04 setembro 2014

Anadarko retoma negociações para vender seus ativos no Brasil

A petroleira americana Anadarko deve realizar uma nova rodada de ofertas de suas áreas no Brasil. Segundo o gerente de novos negócios da área internacional da companhia, Brian Frost, uma equipe da empresa virá ao país nas próximas semanas para estudar os processos de vendas de participações ("farm out") de seus blocos petrolíferos.

A Anadarko possui, atualmente, três concessões na Bacia de Campos: os blocos C-M-101 (na concessão BM-C-30), C-M-202 (no BM-C-29) e C-M-61 (no BM-C-32), todos com descobertas já identificadas.

A petroleira já anunciou descobertas de óleo na área Wahoo, no BM-C-30, onde a empresa opera com 30% de participação, em sociedade com a britânica BP (25%), IBV Brasil Petróleo (25%) e Maersk (20%). No BM-C-32 também já foram anunciadas descobertas no pré-sal da área de Itaipu, operado pela BP, com 40%, em parceria com a própria Anadarko (33%) e Maersk (27%).

Já no BM-C-29, a petroleira americana opera em parceria com a Ecopetrol (50%).

Esta será a segunda vez que a companhia coloca seus ativos à venda no Brasil. A petroleira realizou rodada de negociações semelhante entre 2011 e 2012, porém não foi bem-sucedida.

Em movimento contrário, a estatal russa Gazprom está analisando oportunidades no mercado brasileiro de óleo e gás. Com um escritório no Rio de Janeiro desde 2011, a companhia está em conversas com algumas petroleiras para a aquisição de fatia em uma concessão no país, informou o diretor da Gazprom no Brasil, Shakarbek Osmonov.

O foco da empresa, segundo o executivo, está em ativos em águas profundas, com prioridade para áreas em fase de desenvolvimento voltadas para a produção de petróleo.

"Não conhecemos muito bem a geologia da América Latina. No início, poderíamos entrar como não operadores", explicou Osmonov, em conversa com jornalistas durante a Latin Upstream 2014, no Rio de Janeiro. O executivo citou Campos e Santos como áreas de interesse.

A Gazprom também avalia a compra de ativos de exploração e produção na Argentina. A companhia russa mira tanto áreas com potencial de produção não convencional quanto de recursos convencionais.

O interesse no Brasil e na Argentina faz parte do movimento de expansão da empresa na América Latina, onde a Gazprom atua desde os anos 2000.

A petroleira venezuelana PDVSA é a parceira mais antiga da companhia russa na região, em projetos de exploração na Bacia do Orinoco. A Gazprom atua também em áreas exploratórias na Bolívia, fornece gás natural liquefeito (GNL) para a Argentina e tem um acordo de cooperação para venda de GNL para termelétricas na República Dominicana.

Na Bolívia, a empresa concluiu este ano a aquisição de 20% de participação nos blocos Ipati e Aquío, no sul do país. A companhia é sócia da francesa Total (60%) e da argentina Tecpetrol (20%) nas áreas, que devem começar a produzir em 2016. A estatal russa faz parte, ainda, de uma sociedade com a Total para exploração do bloco de Azero, também no sul boliviano.

Além da América Latina, a Gazprom atua, ainda, em países na Ásia, África e Europa. Fonte: Valor Econômico\Rodrigo Polito e André Ramalho | Do Rio | Leia mais em portosenavios 04/09/2014

04 setembro 2014



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