23 junho 2015

Gastos com mídia e entretenimento devem crescer 10,2% ao ano no Brasil até 2019

Em pesquisa da PwC, ritmo de desembolsos do consumidor e do anunciante no País só fica atrás dos projetados para China e Indonésia

O conjunto dos gastos de consumidores e de anunciantes com mídia e entretenimento deve crescer 10,2% ao ano no Brasil até 2019, ritmo que só fica atrás dos projetados para a Indonésia (11,8%) e a China (10,5%). Os dados são da 16ª edição da Global Entertainment & Media Outlook (2015-2019), uma pesquisa da consultoria PwC que abrange 54 países e cerca de 80% da população mundial.

A dinâmica de expansão desses gastos é mais acelerada nas economias em desenvolvimento. Entre os Brics, por exemplo, o ritmo de crescimento anual deve ser de 6,2% na Rússia, 10,5% na Índia e 9,5% na África do Sul, bem abaixo das taxas projetadas para os Estados Unidos (4,9%) e para o Japão (0,9%), considerados mercados maduros.

O estudo traz projeções detalhadas para 13 segmentos específicos dentro do universo de mídia e entretenimento. No Brasil, os segmentos com projeção de maior crescimento até 2019 são os de acesso à internet (17,1% ao ano, para US$ 29 bilhões), publicidade na internet (15,5% ao ano, para US$ 3,4 bilhões) e games (11,9% ao ano, para US$ 1 bilhão).

O segmento de jornais também deve ter expansão no Brasil, mas em ritmo mais modesto, de 2,8% ao ano até 2019, para US$ 4,2 bilhões entre consumo e publicidade.

Também no Brasil, a composição total dos gastos com mídia e entretenimento tende a mudar nos próximos anos. O desembolso só com o acesso à internet deve ganhar maior peso e passar de 30% do total para 41%. Em compensação, o consumo propriamente deve recuar de 38% para 30%. A proporção dos gasto dos anunciantes com publicidade deve oscilar menos, dos atuais 32% para 29% do total.

Acesso à internet

No mundo, os segmentos com maior projeção de crescimento até 2019 também são os de acesso à internet, publicidade na internet e games. No Brasil, a visão de que o acesso à internet ganhará relevância reflete ainda dois fatores locais: a maior inclusão digital de classes sociais emergentes e a esperada melhora na infraestrutura de telecomunicações, como efeito de programas como o Banda Larga para Todos, do governo federal.

A pesquisa mostra ainda que a internet móvel se tornará predominante nos próximos anos no País. Espera-se que os gastos com internet móvel ultrapassem os desembolsos com a fixa ainda este ano e mais que dobrem até 2019, para a casa dos US$ 20 bilhões.

"Hoje temos muito mais pessoas com celular de dois ou três chips que não possuem telefone fixo na residência", disse a gerente sênior da PwC, Gardênia Rogatto, ao comentar o estudo. "O que impulsiona o segmento são as pessoas menos beneficiadas, que agora estão conectadas por mais tempo, e os hiper conectados", afirmou. Letícia Ribeira Leia mais em DCI 03/06/2015

23 junho 2015



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