16 fevereiro 2014

Controladora da Brookfield fará oferta para tirar empresa da bolsa

A controladora da Brookfield anunciou nesta sexta-feira que fará uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para tirar a incorporadora imobiliária da bolsa de valores, em uma operação que pode ter um giro financeiro de até 429,8 milhões de reais.

 O preço máximo a ser pago pela controladora Brookfield Brasil Participações (BRB) aos minoritários será de 1,60 real por ação, prêmio de até 29 por cento sobre o valor de fechamento do papel da companhia nesta sexta.

 A OPA será por até 268.609.272 ações da Brookfield em circulação no mercado, que representam 46,64 por cento do capital da empresa, segundo fato relevante. A BRB possui 38,95 por cento do capital.

 Os cerca de 15 por cento restantes do capital da incorporadora pertencem ao fundo BRKB, que como a BRB é controlado pela Brookfield Asset Management, e a sócios signatários do acordo de acionistas. 

A incorporadora vem acumulando prejuízos nos últimos trimestres, com o cancelamento de projetos e revisão de orçamentos. No terceiro trimestre de 2013, a empresa teve prejuízo de 53,2 milhões de reais. 

Os resultados ruins pressionaram as ações da companhia, que em 2013 tombaram 66 por cento, contra queda de 15,5 por cento do Ibovespa.

 No fim de janeiro, em meio a especulações sobre uma possível deslistagem da Brookfield, a controladora da empresa informou que decidiria em até 120 dias por uma OPA ou uma capitalização por meio de emissão de ações.

 A deslistagem era a opção considerada mais provável por analistas, diante da depreciação dos papéis da companhia.

 Ainda será realizada assembleia de acionistas da incorporadora para aprovar a operação.

 No fato relevante sobre a oferta pública, a BRB pede que o Conselho de Administração da incorporadora se reúna e apresente a lista tríplice de empresas especializadas para elaborar o laudo de avaliação.

 Nesta sexta, a ação da Brookfield subiu 5,08 por cento, a 1,24 real, com a segunda maior alta entre os papéis que integram a carteira teórica do Ibovespa, que teve valorização de 0,81 por cento. (Por Juliana Schincariol)
Fonte: Uol 14/02/2014

16 fevereiro 2014



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