O mercado brasileiro de fusões & aquisições registrou 72 transações em agosto/15, representando um investimento da ordem de R$ 14,4 bilhões. Envolvem direta ou indiretamente empresas brasileiras de 21 setores. Representa uma queda de 5,3% em relação ao número de operações do mês anterior e também uma queda de 72,3% dos montantes envolvidos.
No acumulado, o volume e o valor das negociações de fusões e aquisições anunciadas no período de jan a ago de 2015, cresceram 23,0% e 57,5%, respectivamente, comparado com o mesmo período do ano passado.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO foram os mais ativos no mês de agosto.
O maior apetite em maio ficou por conta dos investidores Estratégicos com 53 operações (73,6%). Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional predominaram com 58,3% das operações e 30,2% dos montantes investidos.
A maior transação no mês de agosto/15, foi o acordo que a BR Properties fechou com Brookfield para venda de ativos imobiliários e ações por cerca de 2,079 bilhões de reais.
Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: (i) Lucro de empresas listadas na Bovespa cai à metade no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014; (ii) Incorporadoras negociam ativos com fundos. Enquanto as incorporadoras brasileiras sofrem com um cenário de vendas em queda, excesso de oferta e juros elevados, os grupos estrangeiros enxergam oportunidades de comprar ativos baratos; (iii) Goldman Sachs: Brasil hoje não é problema, mas oportunidade. Em cenário de estresse, a oferta de ativos por parte de empresas brasileiras, de diversos setores, tende a aumentar, acredita o banco. As oportunidades devem surgir de todos os setores, mais acentuadas a partir dos próximos 18 meses; (iv) Insegurança jurídica com mudanças nos impostos trava investimentos. "A atual insegurança é maior até do que a do governo Collor; (v) Bolsas asiáticas desabam, preocupadas com a China. O índice da Bolsa chinesa caiu 8,49%.
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de AGOSTO de 2015.
ANÁLISE DO MÊS
Os 5 setores mais ativos responderam por 63,9% do total das operações e 73,9% do valor total dos investimentos.
Foram divulgadas com destaque pela imprensa no mês de agosto, 72 transações em 21 setores da economia brasileira, registrando uma queda de 5,3% em relação ao mês anterior ( 76 operações).
Constata-se crescimento de 5,9% no comparativo do número de transações realizadas no mês de agosto de 2015, em relação ao mesmo mês de 2014.
Já em relação ao acumulado nos primeiros oito meses de 2015, apuradas 541 operações, registra-se um crescimento de 23,0% se confrontado com igual período de 2014, quando foram realizadas 440 operações.
No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros oito meses de 2015, além de TI, destacam-se OUTROS; ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e COMPANHIAS ENERGÉTICAS..
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações nos primeiros oito meses de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, foram PETRÓLEO E GÁS e INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.
Por sua vez, os setores que mais cresceram em nº de operações no período de jan. a ago. de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, foram TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO e COMPANHIAS ENERGÉTICAS.
O mês sinaliza um crescimento de 0,5% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - agosto de 2015, com 834 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
Das 72 transações apuradas, 40 são de porte até R$ 49,9 milhões - 55,6% do total e responderam por 4,3% do seu valor. Para este mesmo porte de operações, no acumulado do ano de 2015, registraram 315 transações representando 58,2% do total e 2,2% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 5 transações em agosto, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 6,9% do número de operações e responderam por 50,0% do valor das transações. No acumulado, são 33 transações que correspondem a 6,1% e respondem por 71,8% do valor total das transações.
Quanto aos montantes dos negócios realizados em agosto de 2015, estima-se o total de R$ 14,4 bilhões, representando um crescimento de 74,4%, em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados (74,4%) e Não Divulgados (25,6%).
O valor total dos negócios nos primeiros oito meses de 2015, alcançou R$ 172,3 bilhões, representando um crescimento de 57,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO foi o setor de maior expressão entre os investimentos realizados nos primeiros oito meses do ano, no cômputo total dos investimentos - com R$ 42,7 bilhões.
No gráfico dos setores TOP's, abaixo, estão relacionados por ordem de relevância os investimentos acumulados, por setor, realizados no ano.
No quadro abaixo mostra a evolução do número de transações nos primeiros oito meses em termos investidor estratégico e financeiro, sendo que o maior crescimento no período ficou por conta dos Investidores Financeiros, com 38,0%.
Sob a ótica do país de origem do investidor, os de origem Nacional predominaram com 58,3% das operações e 30,2% dos montantes investidos no mês de agosto. Os de origem Estrangeira responderam por 42,9% dos negócios e 42,7% dos valores envolvidos. No acumulado dos primeiros oito meses, os investidores de origem Nacional predominaram com 57,1% das operações e 57,3% dos investimentos realizados.
Na evolução do número de transações nos primeiros oito meses em termos investidor de capital nacional e capital estrangeiro comparativamente com o mesmo período de ano anterior, o maior crescimento ficou por conta do investidor de capital nacional em 26,6%.
MAIOR TRANSAÇÃO DO MÊS - A maior transação no mês de agosto/15, foi o acordo que a BR Properties fechou com Brookfield para venda de ativos no Rio e São Paulo. A BR Properties celebrou com a Brookfield compromissos de compra e venda de imóveis e um contrato de compra e venda de ações para a venda de ativos imobiliários nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo e de participação societária por cerca de 2,079 bilhões de reais. 11/08/2015
“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram: Lucro de empresas listadas na Bovespa cai à metade no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, aponta estudo da Austin Asis. A crise econômica vem corroendo o resultado das empresas brasileiras este ano, agravando um movimento que já está em curso desde o ano passado.
Incorporadoras negociam ativos com fundos - as empresas do setor imobiliário estão tentando vender ativos a investidores estrangeiros para conseguir alívio financeiro em meio à crise econômica. Enquanto as incorporadoras brasileiras sofrem com um cenário de vendas em queda, excesso de oferta e juros elevados, os grupos estrangeiros enxergam oportunidades de comprar ativos baratos, especialmente quando corrigidos em dólar.
Goldman Sachs: Brasil hoje não é problema, mas oportunidade - “O Brasil não é visto como um país problema para os negócios do banco, mas como um lugar de oportunidades”. “Investidores estrangeiros com visão global e grandes empresários também confiam nisso”. Os negócios não deixam de acontecer, apenas se adaptam às condições de mercado. Se antes operações de abertura de capital e aquisições de vários tamanhos eram fechadas com mais frequência, hoje a tendência é a de venda de participações acionárias e de ativos, em todos os setores. A quantidade de fusões e aquisições tende a diminuir. Em cenário de estresse, a oferta de ativos por parte de empresas brasileiras, de diversos setores, tende a aumentar, acredita o banco. As oportunidades devem surgir de todos os setores, mais acentuadas a partir dos próximos 18 meses.
Insegurança jurídica com mudanças nos impostos trava investimentos. "A atual insegurança é maior até do que a do governo Collor."Somente no setor industrial, o vaivém da desoneração/reoneração deve custar 290 mil empregos, com 54% das empresas prevendo demissões, de acordo com levantamento feito pela Fiesp com 340 empresas. Já a elevação na carga tributária do setor deve chegar a R$ 5,6 bilhões ao ano. A perspectiva de mudança na cobrança de tributos, como o novo PIS/Cofins ou a tentativa de ressuscitar a CPMF, provoca a pior insegurança jurídica já vivida no país, afirmam 30 entidades do setor produtivo, tributaristas, consultores e empresários ouvidos pela Folha.
Bolsas asiáticas desabam, preocupadas com a China. As Bolsas asiáticas afundaram nesta segunda-feira, preocupadas com a desaceleração da economia chinesa, apesar dos esforços das autoridades para tentar tranquilizar os investidores. Xangai liderou a queda. O índice composto da Bolsa chinesa caiu 8,49%, a 3.209,91 pontos, depois de perder 9% durante a sessão. A Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, registrou queda de 7,70%, a 1.882,46 pontos.
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.
DESTAQUES DA:
• SEMANA DE 31/ago a 06/set/15
• SEMANA DE 24 a 30/ago/15
• SEMANA DE 17 a 23/ago/15
• SEMANA DE 10 a 16/ago/15
• SEMANA DE 03 a 09/ago/15
• SEMANA DE 27/07 a 02/ago/15
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
• FUSÕES E AQUISIÇÕES: 76 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM JULHO/2015
• TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em julho/2015
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
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