23 abril 2014

Biodiversidade atrai fundos de participações

 Congressos e feiras internacionais apresentam negócios aos investidores, com foco em sustentabilidade, energias renováveis, resíduos sólidos e mercado de pesca

 A biodiversidade brasileira abre portas para a captação de novos investidores. Congressos e feiras internacionais apresentam negócios aos investidores, com foco em sustentabilidade, energias renováveis, resíduos sólidos e mercado de pesca.

 No início de maio, grandes investidores brasileiros participarão da Seafood Expo Global 2014, feira voltada para a área pesca e aquicultura. Essa iniciativa faz parte do Fundo de Investimento Brasil Aquicultura, para mostrar o potencial desse mercado às empresas, informa o diretor da Riviera Investimentos, André Barbieri. "Apesar de o País possuir condições favoráveis para a aquicultura, ele se encontra na 17ª posição no mundo. Quem sabe após a feira conseguimos alcançar a quinta posição". A coordenadora de comercialização do Ministério da Pesca e Aquicultura, Mariana Pereira de Mello disse que nas últimas edições em que o Brasil participou da feira, um aumento significativo nas exportações.

 O executivo da Riviera Investimentos comenta que esse é um mercado que pode gerar entre R$ 200 e R$ 300 milhões. "Na feira os empresários poderão ver pessoalmente como funciona o mercado de pesca lá fora e quais tecnologias podem contribuir para o desenvolvimento da criação de peixes em cativeiro e para embalagens". De acordo com Riviera a expectativa é atrair 20 investidores de capital entre R$ 10 e 100 milhões ao ano.

 O segmento de resíduos sólidos é outro mercado promissor para investimentos. Uma parceria da Consultoria, Planejamento e Estudos Ambientais (CPEA), em parceria com o Banco Fator estão com um processo de documentação na Comissão de Valores Mobiliarios (CVM), para lançar o Fundo de Investimentos (FIP) voltado para projetos de reciclagem, aterros sanitários e usinas de recuperação energética (URE). Esse Fundo pretende investir R$ 400 milhões em empresas desse ramo.

 O presidente da CPEA, Eugenio Singer explica que a partir da entrada em vigor da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), as empresas que trabalham nesse setor têm se movimentado com projetos para atender os critérios estabelecidos. No processo de preparação do fundo, o Banco Fator avaliou que as empresas abertas que atuam com resíduos sólidos poderão ter um retorno de investimento de 20% e 25%. "Esse é um mercado de grande renda.

 E precisamos atrair tecnologias que contribuam para esse processo de adequação. No país temos em torno de 200 empresas de coleta e 300 de consultoria, porém são poucos os municípios que possuem condições finais para atender as políticas de resíduos sólidos. A expertise das empresas europeias tem visto no Brasil grandes oportunidades ". Segundo Singer, são oportunidades para empresas que trabalham com tecnologias para aterros sanitários, separação de resíduos, logística reversa do lixo, recuperação energética que esperam um retorno de R$ 6 bilhões.

 Estimulando mais o mercado sustentável, a Performa Investimentos apresentou no Congresso da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), que aconteceu no último dia 15, no Rio de Janeiro, o fundo private equity no valor de R$ 185 milhões para em empresas inovadoras sustentáveis. De acordo com Guillaume Sagez, sócio da Performa, os principais cotistas desse fundo são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o fundo soberano da Bélgica e investidores privados brasileiros.

 Esse fundo pretende investir em média R$ 5 a 20 milhões no crescimento de 10 empresas de tecnologia diferenciada e comprovada em tratamento de água, resíduos, eficiência energética e química verde voltada para o mercado de agricultura sustentável. Cristiane Pappi   (DCI) Leia mais em e-usinas 20/04/2014

23 abril 2014



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