12 agosto 2013

Votorantim Cimentos retira pedido para IPO de R$ 10,3 bi

A companhia citou condições adversas do mercado.

 A Votorantim Cimentos, maior produtora do insumo do Brasil, cancelou nesta segunda-feira (12/8) pedido para fazer uma oferta pública inicial de ações avaliada inicialmente em R$ 10,3 bilhões e que marcaria o segundo maior IPO no país este ano.

 A companhia encaminhou o pedido de retirada da operação à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos, e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e citou condições adversas do mercado.

 A oferta já estava suspensa desde junho até 11 de setembro.

 "Na percepção da companhia, as condições atuais dos mercados reforçam a baixa probabilidade de uma janela oportuna para a retomada da oferta no curto prazo", afirmou a companhia em comunicado à imprensa.

 No prospecto, a empresa informava que pretendia usar os recursos obtidos com a oferta primária para continuar a estratégia de expansão orgânica e diversificação de portfólio de produtos no Brasil e para potenciais aquisições fora do Brasil. A empresa não comentou o assunto além de breve comunicado enviado à imprensa.

 "O IPO segue nos planos da empresa e continuaremos monitorando de perto a evolução dos mercados, aguardando condições adequadas para retomada da oferta", disse no comunicado o diretor financeiro, Lorival Luz.

 Se a operação tivesse sido precificada, poderia ser o segundo maior IPO do ano no Brasil, só atrás da BB Seguridade, que levantou R$ 11,48 bilhões em abril.

 Morgan Stanley, JP Morgan, Itaú, Credit Suisse e BTG Pactual eram coordenadores do IPO da Votorantim Cimentos.

 Antes de ser suspensa em junho, fontes do mercado financeiro chegaram a afirmar que a operação estava recebendo grandes reservas de investidores interessados.

 Com o cancelamento, a Votorantim Cimentos une-se à companhia de saneamento fluminense Nova Cedae, à empresa de logística Vix e à Queiroz Galvão Óleo e Gás, que no início do ano engavetaram planos de IPO citando condições adversas do mercado.  - Por Alberto Alerigi Jr./Reuters
Fonte: Brasil Econômico 12/08/2013 

12 agosto 2013



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