15 outubro 2014

Novo presidente da Oi defende empresa e destaca consolidação

O novo presidente-executivo da Oi, Bayard Gontijo, defendeu a companhia nesta terça-feira durante apresentação na principal feira de telecomunicações e tecnologia do Brasil, reafirmando esforços para redução da dívida e seu papel de "protagonista" na consolidação do setor de telefonia.

A apresentação marcou a primeira aparição pública de Gontijo como novo presidente-executivo da Oi. O programa impresso da Futurecom ainda trazia o nome de Zeinal Bava como palestrante pela companhia.

Gontijo foi nomeado após a repentina saída de Bava do comando da companhia na terça-feira da semana passada, após o calote de quase 1 bilhão de euros da holding Rioforte, do Grupo Espírito Santo, que é o principal sócio da Portugal Telecom, empresa com a qual a Oi está em processo de fusão.

Gontijo, falando horas após o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, classificar como "desfalque na Oi" o calote sofrido pela Portugal Telecom, reafirmou a preocupação do grupo brasileiro em reduzir sua dívida, de 46 bilhões de reais até o final do primeiro semestre.

"A companhia está alavancada e sabemos disso, mas vamos ser granulares nos investimentos da companhia (...) vamos vender ativos, tem uma série de outros ativos para serem vendidos no Brasil e em Portugal", disse Gontijo, sem dar detalhes.

No final da semana passada, depois de forte queda nas ações da Oi desde a saída de Bava, Gontijo conversou com jornalistas, afirmando que a empresa é "protagonista" na consolidação da indústria de telecomuncações do Brasil, mas evitou afirmar se a empresa será compradora de ativos ou alvo de aquisição.

Nesta terça-feira, o executivo voltou a citar protagonismo, mas preferiu não responder perguntas de jornalistas. A Oi informou em agosto que contratou o banco BTG Pactual para avaliar uma oferta de compra da TIM Participações.

Em sua apresentação, Gontijo disse que a Oi vendeu 6,5 bilhões de reais em ativos --empresa de cabos submarinos e torres de telefonia fixa e móvel-- entre abril de 2013 e junho de 2014.

O executivo lembrou ainda que a empresa tem acordo de compartilhamento de torres de telefonia móvel com a TIM, o que vai ajudará a Oi a desenvolver seus serviços 4G.

Após o calote da Rioforte, a Oi decidiu não participar do leilão da frequência 700 MHz promovido pelo governo federal em setembro. A frequência é tida pelo setor como importante para dar competitividade às operadoras na oferta de telefonia 4G. (Por Alberto Alerigi) Reuters | Leia mais em Uol 14/10/2014

15 outubro 2014



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