Foram anunciadas com destaque pela imprensa 10 operações de Fusões e Aquisições na semana passada - 29/jul a 04/ago/13, envolvendo direta ou indiretamente empresas brasileiras de 6 setores.
Dos seis setores, os de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI), ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e IMOBILIÁRIO, foram os mais ativos e representaram 70% do total.
A operação de maior expressão divulgada na semana foi a transação envolvendo General Growth Properties (GGP) vendendo participação de 27,58% no capital da empresa de shoppings brasileira Aliansce para a Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB). por US$ 480,9 milhões.
- GGP vende fatias na Aliansce para Canada Pension Plan. Segunda maior empresa de shopping centers dos Estados Unidos, a General Growth Properties (GGP) acertou a venda de participação de 27,58% no capital da empresa de shoppings brasilei Aliansce para a Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB). A CPPIB já é sócia da Aliansce no Shopping Iguatemi Salvador, e vai pagar US$ 480,9 milhões pela participação pertencente à GGP.
- Com o investimento do JTB Group, japonês, que adquiriu 47% do Grupo Alatur, a Alatur vai às compras. “Vamos manter nosso crescimento orgânico, mas estamos atentos às oportunidades de aquisição, que é a outra via para crescer”, afirma o vice-presidente do grupo, Marcos Balsamão. E já há negócios em vista, segundo Ricardo Ferreira, também vice-presidente. “Vamos fazer cinco aquisições nos próximos 30 meses”. No ano passado, o faturamento foi de R$ 1,3 bilhão e neste ano devemos chegar a R$ 1,45 bilhão”.
PRIVATE EQUITY
- A H.I.G. Capital, uma das principais empresas de private equity do mundo com mais de US$ 13 bilhões de capital sob gestão, fez a sua terceira aquisição no Brasil, a segunda em 15 dias. Desta vez, a H.I.G. comprou a goiana LG Sistemas, fornecedora de software para recursos humanos.
- Linx compra Opus Software, de varejo de serviços, por R$ 9 milhões A desenvolvedora de softwares para gestão empresarial Linx anunciou que celebrou um contrato para compra da Opus Software, que atua no segmento de varejo de serviços. O valor total da aquisição é de R$ 9 milhões
- HIG Capital compra empresa de software LG Sistemas para RH A H.I.G. Capital, uma das principais empresas de private equity do mundo, fez a sua terceira aquisição no Brasil, a segunda em 15 dias. Desta vez, a H.I.G. comprou a goiana LG Sistemas, fornecedora de software para recursos humanos. O apetite do fundo, que comprou a rede de idiomas Cel-Lep e a fabricante de sorvetes Creme Mel não deve parar por aí.
"Market Movers” - Exterior
- Farmacêutica dos EUA compra irlandesa Elan A farmacêutica norte-americana Perrigo comprará a empresa irlandesa de biotecnologia Elan por US$ 8,6 bilhões, no mais recente negócio do setor motivado, pelo menos em parte, por questões fiscais.
- Schneider Electric adquire inglesa Invensys por 3,4 milhões de libras. O grupo francês Schneider Electric, fabricante de sistemas de gestão de energia, anunciou que chegou a um acordo para a compra de 100% do capital social da Invensys, fornecedora inglesa de software para automação industrial.
- Megainvestidor George Soros compra fatia da Herbalife O megainvestidor húngaro George Soros adquiriu uma grande participação na empresa de suplementos nutricionais Herbalife. A CNBC não soube informar, no entanto, qual é a participação adquirida por Soros, mas afirmou que a Herbalife se tornou uma das três maiores participações nos fundos do investidor.
- 'New York Times' vende o jornal 'Boston Globe’ O "New York Times" anunciou neste sábado (3) que aceitou vender o jornal "The Boston Globe" por US$ 70 milhões ao investidor americano John W. Henry, 63 anos. Ele é o principal acionista do Boston Red Socks e do Liverpool, clube de futebol da Premier League inglesa. O principal jornal americano obtém, com isso, menos de 10% do valor pelo qual havia adquirido o "Globe" em 1993: US$ 1,1 bilhão.
- Cemig vai comprar PCHs para compensar usinas que devolverá ao governo. A elétrica Cemig planeja aquisições, especialmente de pequenas centras hidrelétricas (PCHs), para compensar as usinas que serão devolvidas ao governo a partir de 2014, disse um executivo da companhia nesta terça-feira.
- WEG vê semestre bom e planeja aquisições fora A fabricante de motores elétricos e equipamentos divulgou ontem seu balanço, com crescimento de 11,2% na receita líquida no segundo trimestre, para R$ 1,7 bilhão. O lucro líquido cresceu 47%."Temos balanço para poder fazer captações para um programa de investimentos e aquisições", afirma Gomes.
- O Buscapé quer comprar sua startup. VP de desenvolvimento de negócios da companhia diz que eles estão de olho no mercado e dá dicas para quem quer emplacar uma nova ideia. A história do Buscapé é bastante parecida com a de diversas startups norte-americanas, mas com uma diferença fundamental: ela aconteceu no Brasil. Desde 1999, ano em que o site foi lançado, a empresa se tornou sinônimo de caso de sucesso no país, com aportes milionários, fusões estratégicas e aquisições rentáveis.
- Sob nova direção, Softtek avalia aquisições no país. Miguel Saldivar completa neste mês 22 anos na Softtek, companhia mexicana de serviços de tecnologia da informação (TI). “O Brasil é o segundo mercado mais importante para a Softtek, depois dos Estados Unidos, e pode tornar-se o maior mercado no futuro”, disse Saldivar. Para manter um ritmo de expansão mais forte que a média do mercado, a Softtek investiu em softwares e serviços e começa a avaliar aquisições no país. “Avaliamos companhias que possuem uma oferta de produtos complementar ao nosso portfólio”, disse Saldivar. A área de maior interesse é a de aplicações que permitem o acesso a serviços de TI de dispositivos móveis. O valor a ser investido em aquisições é mantido em sigilo. O executivo estima fechar pelo menos uma compra nos próximos 12 meses.
- CWT considera aquisições no país. A operação entre o grupo japonês JTB e a Alatur ameaça a posição de liderança da franco-americana Carlson Wagonlit Travel (CWT) no mercado brasileiro de viagens corporativas. No ano passado, a diferença entre as duas companhias foi de R$ 300 milhões - a CWT registrou faturamento de R$ 1,6 bilhão e a Alatur, de R$ 1,3 bilhão."O crescimento é uma necessidade contínua em nosso setor e as aquisições aceleram este movimento", afirmou ontem André Carvalhal, presidente da companhia para Brasil, América Latina e Caribe.
M & A - VENDA
- Telecom Italia nega venda da TIM, mas admite: "Há sempre um preço para tudo" A Telecom Italia, maior grupo de telefonia da Itália e controlador da TIM Brasil, cortou suas estimativas de lucro para 2013, citando a difícil situação econômica, forte competição no mercado de telefonia móvel doméstico e regulação hostil. Com relação à TIM Brasil, o presidente do conselho da Telecom Italia, Franco Bernabè, afirmou que a tele continua um ativo importante para o grupo, mas uma venda da unidade não está excluída. "Sempre há um preço para tudo, depende do preço. Eu estou pronto para considerar qualquer opção pelo preço certo, mas eu creio que por agora reiteramos que o Brasil é um ativo importante para nós”.
- HRT não descarta fusão com empresa do setor A HRT corre contra o tempo para reforçar seu caixa e readequar seu planejamento de longo prazo. As alternativas estão sendo trabalhadas por um comitê criado no fim de junho e que terá a assessoria de uma instituição financeira na alocação de recursos. Até o fim deste trimestre, a petroleira publicará a revisão de seu planejamento estratégico. Fazer uma fusão com outra empresa do setor também é avaliado. A companhia captou R$ 2,5 bilhões com sua oferta pública inicial de ações (IPO) em 2010.
- Diageo continua com sede de aquisições. A Diageo PLC tem apostado nos últimos anos em mercados emergentes de rápido crescimento como a América Latina, a China e a Índia, para compensar vendas fracas em mercados maduros. Ao procurar aquisições para gerar mais crescimento, Menezes está tomando um caminho semelhante ao de seu antecessor, Paul Walsh. Walsh liderou as bem-sucedidas ofertas pela cachaça brasileira Ypioca, pela fabricante turca de raki Mey Içki e pela chinesa Shui Jing Fang.
PRIVATE EQUITY & VENTURE CAPITAL
- Fundos brasileiros perdem espaço na AL. O Brasil tem atraído menos de um terço dos recursos destinados a fundos de private equity, que investem na compra de participações em empresas, na América Latina. Dos quase US$ 2,5 bilhões captados para a região no primeiro semestre deste ano, US$ 758 milhões vieram para o país, de acordo com dados da Emerging Markets Private Equity Association (Empea). Em 2011, auge da euforia dos investidores com a economia brasileira, os fundos locais responderam por mais de 80% das captações na região. De um modo geral, os investidores de private equity possuem visão de longo prazo. Mas com a piora da avaliação do mercado em relação ao país, os gestores terão de mostrar se são capazes de entregar resultados mesmo em cenários mais adversos.
- Bessemer quer investir no Brasil. O fundo americano Bessemer Venture Partners abriu uma operação em São Paulo no começo do ano, com a meta de investir até US$ 50 milhões em empresas de tecnologia brasileiras. Até agora, o fundo tinha feito apenas dois investimentos por aqui: um aporte não revelado no site de classificados OLX, comprado pelo grupo de mídia sul africano Naspers em 2010 e uma aporte de US$ 10 milhões em uma empresa de internet não revelada em 2010.
IPO
- CVC terá IPO, mais vendas online e abertura de novas lojas, diz Falco. Com o foco no desenvolvimento das vendas online e na abertura de novas lojas – existe o plano de 80 novas lojas ainda este ano -, a CVC afirma que vai apostar “mais” onde o cliente quiser comprar viagens. Com relação a abertura de capital, Falco afirma que a proposta é dinamizar o mercado com o IPO da CVC. “Vamos aproximar o mercado de capitais da indústria de Turismo”, comentou. “O mercado de Telecon tem 6% do PIB e todas as empresas são abertas. O mercado de Ensino tem 1% do PIB e também tem 100% de suas empresas com capital aberto. Já o Turismo tem 4% e nenhuma empresa aberta. É natural a busca pela abertura de capital e isso vai ser muito bom para o setor”, emendou.
DA SEMANA SEGUINTE >>>05 a 11/ago/13 >>>;
DA SEMANA ANTERIOR >>>22 a 28/jul/13 >>>;
FUSÕES E AQUISIÇÕES: 66 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM JULHO/13
TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em julho/2013
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