08 março 2015

Riverwood compra participação na VTEX da Naspers

A Riverwood comprou a participação que a Naspers tinha na empresa de plataformas de e-commerce VTEX. Da fatia de 27,7% que o conglomerado sul-africano tinha na empresa brasileira o fundo americano ficou com 25%. O resto foi dividido entre os dois fundadores, Mariano Gomide e Geraldo Thomaz, e outros executivos da companhia.

O aporte da Naspers foi feito em abril de 2012. O valor do aporte, cuja negociação começou em agosto do ano passado, não foi revelado. Na negociação, a Riverwood abriu mão do poder de veto que a Naspers tinha em questões como obter empréstimos e comprar outras empresas, o que dará à companhia mais autonomia. “O negócio com a Riverwood permite que a VTEX tenha mais liberdade para virar uma empresa global de software como serviço”, diz Gomide.

Hoje, além do Brasil, a VTEX oferece sua plataforma de comércio eletrônico para México, Peru, Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai e Equador. Com o novo investidor, a companhia deverá entrar no mercado norte-americano. No ano passado, a VTEX teve receita de R$ 44 milhões e foi lucrativa – Gomide não diz quanto.

Com escritório no Brasil desde 2011, a Riverwood vem se especializando em investir em negócios locais de infra-estrutura digital. Em abril de 2011, o fundo se aliou à americana Equinix e comprou o controle da empresa carioca de data center Alog por US$ 127 milhões.

Em 2012, o fundo aportou mais de R$ 100 milhões na Mandic, um das pioneiros dos serviços de e-mail do Brasil, para transformar a empresa em uma provedora de serviços de computação em nuvem.

No portfólio nacional, a Riverwood também tem participação na provedora de soluções de pagamento Conductor, na integradora tecnológica Synapsis e na desenvolvedora de softwares para saúde Pixeon. Por GUILHERME FELITTI | INTERNET Leia mais em revistaepoca 06/03/2015

=======
VTEX: sai Naspers, entra Riverwood

O fundo de investimentos Riverwood Capital comprou os 27,7% da plataforma de e-commerce VTEX em mãos do conglomerado de mídia sul-africano Grupo Naspers, em um negócio anunciado

Não foi informado o valor da transação. O Naspers, por meio da sua controlada Buscapé, adquriida em 2009, havia comprado a sua participação na VTEX em 2012. Os 73,3% restantes da companhia são distribuídos entre oito sócios e 16 funcionários.

A VTEX faturou R$ 44 milhões em 2014, montante 35% superior ao registrado no ano anterior, e é a líder no ainda fragmentado mercado brasileiro de plataformas de e-commerce.
Em nota, a empresa afirma que a entrada do Riverwood irá “acelerar a consolidação do mercado de plataforma de e-commerce no Brasil e aumentar a velocidade de expansão da VTEX na América Latina”.

Nos últimos anos, a VTEX anunciou a compra das companhias especialistas em e-commerce para pequenas empresas Nixus e Loja Integrada (R$ 10 milhões em 2013) e da plataforma especializada em moda Primordia (dezembro de 2014, sem abrir valores).
“Nosso objetivo é investir cada vez em lançamento de novas funcionalidades para ofertar uma plataforma de e-commerce SaaS cada vez mais inovadora", revela um dos fundadores da empresa, Mariano Gomide.

Os investimentos em melhorias na plataforma da VTEX chegaram a R$ 25 milhões. A empresa também está internacionalizando seus negócios e já obtém 15% da receita de suas operações no  Peru, Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, Equador e México.
Os clientes incluem nomes como  Whirlpool, C&A, L'Oréal, O Boticário, Polishop, Electrolux, Staples, Cencosud, Camisaria Colombo e Danone.

A Riverwood vem mostrando apetite pelo mercado brasileiro nos últimos tempos. Em novembro do ano passado, fez um aporte não revelado na Conductor, desenvolvedora de soluções para processamento de pagamentos.

Em 2013, colocou  de R$ 30 milhões na Pixeon Medical Systems, desenvolvedora de soluções de TI para saúde, recebeu um investimento de R$ 30 milhões e em 2012 operou a fusão da Mandic com a Tecla Internet, criando um novo player de computação na nuvem  no país.

A Naspers, por outro lado, parece estar pisando um pouco no freio no país, como pode ser visto pelas movimentações no Buscapé, seu principal investimento no país, segundo relatou no final do ano passado uma matéria da Exame.
No final do ano passado, a empresa começou a cortar gordura no buscador de preços brasileiros que, até 2013, havia promovido uma onda de 18 aquisições.

Entre 2013 e 2014, 11 vice-presidências do Buscapé foram eliminadas e dois dos cofundadores da empresa deixaram o negócio.

Quatro operações fecharam: o Brandsclub, que se vendia como o maior outlet de luxo do País; a Shopcliq, plataforma para as pessoas publicarem fotos de produtos desejados; a Recomind, de recomendações de prestadores de serviços; e a Urbanizo, ferramenta de pesquisa imobiliária (que segue em operação, mas fora do Buscapé).
O corte atingiu 370 funcionários, sendo 300 só na Brandsclub.

A Naspers, uma gigante avaliada em US$ 53 bilhões e dona de mais de 30 empresas de internet e 12 de TV a cabo e mídia impressa, decidiu  agrupar operações de setores semelhantes em linhas de negócio, tirando autonomia do Buscapé.

Outra marca forte da Naspers, a OLX, ficou com os classificados, enquanto a polonesa PayU passou a comandar meios de pagamento. Maurício Renner Leia mais em baguete 10/03/2015

08 março 2015



0 comentários: