de testes em chips, e permitirá à empresa se integrar verticalmente com o negócio de semicondutores da Tsinghua Unigroup.

A Tsinghua Unigroup pagará 2,31 dólares por ação em uma colocação privada de novas ações da Powertech para ter 25 por cento da empresa. O acordo ainda precisa ser aprovador por acionistas da Powertec e relevantes autoridades regulatórias. (Por J.R. Wu e Yimou Lee) Reuters Leia mais em Yahoo 31/10/2015



30 outubro 2015

BRF vislumbra movimento agressivo de aquisições no exterior

Resultados das operações internacionais no terceiro trimestre animaram a direção da companhia...

30 outubro 2015



Fundos têm mais de R$ 1 bi para startups

O Brasil tem hoje mais de R$ 1 bilhão em recursos disponíveis nos fundos de capital semente e venture capital para financiar startups, segundo Clovis Meurer, fundador e vice-­presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap). Esses gestores estão em busca de negócios interessantes para aportarem de R$ 100 mil a R$ 4 milhões, sob a forma de participação societária.

Sob os holofotes dos investidores estão os setores de educação, tecnologia da informação, agronegócios, energia e áreas ligadas à economia criativa como animação e jogos. Nesses fundos, há capitais nacionais e estrangeiros, bem como a participação que prossegue firme de órgãos de fomento como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Corporação Financeira Internacional (IFC) do Banco Mundial e Corporação Andina de Fomento (CAF).

"A indústria de 'seed money' e venture capital não recuou em função da crise, pelo contrário, têm surgido oportunidades. Vemos que muitos técnicos e bons profissionais deixaram seus empregos em grandes companhias e têm montado negócios de forma estruturada até com apoio de incubadoras", diz Meurer, na 25ª Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), realizada este mês, em Cuiabá (MT). A desvalorização do real tem sido um estímulo adicional. "Para os fundos que tem capital investido em dólar, o Brasil está barato", afirma Marcelo Carrullo, consultor de empresas da Abvcap.

O BNDES não sofreu contingenciamento nessa área. Atualmente, o banco tem R$ 2,5 bilhões comprometidos em 34 fundos ativos, sendo 40% de seed money e venture capital. Em 2014, a instituição anunciou a liberação de recursos novos, totalizando R$ 2 bilhões. Assim, ainda no ano passado, o BNDES fez chamadas públicas e selecionou oito fundos que receberam a primeira fatia de R$ 1 bilhão. O novo edital está na praça e as propostas podem ser colocadas até o dia 17 de novembro. "Iremos selecionar fundos e gestores para aportarmos a outra parcela, de R$ 1 bilhão", destaca Carlos Augusto de Figueiredo Carneiro, gerente da área de capital empreendedor do BNDES. Desses, cerca de 40% devem ir aos fundos de seed Money e venture capital.

Esses fundos investem em empresas que apresentam faturamento, ou seja, já validaram os produtos e serviços no mercado e pretendem expandir as atividades. "A empresa tem que estar rodando para entrar no radar. Caso esteja em estágios anteriores, deve procurar outras formas de financiamento como investidores­-anjo ou aceleradoras que apoiam com recursos", diz Marcelo Carrullo, da Abvcap. Segundo ele, o Brasil conta com um ecossistema mais robusto de apoio aos empreendedores, que inclui entidades, aceleradoras, incubadoras e centros de pesquisa que atuam no amadurecimento dos projetos. A Abvcap realiza processos de coaching a empresas pré­-selecionadas.

Este mês, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) se aliou a Anjos do Brasil para lançar um instrumento de financiamento inédito no país. O primeiro edital será aberto até o fim de novembro, sendo que o aporte é de R$ 20 milhões. A previsão é lançar mais um edital em 2016 e outros dois, em 2017, de R$ 20 milhões cada. "Esse novo instrumento preenche uma lacuna na política de fomento à inovação no Brasil. O objetivo é estimular empresas que estejam na fase final de desenvolvimento do produto ou que tenham algumas vendas iniciais, mas precisam ganhar escala", diz Luís Fernandes, presidente da Finep. Segundo ele, no estágio após a fase de protótipo, as empresas iniciantes enfrentam maior dificuldade de acesso a recursos. Nessa fase, elas passaram pela prova de conceito dos produtos e serviços no mercado, porém, não tem garantias nem maturidade de gestão para acessarem fundos de seed money e venture capital.

Uma das novidades é que os investimentos da Finep serão feitos por meio de contratos de opção de compras de ações, que podem chegar a R$ 1 milhão, baseados no plano de negócios de cada startup. Assim, a Finep se torna potencial acionista das empresas. O prazo para exercício das opções será de até três anos, com possibilidade de renovação por mais dois anos. Se uma startup for bem, conseguir resultados efetivos, a Finep pode exercer a opção. Mas caso determinado empreendimento não avance, a Finep não se torna sócia. O mecanismo inova também, porque estimula os empreendedores a buscarem aportes privados. As startups que se inscreverem no edital da Finep com cartas de compromisso de investidores-­anjo vão ganhar pontuação adicional na seleção. A quantidade de pontos dependerá dos valores dos investimentos privados, que podem variar de R$ 50 mil a R$ 350 mil. Contratos de opções também serão assinados pelos investidores­-anjo, para se tornarem sócios ou não.

Além da aproximação com a Anjos do Brasil, a Finep assinou um memorando de parceria com a Anprotec. O objetivo é que a associação auxilie na divulgação do instrumento no ambiente das incubadoras e parques tecnológicos, participe do processo de seleção das empresas que receberão os aportes Finep Startups. "Outra vertente é o apoio na mentoria nas startups", diz Fernandes.

O consultor da unidade de inovação e empreendedorismo do Banco Mundial com base nos Estados Unidos, Sam Raymond, avalia positivamente o crescimento do equity crowdfunding, modalidade de financiamento coletivo de startups no Brasil. "É uma forma interessante de captação de recursos para empresas nascentes para testarem suas ideias." Segundo ele, entre os países emergentes, o Brasil lidera esse formato de investimento.

Raymond diz que é um movimento natural, de "tecnologização dos investimentos-­anjo". "O acesso dos investidores às startups se torna mais democrático", avalia. As campanhas de equity crowdfunding unem muitas pessoas que podem fazer aportes reduzidos e, assim, se tornarem sócias das empresas. No entanto, o consultor diz que há necessidade de regulamentação da modalidade para o avanço sustentável. "É preciso que fiquem claros quais os requisitos, os riscos e quem são os responsáveis em caso de fraudes."

A repórter viajou a convite da Anprotec. Site: Valor Econômico Autor: Daniela Rocha Leia mais em tirio 30/10/2015



Ritmo de fusões deve se intensificar na reta final de 2015

Real: "as coisas estão começando a se materializar", disse o chefe da área de fusões e aquisições no Brasil do Bank of America Merrill Lynch

O mercado de compra e venda de participação societária no Brasil deve ganhar força no final de 2015, à medida que a expectativa de um cenário de prolongada fraqueza econômica do país esvazia as esperanças de empresas financeiramente enfraquecidas rolarem dívidas ou obter recursos via mercado de capitais.

A condição relativamente mais estável do câmbio, após meses de forte declínio do real frente ao dólar, e a expectativa de aumento da alíquota do Imposto de Renda sobre ganhos de capital em bens como ações também estão acelerando conversas já mais avançadas, segundo especialistas ouvidos pela Reuters.

"As coisas estão começando a se materializar", disse o chefe da área de fusões e aquisições no Brasil do Bank of America Merrill Lynch, Marcus Silberman. "Temos expectativa de fechar três a quatro transações ainda neste ano."

Um dos setores que deve se destacar no anúncio de transações nos próximos dois meses é o das empreiteiras, boa parte delas direta ou indiretamente fragilizada pela crise no setor de óleo e gás, em parte como resultado da operação Lava Jato, que investiga um esquema multibilionário de corrupção na Petrobras.

Na semana passada, dois anúncios envolveram companhias do setor. Num deles, a Odebrecht Transport, do grupo Odebrecht, vendeu seus 50 por cento da empresa de pagamento eletrônico de pedágio ConectCar ao Itaú Unibanco por 170 milhões de reais.

No outro, a CCR investiu 323 milhões de reais para assumir o terreno que sediará o terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo, que era das suas sócias Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa.

Para os especialistas, com maior dificuldade de rolar dívidas, diante de uma quadro de juros bancários mais altos e mercado de capitais praticamente fechado no Brasil, as opções para evitar um colapso têm diminuído rapidamente.

"Como a economia não melhorou, empresas em dificuldades viram que não tinham muitas opções a não ser vender ativos ou buscar um sócio estratégico", disse a sócia-fundadora do escritório de advocacia Souza Cescon, Maria Cristina Cescon.

"Estamos trabalhando em operações que devem acontecer ainda em 2015." Esse quadro, que afeta também empresas desde as do setor sucroalcooleiro até alguns segmentos ligados a consumo, de certa forma está contribuindo para destravar o mercado de fusões, que vem em marcha lenta desde o ano passado.

Em 2015 até o fim de setembro, houve 24,5 bilhões de dólares em transações de fusões e aquisições no país, menor nível em uma década, segundo dados da Thomson Reuters. O valor despencou 44 por cento em relação ao mesmo período um ano antes.

Os próprios bancos, credores de muitas dessas companhias e que têm visto a inadimplência da carteira de grandes empresas se deteriorar trimestre após trimestre, estão intensificando os trabalhos para ajudar a encontrar compradores.

O Banco do Brasil, por exemplo, fortaleceu sua assessoria de reestruturação de empresas para atender clientes enfraquecidos, inclusive deslocando funcionários de outras áreas do banco de investimento para lidar com o assunto.

Atualmente, essa força-tarefa do Banco do Brasil está atendendo 18 grupos, 12 da área de infraestrutura e 6 de açúcar e álcool.

"É o esforço máximo para tentar tirar as empresas da recuperação judicial", disse a fonte familiarizada com o banco.

E assim como nos casos acompanhados pelo BB, os acordos estão sendo costurados para que parte dos recursos levantados com a venda de ativos fique nas mãos do próprio credor.

"Nesses casos, parte do dinheiro tem destinação específica, para pagar o credor", disse Maria Cristina Cescon.

CÂMBIO

A oscilação cambial dentro de uma faixa mais estreita do que há alguns meses está facilitando as conversas, segundo os especialistas.

"Embora o cenário econômico ainda seja ruim, fica um pouco melhor agora para vendedores e compradores fazerem contas", disse Luiz Cantidiano, sócio do escritório Motta, Fernandes Rocha Advogados. "Facilita especialmente para fundos de private equity que estão bem capitalizados."

Por fim, o receio de enfrentar impostos mais altos sobre ganhos de capital está acelerando as conversas entre potenciais compradores e vendedores.

O motivo é a Medida Provisória 692/15, que eleva a tributação dos ganhos de capital para pessoas físicas. A alíquota atual de 15 por cento do Imposto de Renda será substituída por quatro outras (15%, 20%, 25% e 30%).

O texto foi enviado ao Congresso Nacional em setembro e aguarda votação.

A MP é uma das iniciativas do governo para aumentar a arrecadação e cobrir um déficit fiscal. Aluísio Alves, da REUTERS Leia mais em exame 30/10/2015



Petrobras conclui acordo com Guarani com aporte de R$268 mi

A Tereos Internacional informou nesta sexta-feira que a Petrobras elevou sua participação na empresa do setor de açúcar e etanol Guarani, ao concluir a última etapa de um aporte de capital previsto em acordo assinado em 2010, desembolsando 268,1 milhões de reais.

Dessa forma, a Petrobras Biocombustível passará a deter 45,9 por cento do capital social da Guarani, enquanto a francesa Tereos permanecerá detendo 54,1 por cento da empresa.

O investimento total da Petrobras, com o aporte que deverá ser realizado até 5 de janeiro de 2016, somará 1,611 bilhão de reais, ajustado pela inflação, disse a Tereos.

O acordo de 2010 assinado pela Tereos e pela Petrobras em relação aos ativos da Guarani anteviu um aumento gradual de participação pela petroleira brasileira ao longo do tempo, dependendo da execução de alguns investimentos.

Segundo o acordo, esta sexta-feira era o último dia para a Petrobras confirmar se faria o pagamento final.

O aporte ocorre em um momento em que petroleira estatal lida com o maior endividamento entre as companhias do setor petrolífero e está tentando superar um escândalo de corrupção. Dessa forma, havia dúvidas no setor açucareiro se a empresa concluiria seu investimento na Guarani.

A Petrobras "realizou a subscrição de ações relativa ao último aporte de capital na Guarani conforme previsto no acordo de investimento", disse a Tereos em nota.

A Petrobras não retornou os pedidos de comentários.
A Guarani possui sete usinas em São Paulo, o maior Estado produtor. As instalações têm capacidade de produção combinada de 1,73 milhão de toneladas de açúcar e 903 milhões de litros de etanol por ano.

Em junho, a Petrobras havia dito a representantes da Tereos em reuniões em São Paulo que gostaria de vender suas ações na Guarani como parte de um grande plano de desinvestimentos que está buscando implementar, de acordo com duas fontes com conhecimentos diretos do assunto.

Mas a petroleira queria muito mais pelas ações que os 200 milhões de dólares oferecidos pela Tereos, disseram as fontes à Reuters. Por Roberto Samora e Marcelo Teixeira (Reuters) - Leia mais em Yahoo 30/10/2015



Petrobras tem mais 26 ativos à venda

O conselho de administração da Petrobras aprovou uma lista de 26 ativos que podem ser vendidos, de diversas áreas de negócios da companhia, no âmbito do plano de desinvestimentos da estatal, que prevê arrecadar US$ 57,7 bilhões no período 20152019. Segundo uma fonte a par do assunto, a lista não inclui a venda de 49% da Gaspetro, braço da estatal que concentra os ativos de distribuição de gás natural, e de uma fatia na BR Distribuidora.

"Já foram duas empresas colocadas à venda, a BR e a Gaspetro. Além delas, há outros 26 [ativos] aprovados para serem vendidos. Alguns estão em negociação", disse a fonte ao Valor.

Questionada sobre quais áreas pertencem os 26 ativos, a fonte afirmou que são de várias unidades de negócios e que algumas negociações já foram antecipadas pela imprensa, porém, não detalhou os ativos e as áreas.

Em reportagens recentes publicadas pelo Valor, algumas áreas colocadas à venda pela Petrobras foram a rede de postos de gasolina na América do Sul e o campo de Tartaruga Verde, previsto para entrar em operação em 2017, no pós-sal da Bacia de Campos.

Com relação à reestruturação da estatal, de acordo com três fontes com conhecimento do assunto, a empresa planeja extinguir as sete diretorias executivas e criar quatro vice-presidências: Exploração e Produção (E&P); Desenvolvimento; Downstream (Refino e Abastecimento); e Financeira, além de manter a presidência, ocupada atualmente por Aldemir Bendine. Também está em discussão transformar os cargos de 32 gerentes executivos em diretores estatutários.

A medida, discutida na reunião do conselho na sexta-feira, é um desdobramento da proposta de reestruturação da empresa, em estudo pelo comando da estatal.

"Ela [a reestruturação] foi proposta e não aprovada, porque carece de mais estudos.
Não é uma mera reorganização de cargos e salários. Existe uma série de coisas do ponto de vista legal e jurídico para resolver. É um estudo que está sendo desenvolvido e abarca uma série de variáveis", disse uma fonte, explicando que foi a quarta vez que o tema foi discutido pelo conselho.
"Isso ainda está em discussão", disse outra fonte, explicando que há divergências de opiniões sobre o assunto no conselho.

O Valor apurou que ainda há uma discussão profunda no conselho sobre a reestruturação da companhia. Um dos pontos delicados, segundo uma fonte, é que a medida, voltada para a melhoria da governança da empresa, pode ser refletida em outras estatais futuramente. "Há uma enorme preocupação política do governo, com relação a isso".

Em junho, o Valor antecipou que o conselho estudava a redução, de sete para quatro, do número de diretorias. A ideia era criar duas diretorias operacionais: de  "Upstream" e "Downstream", que responderiam, respectivamente, pela "Exploração e Produção" e "Refino e Abastecimento", e manter as diretorias Financeira e de Relações com Investidores e de Governança, Risco e Conformidade.

Tanto no modelo inicial quanto no mais recente, está prevista a extinção das diretorias de Gás e Energia e de Engenharia, Tecnologia e Materiais. Elas seriam incorporadas pelas outras diretorias, ou pelas novas vice-presidências. Por Rodrigo Polito e Cláudia Schüffner | Do Rio Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 30/10/2015




Fundos voltam apostar no varejo

No início dos anos 2000, as grandes redes de franquias brasileiras depararam com um assédio inesperado de fundos de investimento em participações e private equity nacionais e estrangeiros. Mostravam disposição em arrebatar uma fatia generosa do negócio. Muitas conversas resultaram na compra do controle majoritário da rede, outras, receberam aporte menor dos novos sócios. A euforia passou e os investimentos previstos para o segmento de franchising ficaram abaixo do esperado pelo mercado, sobretudo, em relação às pequenas e médias redes.

Desde 2014, porém, o movimento começa a ganhar corpo novamente, mas de forma mais equilibrada do que no primeiro momento. No ano passado, o Gávea Investimentos comprou quase 30% da marca brasileira de óculos Chilli Beans, tomando assento no conselho administrativo; o britânico Actis investiu US$ 68 milhões na rede de escolas de idiomas CNA e, em junho deste ano, a Squadra Investimentos tornou­-se dona de 100% da Imaginarium.

“Em um passado não muito distante, várias redes que acreditavam estar preparadas para receber a participação de um fundo, na prática não estavam”, afirma André Friedheim, diretor internacional da Associação Brasileira de Franchising (ABF). “Hoje, o cenário é diferente, boa parte das redes passou a olhar com mais atenção a própria gestão e a corrigir o que estava errado.”

“Não basta querer”, alerta Carlos Zilli, membro do conselho de administração da Imaginarium e responsável pelo desenvolvimento de novos negócios da marca. “O negócio tem de ter bom potencial de crescimento e boa análise de projeção financeira”, diz. “Quanto melhor estruturada a rede estiver, quanto mais processo de gestão qualificada apresentar, melhores serão os resultados da franquia e, consequentemente, o contado dos fundos.” Segundo Zilli, antes de qualquer coisa, a direção da rede deve responder as seguintes perguntas: Por que eu quero vender? Quando eu quero vender? Quanto da empresa eu vou vender? E o que vamos fazer depois?

No caso da Imaginarium foram mais de quatro anos de preparação, incluindo ações de planejamento estratégico de longo prazo, produção anual de relatórios de administração, auditoria feita pela KPMG e um olhar criterioso para cada área de operação da empresa.

“As redes devem se preparar com antecedência para este momento. Uma venda não acontece do dia para a noite”, afirma Zilli. “Para isso, é necessário muita organização, controle de processos e uma governança bem estruturada para viabilizar a operação e, ainda, a correta precificação dos ativos.”
Em 2012, a Imaginarium vendeu parte do negócio para a Squadra Investimentos e, em junho deste ano, o fundo passou a ter 100% do controle da rede, fundada em 1991, que conta com quase 200 lojas e quiosques, 650 pontos de venda multimarca e 50 lojas Love Brands.

O faturamento estimado para 2016 é de R$ 200 milhões, com a abertura de 30 novas unidades. “A empresa tinha problemas de sucessão, as filhas do fundador não queriam assumir o negócio”, informa Zilli. “Em 2005, eu entrei para assumir o dia-­a-­dia em substituição do fundador e, em 2011, com a morte da criadora da marca, a decisão de venda tornou-­se mais concreta”, explica. “Diante disso, iniciamos a preparação.”

Com a decisão tomada, Zilli foi pessoalmente visitar uma série de fundos, conversar com profissionais, a fim de encontrar aquele que mais se identificasse com o DNA da marca e tivesse uma visão de longo prazo, que não quisesse comprar a empresa para vendê-­la no ano seguinte. Uma conduta, segundo os consultores, importantíssima, já que fundo e rede devem comungar dos mesmos valores, para que os resultados apareçam. Sem essa sintonia fica difícil dividir as decisões com um novato à mesa, dar retorno de boa gestão e governança ao sócio patrão, bater metas para garantir lucros e enfrentar o choque cultural, que inevitavelmente, acontecerá.

“Diferentemente da maioria, buscamos uma complexidade de experiências entre os gestores do fundo e da empresa alvo”, afirma Fernando Figueiredo, diretor do 2+Capital, fundo de private equity focado em empresas brasileiras, que tem como investidores Artur Grynbaum e Miguel Krigsner, principais acionistas do grupo O Boticário.

Os dois não participam do dia-­a­-dia do fundo, mas fazem parte do comitê de investimento, que se reúne mensalmente para analisar os ativos e decidir sobre novos aportes. Segundo Fernando, eles objetivam trabalhar com os empreendedores no desenvolvimento de seus negócios, trazendo gente, dinheiro, experiência e uma boa rede de relacionamentos. “Não investimos apenas para vender no futuro”, reforça.

Com esta cartilha o fundo investiu em dezembro de 2010 na Frajo, distribuidora de cosméticos importados, com sede em Campinas; em 2011, comprou participação na Scalina, dona das marcas Trifil e Scala, e, em 2014, na Cia Tradicional de Comércio, referência no mercado gastronômico casual do Brasil, dona das marcas Piraja, Astor, Braz e Lanchonete da Cidade, entre outras. “Em todas entramos com uma visão de longo prazo, do quanto podemos ajudar a empresa a crescer nos próximos cinco ou dez anos”, observa Figueiredo. “O próximo investimento vem sendo trabalhado e testado com a abertura de três a quatro lojas na área de acessórios, antes de lançar a marca como franquia no mercado.” Valor Econômico – SP Leia mais em sbvc 30/10/2015



Oi e LetterOne acertam negociar por 7 meses injeção de capital para fusão com TIM

A operadora de telecomunicações Oi e o fundo russo LetterOne acertaram negociar por sete meses a injeção de capital de 4 bilhões de dólares na empresa para tentar viabilizar a eventual fusão com a TIM Participações.

Em fato relevante publicado nesta sexta-feira, a Oi informou ter enviado contraproposta de negociações exclusivas com o fundo russo por sete meses contados a partir de 23 de outubro. De acordo com a empresa, o fundo do bilionário Mikhail Fridman aceitou a contraproposta.

"Se concretizada a operação em construção, espera-se uma redução de alavancagem da Oi, tornando-a um player mais robusto, e a geração de importantes sinergias e ganho de escala", informou a empresa no comunicado.

"Uma potencial união da Oi com a TIM Participações deve resultar na constituição de um operador mais completo e bem posicionado, capaz de competir com players globais já instalados no país", completou a empresa.

Uma fusão entre as duas empresas teria de ser aprovada por órgãos reguladores como Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A Oi havia anunciado em 26 de outubro que o grupo de investidores russo enviou à empresa proposta para uma injeção de capital na operadora, condicionada a uma combinação da companhia com a TIM.

A operadora brasileira vem falando publicamente desde o ano passado sobre sua intenção de fusão com a concorrente, mas a operação era vista com ceticismo pelo mercado diante do alto endividamento da Oi, de 34,6 bilhões de reais.

A Telecom Italia, controladora da TIM, tem afirmado por outro lado que a operação no Brasil é estratégica para a companhia.

Nesta semana, o presidente da Telecom Italia, Marco Patuano, declarou em evento do setor no Brasil que eventual fusão entre sua controlada e a Oi dependerá de uma atualização do marco regulatório da telefonia fixa no país.

A Oi, por ser a maior concessionária de telefonia fixa do país, tem uma série de obrigações com o governo brasileiro, como investimentos em universalização do serviço fixo e manutenção de orelhões, além de ativos que devem ser devolvidos à União após o fim dos contratos de concessão, em 2025.

Firmados após o processo de privatização do setor, os contratos são revisados a cada cinco anos. A Oi considera que os compromissos estão sendo onerosos e prejudicando a lucratividade da empresa.

Também nesta semana, o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, declarou ser necessário alterar o cenário de concessão de telefonia fixa no país para dar mais impulsos a investimentos de longo prazo no setor de telecomunicações e viabilizar eventuais movimentos de consolidação.

A TIM é a segunda maior operadora de telefonia móvel, mas tem pequena presença na telefonia fixa, que é o maior ativo da Oi.

Procurada nesta sexta-feira, a TIM não se manifestou até o momento sobre o mais recente comunicado publicado pela Oi. (Por Luciana Bruno) Reuters Leia mais em yahoo 30/10/2015

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Oi S.A. FATO RELEVANTE

Oi S.A. (“Oi” ou “Companhia”) vem, em cumprimento ao art. 157, §4º da Lei nº 6.404/76, informar
aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em 28 de outubro de 2015, a Oi, após avaliar a
proposta de exclusividade para potencial transação com o fim específico de possibilitar uma
consolidação do setor de telecomunicações no mercado brasileiro envolvendo uma potencial
combinação de negócios com a TIM Participações S.A. (“TIM Participações”), enviada pela
LetterOne Technology (UK) LLP (“L1 Technology”) e divulgada pela Oi em Fato Relevante de 26
de outubro de 2015, enviou carta à L1 Technology contendo uma contraproposta de exclusividade,
pela qual a Oi e a L1 Technology conceder-se-iam mutuamente um direito de exclusividade, por um
período de 07 meses contados de 23 de outubro de 2015, com relação a, especialmente,
combinações de negócios envolvendo companhias de telecomunicações ou ativos de
telecomunicações no Brasil.

A Oi recebeu confirmação da L1 Technology de que concorda com todos os termos da
contraproposta. Dessa forma, a Oi e a L1 Technology passam a estar vinculadas pela exclusividade
pelo prazo de 7 meses contados de 23 de outubro de 2015.

Se concretizada a operação em construção, espera-se uma redução de alavancagem da Oi, tornandoa
um player mais robusto, e a geração de importantes sinergias e ganho de escala, promovendo
geração de valor para todos os acionistas. Uma potencial união da Oi com a TIM Participações deve
resultar na constituição de um operador mais completo e bem posicionado, capaz de competir com
players globais já instalados no País. O consumidor deverá ser beneficiado com o consequente
fortalecimento da Companhia.

A Oi manterá os seus acionistas e o mercado informados sobre quaisquer eventos relevantes
relacionados aos temas aqui descritos. Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2015. Flavio Nicolay Guimarães Diretor de Finanças e de Relações com Investidores Leia mais em estadao 30/10/2015



Senior compra empresa de software para gerenciamento de transportes

Aquisição da SOFtran permitirá que empresa fortaleça presença no segmento logístico

A Senior anunciou hoje (29/10) a aquisição da SOFtran, empresa de software focada em tecnologias para transporte de carga, logística e frotistas. A estratégia faz parte do planejamento da Senior de crescimento e fortalecimento dos negócios no segmento.

A SOFtran deverá fechar 2015 com faturamento de R$ 6 milhões e, de acordo com Carlênio Castelo Branco, CEO da Senior, a força e a capilaridade da Senior somadas aos mais de cem canais de distribuição em todo o território nacional, deverão fazer com que as soluções da SOFtran ganhem alcance e contribuam para a competitividade das empresas brasileiras.

Localizada em Joinville/SC, a SOFtran atende todo o território brasileiro e gerencia mais de 18 mil usuários on-line todos dias. A companhia atende os setores de carga fracionada, e-commerce, retalhista, química, granel, carga seca, e milk run.

A Senior tem apostado no segmento por entender que ele é promissor. Há cerca de um ano, a companhia adquiriu a Sythex, focada em Warehouse Management System (WMS). Segundo a companhia, a nova aquisição consolida a presença da companhia no setor. Leia mais em IT Forum 365 29/10/2015
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Com aquisição da SOFtran, Senior investe em softwares para gerenciamento de transportes

Nova aquisição fortalece presença da companhia no segmento logístico, um dos mercados mais promissores no Brasil.

Referência nacional no desenvolvimento de softwares para gestão, a Senior anuncia a aquisição da SOFtran, empresa reconhecida como uma das melhores soluções direcionadas a transporte de carga, logística e frotistas. A estratégia faz parte do planejamento estratégico da Senior de crescimento por meio de aquisições e completa o portfólio logístico da companhia.

A SOFtran fortalece os negócios da Senior ao permitir o fornecimento de sistemas de gestão em transporte cada vez mais integrados. “Ao complementar nossas soluções, podemos atender ainda mais as demandas de nossos clientes com projetos capazes de reduzir custos operacionais e promover o ganho de produtividade. A aquisição deverá, ainda, intensificar nossa presença em um dos segmentos mais exigentes do cenário nacional”, diz Carlênio Castelo Branco, CEO da Senior, reforçando o compromisso em manter os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, assim como na gestão de pessoas e na qualidade das soluções.

A SOFtran deverá fechar o ano de 2015 com um faturamento de R$ 6 milhões e, de acordo com o executivo, a força e a capilaridade da Senior, com mais de 100 canais de distribuição em todo o território nacional, deverá fazer com que as soluções da SOFtran ganhem alcance e contribuam com a competitividade das empresas brasileiras.

No mercado há 21 anos, e com aproximadamente 70 colaboradores, a SOFftran está localizada em Joinville/SC, atende todo o território brasileiro e gerencia mais de 18 mil usuários online todos dias. A companhia atende os setores de carga fracionada, e-commerce, retalhista, química, granel, carga seca, e milk run. “Passamos a oferecer, dessa forma, soluções com redução de custos ainda mais fortes, sem comprometer processos em compliance. “Inclusive, esse é um ponto levado muito a sério por ambas as empresas. Todas as preocupações com as exigências legais podem ser tranquilamente delegadas aos sistemas, já configurados com as mais atuais orientações do Governo”, complementa o diretor de Marketing e Produto da Senior, Alencar Berwanger.

Segundo ele, deter a tecnologia para monitorar mais de 15 mil veículos em trânsito e emitir mais de 1,3 milhão de conhecimento de transporte por mês, aliado às soluções já oferecidas, coloca a Senior em uma posição de grande vantagem em relação a todos os demais fornecedores de softwares no segmento de transporte de cargas e logística. “Estamos aptos a atuar na gestão administrativa e em toda a cadeia de negócio dessas empresas, incluindo soluções em cloud computing e segurança da informação”, reforça Berwanger.

Há cerca de um ano a Senior adquiriu a Sythex, líder em WMS (Warehouse Management System – ou gerenciamento de armazéns), por entender que logística é um dos mercados mais promissores no Brasil. A nova aquisição consolida a presença da companhia, tornando-a uma das mais completas fornecedora de softwares para o segmento. E os resultados do terceiro trimestre comprovam que a Senior está no caminho certo. A empresa apresentou crescimento de receita de 29% em relação ao mesmo período do ano passado, número que gerou um resultado de R$ 11 milhões. A margem EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) no período foi de 24% e apresentou um crescimento de 95% frente o 3º trimestre de 2014.

Entre as melhores

Com os mais modernos certificados de qualidade do mercado, a SOFtran já foi eleita como uma das melhores para se trabalhar pelo instituto Great Place to Work e conta com seis clientes entre as 20 transportadoras mais lembradas do país, de acordo com o ranking Top do Transporte.

Sem divulgar o valor da operação, o presidente da companhia garante que esta aquisição deverá ajudar a Senior na conquista de uma nova gama de clientes. “Nossa responsabilidade é dar continuidade às soluções fornecidas com qualidade e pessoas engajadas, comprometidas e alinhadas aos valores de ambas as empresas”, acrescenta o CEO.

Além de alinhada aos segmentos estratégicos para os quais a Senior tem soluções aderentes, a escolha da SOFftran também considerou as grandes semelhanças entre as duas empresas. “Ambas as companhias contam com clientes que depositam grande confiança nas soluções oferecidas e no relacionamento praticado. Essas características são reforçadas pelo profundo conhecimento técnico das pessoas envolvidas nas soluções, assim como pelo forte investimento em pesquisa e desenvolvimento e na formação e aprimoramento das equipes”, afirma Castelo Branco.

Além de alinhada aos segmentos estratégicos para os quais a Senior tem soluções aderentes, a escolha da SOFftran também considerou as grandes semelhanças entre as duas empresas. Ambas as companhias contam com clientes que depositam grande confiança nas soluções oferecidas e no relacionamento praticado.

“O mercado tem buscado soluções robustas que entreguem o prometido aliado à automação. É nesta linha que buscamos oferecer soluções cada vez mais completas e integradas dentro do que há de mais atual em processos de gestão”, conclui. Leia mais em senior 29/10/2015




NEC negocia aquisições de empresas no Brasil

O presidente da companhia, Daniel Mirabile, diz que está em 'due dilligence' em uma companhia e a ideia é fechar essa aquisição ainda em 2015.

"E não será a única. Vamos fazer mais em 2016", reforçou o executivo. ... convergenciadigital.uol.com.br (1 day) Leia mais em eexponews 29/10/2015



Relatório de Fusões e Aquisições no 3º trimestre aponta o Brasil como o país mais ativo

Nos primeiros nove meses do ano o Brasil realizou 712 transações, seguido pelo México e Chile

A Merrill DataSite, empresa desenvolvedora líder de solução de data room virtual (VDR) segura e completa que otimiza o processo de due dilligence (auditoria), em parceria com a TTR (Transactional Track Record), disponibiliza o relatório com o panorama da indústria de M&A no Brasil no terceiro trimestre de 2015.

Nos primeiros nove meses do ano o mercado transacional brasileiro acumula 712 transações registradas que movimentaram aproximadamente R$ 178 bilhões, entre anunciadas e concluídas, tendo em conta as transações com valor divulgado, segundo o Relatório Mensal TTR (www.TTRecord.com). No terceiro trimestre do ano foram registradas 230 transações, número 17,4% menor do que o mesmo período do ano anterior, que movimentaram aproximadamente R$ 73,37 milhões.
A maior transação registrada neste trimestre foi o acordo assinado pelo Banco Bradesco para adquirir 100% do capital social do HSBC Bank Brasil e de 100% do capital social da HSBC Serviços que pertencem ao HSBC em uma operação de R$ 17,581 bilhões.

Já em Private Equity, de janeiro a setembro deste ano foram registradas 74 transações, que movimentaram aproximadamente R$ 10,6 bilhões, tendo em conta as transações que tiveram seu valor divulgado. Os setores que mais receberam investimentos foram os de Distribuição e Varejo, Financeiro e Seguros e Tecnologia.

Em Venture Capital, no mesmo período, foram registradas 90 transações, que movimentaram aproximadamente R$ 962 milhões, tendo em conta as transações que tiveram seu valor divulgado. As empresas que atuam no segmento de tecnologia e internet foram as que mais atraíram o interesse destes fundos.

Fusões e aquisições na América Latina

Nos primeiros nove meses do ano o Brasil foi o país mais ativo com 712 transações envolvendo empresas brasileiras, seguido pelo México com 231 transações e pelo Chile com 129.

 Aquisições realizadas por empresas estrangeiras no Brasil

No acumulado do ano as empresas norte-americanas foram as que mais realizaram aquisições, registrando até agora 73 transações que somam R$ 23,67 bilhões. O segundo país que mais realizou aquisições de empresas brasileiras até agora foi o Reino Unido, com 17 transações, e o terceiro foi a França com um total de 14 transações.

Os segmentos de tecnologia e internet foram os que mais atraíram capital estrangeiro, sendo as empresas norte-americanas as que mais investiram. Das 73 aquisições realizadas por estas empresas no Brasil, 35 foram aquisições de participações em empresas destes segmentos.

Aquisições brasileiras no estrangeiro

No acumulado do ano, o país onde o Brasil mais realizou aquisições foi a Colômbia com um total de 6 transações que somam R$ 129,01 milhões.

Subsetores mais ativos

Os primeiros nove meses do ano consolidam o segmento de empresas de tecnologia como o que mais registrou transações, incluindo investimentos de Private Equity e Venture Capital. Somente no terceiro trimestre foram registradas 40 transações no segmento de tecnologia.

Transação do mês

A transação destacada no mês de agosto pelo TTR foi a conclusão da aquisição pelo Banco BTG Pactual de 100% do banco privado suíço BSI Bank. O valor final da aquisição foi de R$ 4,96 bilhões.

Para mais detalhes baixe o relatório completo:
 http://www.datasitedeal.com/LP-S3876?LeadSource=Public_Relations&CampaignID=7011A00000163AC

Sobre Merrill DataSite®

Merrill DataSite é uma solução de data room virtual (VDR) que otimiza o processo de auditoria (due dilligence), proporcionando um método altamente eficiente e seguro para o compartilhamento de informações críticas aos negócios entre diversas partes. Merrill DataSite oferece acesso ilimitado aos usuários em todo o mundo, bem como relatórios de atividade em tempo real, permitindo busca ilimitada dentro do documento, comunicações por meio de recurso de perguntas e respostas e um serviço de gerenciamento de projeto de qualidade superior, tudo isso ajudando a reduzir o tempo de transação e as despesas. Os colaboradores de suporte em diversos idiomas da Merrill DataSite estão disponíveis em  qualquer lugar do mundo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e podem ativar e colocar seu VDR em operação com milhares de páginas carregadas no prazo de 24 horas ou menos.

Com suas raízes profundas em serviços de transações e conformidade, a Merrill tem uma disciplina cultural em toda a organização no gerenciamento e no processamento de conteúdos confidenciais. Merrill DataSite é o primeiro provedor de VDR a entender as necessidades dos clientes e da indústria, tendo obtido um certificado de registro  ISO/IEC 27001 - o mais alto padrão para segurança da informação – e é atualmente a única certificada em VDR no mundo para operações nos Estados Unidos, Europa e Ásia. A certificação ISO da Merrill DataSite está disponível em www.datasite.com/security.htm.

Como líder no fornecimento de soluções VDR, a Merrill DataSite já ajudou mais de dois milhões de visitantes únicos a executar due dilligence eletrônica em milhares
de transações, totalizando trilhões de dólares em valor de ativos. A solução VDR Merrill DataSite tornou-se uma ferramenta essencial em um processo eficiente e juridicamente sustentável para xecução de uma variedade de transações financeiras.Saiba mais visitando www.datasite.com hoje. Leia mais em segs 29/10/2015



29 outubro 2015

Avança venda de divisão da Hypermarcas

As negociações para a venda da divisão de fraldas da Hypermarcas para a americana Kimberly-Clark - que teria uma proposta melhor para os controladores - evoluíram nas últimas semanas, apurou o Valor. A princípio, cálculos iniciais de mercado consideravam o valor da operação de fraldas entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.

Reuniões entre escritórios de advocacia representantes da Kimberly e controladores da Hypermarcas se intensificaram desde a semana passada, segundo uma fonte ouvida.

A japonesa Unicharm, que vende a marca Mamypoko, também vinha sendo considerada como provável candidata, assim como a sueca SCA. Fazem parte das negociações os bancos Citigroup, Bank of America Merrill Lynch e o Banco Bradesco BBI.

A área de fraldas representa pouco mais de 40% das receitas da divisão de consumo da Hypermarcas, dona das marcas Pompom, Cremer Disney Baby, Sapeka e Bigfral (geriátrica). A unidade de fraldas registrou receita líquida de R$ 858 milhões no ano passado.

O Brasil é o quarto maior mercado de fraldas no mundo, estimado em 10 bilhões de unidades ao ano. Em 2014 movimentou US$ 2,46 bilhões, segundo dados da consultoria Euromonitor.

Se a venda para a Kimberly-Clark de fato ocorrer, o mercado brasileiro terá aumento no nível de concentração. A multinacional americana, dona da marca Huggies, é a segunda maior empresa deste setor - tinha participação de mercado de 27,2% no Brasil em 2014, de acordo com a Euromonitor.

A Hypermarcas vem em terceiro lugar, com fatia de 14,4%. Se o negócio sair, a Kimberly ficaria com uma fatia de quase 42%, ultrapassando a líder Procter & Gamble (P&G), fabricante da Pampers, que detém 31,1%.

Em meados de agosto, a Kimberly confirmou que havia sido convidada a analisar a divisão de fraldas da Hypermarcas, mas não comentou o andamento das negociações. Procurada novamente agora, informou que não comenta rumores ou especulações. Presente no Brasil desde 1996, a empresa tem cinco fábricas, cinco centros de distribuição e 4,3 mil empregados diretos. A projeção de crescimento para 2015 é de 15%, com receita líquida de cerca de R$ 4 bilhões.

A SCA (Svenska Cellulosa Aktiebolaget), que também não quis se pronunciar, tem sede na Suécia e faturamento global de € 11,4 bilhões. Vende fraldas geriátricas e infantis. Tena, Biofral, BabyFral, BioCare Baby e DryBaby são as marcas comercializadas no Brasil, segundo o site da matriz da companhia, que opera em mais de 100 países.

Até 2011, a SCA tinha uma presença discreta no mercado brasileiro. Comprou, então, a fabricante paulista Pro Descart, avaliada então em R$ 114 milhões, excluída a dívida. Nessa operação, a marca Biofral, de fralda para adultos, entrou no portfólio da SCA, que concorre nessa categoria com a Bigfral da Hypermarcas. A Kimberly disputa esse nicho com a marca Plenitud.

A japonesa Unicharm, que não quis fazer comentários para esta reportagem, vende no Brasil fraldas infantis da marca Mamypoko, com instalações em Jaguariúna (SP). Opera em 18 países, com forte presença na Ásia.

Na China, especificamente, a Unicharm lidera o mercado de fraldas ao lado de Kimberly e Procter & Gamble - as três juntas têm mais de 50% do mercado.

De abril a dezembro do ano passado, a Unicharm, que tem ações negociadas na bolsa de Tóquio, registrou faturamento equivalente a US$ 5,178 bilhões, segundo cálculos do Valor Data, considerando a paridade média entre o iene e o dólar no período. Procurada, a empresa disse que não faria nenhum comentário sobre o assunto.

Outra concorrente no segmento de fraldas infantis é a chilena CMPC, que entrou no mercado brasileiro há seis anos, quando comprou a Melhoramentos por R$ 400 milhões. É dona da marca Babysec.

A venda da divisão de fraldas da Hypermarcas provocará queda próxima a 20% nas vendas anuais da companhia, segundo o Citi, mas promete melhorar margens e, se for utilizada para pagar dívidas, reduzirá a alavancagem de forma relevante.

A venda da divisão de fraldas é positiva também ao reduzir a exposição da Hypermarcas ao dólar: a celulose usada no processo de fabricação é denominada em dólar. A redução da exposição cambial é positiva para o crédito, pois as receitas da companhia são publicadas em reais.

A Hypermarcas, em maio, buscava valor próximo a R$ 1,5 bilhão pela operação de fraldas. Com a deterioração do cenário econômico e a perda de valor de ativos brasileiros, a negociação tende a ser mais acirrada.

Os papéis da empresa na bolsa espelham esse cenário mais difícil - em meados de junho mostravam trajetória de alta, iniciada em dezembro do ano passado, chegando a pouco mais de R$ 23. Vêm caindo desde então, mostrando certa recuperação a partir de meados de setembro. Custam hoje em torno de R$ 17, mesmo patamar de um ano atrás.

A companhia divulgará o balanço do terceiro trimestre amanhã. A receita líquida da Hypermarcas cresceu 10,8% de abril a junho deste ano, em relação a igual período de 2014, para R$ 1,26 bilhão. O Ebitda somou R$ 261,2 milhões, queda de 3,7%. O lucro líquido caiu 9,3%, para R$ 110,9 milhões, com efeito negativo de R$ 23,6 milhões do câmbio.  Jornalista: Tatiane Bortolozi, Adriana Mattos e Cynthia Malta  - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 29/10/2015

29 outubro 2015



Com crise e real barato, país terá mais aquisições em 2016

Negociação: pelo aumento de transações em fase inicial no trimestre, Intralinks prevê mais acordos em 2016

Por conta da desvalorização do real e das dificuldades econômicas, o próximo ano deve começar com muitas fusões e aquisições no Brasil e também na América Latina.

De acordo com levantamento da companhia de tecnologia Intralinks, as transações em estágio inicial no subcontinente cresceram 48,6% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2014.

Em outros locais, o avanço do número de operações foi bem menor. Tanto na Ásia Pacífico quanto na América do Norte o aumento foi de 3%, na mesma comparação. Já na região EMEA (que abrange Europa, Oriente Médio e África) o acréscimo foi de 11%.

"Especificamente no Brasil, com a recessão e a variação cambial, as empresas estão com valores menores e, portanto, mais atraentes para os investidores internacionais", explicou Cláudio Yamashita, Diretor Geral da organização no Brasil.

Segundo ele, o efeito da recuperação do mercado de fusões e aquisições no país e na região "será observado em sua totalidade em 2016, quando elas continuarão crescendo".

Por setor

Segundo a Intralinks, na América Latina, as fusões e aquisições costumam ser mais frequentes no segmento de metais e mineração, que tem sofrido com o aumento dos preços das commodities nos últimos 18 meses.

No terceiro trimestre deste ano, porém, aumentaram os negócios em fase inicial para o setor de consumo.

O cálculo

Desde 2008, a Intralinks divulga o Deal Flow Perdictor (previsor de fluxo de negociações, em tradução livre).

Por meio da coleta dados do mercado, ela monitora transações que estão chegando à fase de duo dilligence – na qual uma companhia investiga informações sobre possíveis parceiras, antes de fazer uma proposta para comprar ou se fundir a elas.

A partir daí, é possível prever os negócios que terão anúncio público dentro dos próximos seis meses, com índice de precisão de 95%.Luísa Melo Luísa Melo, Leia mais em EXAME 29/10/2015



FI-FGTS deve liberar R$ 1 bi para Rumo ALL

A Rumo ALL, controlada pela Cosan Logística, recebeu ontem o primeiro sinal verde para conseguir aporte de R$ 1 bilhão do fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Os membros do comitê de investimento do FI-FGTS deram o aval para que a Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão do fundo, estruture a operação de financiamento, por meio da emissão de debêntures (dívida de longo prazo) que podem ser convertidas em ações.

O aporte do FI-FGTS deverá ajudar a Rumo ALL a resolver seu problema de curto prazo, segundo apurou o Estado. Além desse recurso da Caixa, que poderá ser liberado até o fim do ano, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto, a companhia pretende levantar mais dinheiro no mercado.

Essa nova captação também deverá ser feita por meio de emissão de debêntures. O valor a ser captado ainda não foi definido, mas é estimado em até R$ 1 bilhão. Os recursos do FI-FGTS serão destinados para o plano de recuperação da malha ferroviária, além de renovação e aquisição de locomotivas e vagões. Fonte: O Estado de S. Paulo Leia mais em brazilmodal 29/10/2015



Com novo acionista, Manabi muda nome e entra no setor portuário

A mineradora Manabi, com ativos de minério de ferro em Morro do Pilar (MG) e projeto de construção de um terminal portuário em Linhares (ES), passa por reestruturação que inclui mudança de nome, de controle acionário e o desenvolvimento de um novo plano de negócios. A Manabi passará a se chamar MLog e terá como foco ser uma operadora de terminais portuários e oferecer soluções logísticas em navegação. “Vamos entrar na operação de terminais portuários com a aquisição de ativos maduros, geradores de caixa, nos próximos meses”, disse Patricia Tendrich Pires Coelho, presidente e nova sócia controladora da MLog.

Advogada com passagem pelo mercado financeiro, Patricia afirma que a desvalorização do real levou ativos de logística no Brasil para um preço mais realista: “Há oportunidades na crise para comprar ativos.” Para fazer as aquisições, a MLog conta com caixa próprio, com dinheiro dos atuais sócios da empresa e de novos investidores. A MLog tem em caixa R$ 282 milhões, sendo R$ 73 milhões que a Manabi já dispunha e R$ 209 milhões resultantes de uma operação de aumento de capital, feita na reestruturação da companhia.

Foi esse processo que deu a Patricia o controle acionário da Manabi, com 58% das ações. Os antigos sócios, entre os quais estão o Korea Investment Corporation (KIC), OTPP, EIG e Southeastern Asset Management, entre outros, ficaram com 42% da empresa. “Os antigos sócios permaneceram na companhia e deram voto de confiança”, afirmou Patricia.

Para assumir o controle da Manabi, Patricia conduziu a fusão da sua empresa de navegação, a Asgaard, com a mineradora. A Asgaard é uma empresa de navegação brasileira (EBN) especializada na prestação de serviços à indústria de petróleo e gás. Patricia tem 51% da Asgaard e os restantes 49% estão em mãos da Asgaard UK, na qual a empresária divide o controle com outros investidores.

A Asgaard opera três navios offshore para atender plataformas e tem planos de construir seis embarcações. Vai fechar 2015 com receita líquida de cerca de R$ 60 milhões. É a única receita da Mlog hoje, daí a necessidade de comprar ativos geradores de caixa.

A mudança de foco da Manabi, uma companhia pré­operacional, se relaciona com a queda no preço do minério de ferro. O plano original da empresa previa atingir capacidade de produção de 25 milhões de toneladas de minério de ferro por ano em Morro do Pilar, na serra do Espinhaço, em Minas Gerais. Mas nas atuais condições de mercado ficou mais difícil para pequenas e médias mineradoras, como a Manabi, desenvolver novos projetos ou fazer expansões.

Patricia disse que a empresa vai manter o plano de investimentos na mina de Morro do Pilar por razões regulatórias e ambientais. Dos 189 empregados da MLog, 11 estão dedicados à manutenção da mina, incluindo geólogos e pessoal de engenharia de mina.

A Manabi foi pensada, desde o começo, como um projeto integrado por mina, logística e porto. A empresa possui um terreno de 12 milhões de metros quadrados com 6,5 quilômetros de frente para o mar, em Linhares (ES), onde planeja desenvolver o Porto Norte Capixaba. O porto depende de licenciamento ambiental, cujo processo está em andamento e envolve discussões com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com o Instituto Chico Mendes (ICMBio). “A MLog está estudando outras alternativas de exploração de negócio [do porto], além do minério de ferro”, disse Patricia.

Antes da fusão com a Asgaard, a Manabi fez uma baixa contábil (“impairment”) de R$ 770 milhões nos ativos minerários. Foi uma medida para refletir melhor o valor dos ativos, disse Augusto Tanure, diretor de desenvolvimento logístico da MLog. Ele afirmou que a fusão entre Manabi e Asgaard tinha condições precedentes a serem cumpridas. Uma delas era o prazo de 60 dias, encerrado ontem, para eventual manifestação de acionistas no resgate de ações preferenciais da Manabi dentro do processo de reestruturação da empresa.

O resgate de ações buscou simplificar a estrutura societária da empresa, disse Tanure: “Tinhamos uma estrutura societária com ações preferenciais e ordinárias e hoje só temos ordinárias, está todo mundo alinhado”, afirmou. Essa transação levou a uma redução de capital em que parte do caixa da empresa foi devolvido aos acionistas. Ao mesmo tempo, houve o aumento de capital de R$ 209 milhões que permitiu a Patricia tornar­se a controladora.

Na nova estrutura, a Manabi, futura MLog, passa a ser uma holding com quatro subsidiárias: Morro do Pilar (mineração), Dutovias do Brasil (mineroduto), Manabi Logística (Porto Norte Capixaba) e Asgaard. Até dezembro, a empresa deve apresentar ao conselho de administração, presidido por Wilson Brumer (ex­presidente da Usiminas), um plano estratégico. No conselho, também estão Armando Santos e Samir Zraick (ambos ex­ Vale) e João Cox Neto. Fonte: Valor Econômico Leia mais em brazilmodal 29/10/2015



Zenith eleva participação na fabricante de brinquedos Estrela

Segundo o novo documento, em negociações realizadas nas últimas semanas, a Zenith atingiu participação de 20,12% das ações preferenciais...   Read on the original site Leia mais em brazilnews 29/10/2015



Allergan e Pfizer negociam para criar o maior gigante farmacêutico global

A Pfizer foi recentemente contatada pela empresa adversária Allergan, que comercializa o Botox, para criar o que seria a maior gigante farmacêutica global, de acordo com o The Wall Street Journal, citou o El País desta quinta-feira 29/10.  As negociações são preliminares.

Segundo o jornal espanhol, a união da Allergan e Pfizer iria criar uma empresa no valor de 300 bilhões de euros, com referência à capitalização de mercado das duas empresas conjuntas.

O setor farmacêutico tem experimentado uma onda de fusão sem precedentes nos últimos dois anos, em um movimento de integração entre as empresas.

De acordo com o El País, uma oferta feita pela Allergan, que tem um valor de 113 bilhões de dólares de mercado (pouco mais de 100 bilhões de euros) seria a segunda tentativa da Pfizer para comprar um concorrente europeu, após falhar na abordagem ao grupo AstraZeneca, que rejeitou uma oferta Pfizer, em maio do ano passado, depois de meses de negociações.

Naquele tempo, as economias fiscais potenciais resultantes de mover-se a sede da Pfizer fora os EUA foi uma das razões para o aumento da concentração. Allergan é baseada em Dublin. Por Denise de Almeida Leia mais em jornaldobrasil 29/10/2015



Dona da Taylor’s compra Vintage House Hotel, no Douro

A operação ficou concluída depois de fechadas as negociações com a ECS Capital, gestora de fundos que detém os antigos hotéis CS (agora Nau Hotels) e que foi também responsável pelo fundo de recuperação que adquiriu a empresa em 2013, no âmbito de um processo de reestruturação.

O Vintage House Hotel foi o primeiro hotel de qualidade a abrir no vale do Douro, em 1998. Conta com 43 quartos e suites, todos com vista para o rio Douro. O terreno adjacente ao hotel, ao longo da margem do rio, está incluído na transação.

Para o CEO da The Flagdate Partnership, Adrian Bridge, o Vintage House Hotel vai “fornecer uma experiência mais rústica para os visitantes que vêm do The Yeatman, no Porto, e desejam visitar o Vale do Douro”. O responsável adianta, em comunicado, que, ao longo dos próximos dois anos, a empresa vai trabalhar com o poder local para criar e melhorar as infraestruturas turísticas no Pinhão, zona com “potencial para criar uma grande experiência para todos os que visitam o Douro”.

A Fladgate Partnership detém as casas de vinho do Porto Taylor’s, Fonseca, Croft e Krohn. A empresa está presente em Portugal desde 1692 e, nos últimos anos, alargou o portefólio de negócios para o turismo (com o hotel The Yeatman) e para a distribuição de vinhos (com o On-Wine.pt e o Heritage Wines). Rafaela Burd Relvas Leia mais em dinheirovivo.pt 28/10/2015