14 julho 2014

BTG Pactual anuncia compra do banco suíço

O banco brasileiro PTG Pactual anunciou nesta segunda-feira a compra de 100% da gestora de recusos baseada na Suíça BSI, que pertencia ao grupo italiano Assicurazioni Generali, por um valor de 1,5 bilhão de francos suíços (cerca de R$ 4 bilhões)

O BSI, com 140 anos de história como banco privado, administra cerca de US$ 100 bilhões em ativos e conta com cerca de dois mil funcionários em 10 países, segundo um comunicado do banco brasileiro.

"Trata-se da maior aquisição do BTG Pactual fora da América Latina", assegura a nota.

De acordo com o comunicado, o BTG Pactual não pretende mudar a marca e nem a identidade do BSI, que transformará em sua plataforma global de gestão de fundos e de recursos.

Segundo o banco brasileiro, a união das duas entidades dará nascimento a uma plataforma internacional de gestão de fundos e recursos privados com cerca de US$ 200 bilhões em ativos, presente nos principais centros financeiros do mundo.

"A transação possibilitará a formação de uma franquia de banco privado internacional com robusta base de capital e capaz de oferecer a seus cliente soluções inovadoras de investimento, com alcance global e serviços diferenciados", segundo o BGT Pactual.

O banco brasileiro admitiu que a operação ainda depende da autorização dos organismos reguladores.

"A aquisição do BSI reflete nossa confiança na solidez e na tradição da Suíça como centro financeiro global, na qualidade dos funcionários e clientes do BSI, e na oportunidade de construir uma das maiores plataformas globais de bancos privados", afirmou André Esteves, presidente do BGT Pactual, citado no comunicado de a entidade. EFE | Leia mais em Uol 14/07/2014


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BTG espera aprovação da compra do BSI em seis meses

O BTG Pactual espera que a aprovação para a compra do banco suíço BSI, anunciada nesta segunda-feira, 14, dos órgãos reguladores ocorra em seis meses, conforme o CEO da instituição, André Esteves. Só após o aval das autarquias responsáveis, segundo ele, é que será feito o pagamento de 1,5 bilhão de francos suíços, o equivalente a US$ 1,68 bilhão.

Esteves reafirmou, em teleconferência para jornalistas estrangeiros, que o pagamento pelo BSI será feito 80% em dinheiro e 20% em units (depósitos de ações) do BTG. O banco realizará um aumento de capital de cerca de R$ 1 bilhão (300 milhões de francos suíços) para pagar 20% de US$ 1,68 bilhão.

Esse montante, de acordo com Esteves, terá impacto no patrimônio líquido do banco somente após o fechamento da operação. No final de março, o patrimônio somava R$ 16,908 bilhões. Segundo Esteves, o aumento de capital será feito via emissão de ações para a seguradora italiana Generali, proprietária do BSI. Não haverá, conforme ele, oferta de papéis ao mercado.

Ao adquirir o BSI, o BTG acrescenta US$ 100 bilhões em ativos sob gestão, totalizando em torno de US$ 200 bilhões. Além disso, adiciona ainda cerca de 2 mil funcionários em cerca de 10 países.

Esteves afirmou que o BTG Pactual se considera um banco mais latino-americano que brasileiro uma vez que tem presença não só no Brasil, mas no Chile, Colômbia, México, Peru, Argentina. "Nos próximos cinco anos, vamos crescer provavelmente muito fora da América Latina."

Segundo o executivo, a transação possibilitará a formação de uma franquia de private banking internacional e tem como foco o crescimento. "A compra do BSI é uma transação focada em diversificação e crescimento e oportunidade para os colaboradores do BSI", avaliou, acrescentando que o negócio proporcionará ainda troca de sinergias entre as instituições. Esteves informou ainda que transação não terá impacto na participação dos sócios do banco.

Receitas

As receitas de gestão de fortunas (wealth management) do BTG e do suíço BSI em 2014 superam 30% do total das receitas da instituição. Caso seja considerado o negócio de gestão de recursos (asset management) dos dois bancos, conforme Esteves, a participação sobe para mais de 50% do total das receitas do BTG Pactual.

No ano passado, as receitas do BTG alcançaram R$ 5,9 bilhões, sendo que a maior parte veio de "sales and trading" (tesouraria e corretagem), com participação de 29%. Em "wealth management", as receitas foram de R$ 385 milhões, representando 7% do total. Já as com "asset management" somaram R$ 1,172 bilhão, participação de 20%.

"A aquisição do BSI aumenta a diversificação das nossas receitas significativamente. Se considerarmos, como e de onde vem é ainda melhor porque temos uma ramificação e diversificação em termos de geografia, base de clientes e produtos", avaliou. "Esse porcentual de mais de 50% de receitas oriundas de atividades de administração de ativos, resultante da aquisição do BSI, é bastante significativo e superior a qualquer outro banco de investimento no mundo." Por Cynthia Decloedt e Aline Bronzati  | estadao  Leia mais em Yahoo 14/07/2014

14 julho 2014



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