07 abril 2013

'Private equity' mira pequenos investimentos

Um em cada três investimentos de fundos de "private equity" (que compram participações em empresas) no país é feito com menos de US$ 25 milhões (R$ 49,8 milhões).

 É o que revela um estudo da Empea, associação de "private equity" dos países emergentes. Foram 34% em 2012.

 Os dados mostram que aquisições desse porte não eram registradas pela associação até 2009. Em 2011, os negócios menores representaram 21% das compras fechadas pelo fundos.

 "Quando se investe em empresas pequenas e médias existe um risco maior e, portanto, uma possibilidade de retorno também maior. São companhias menos estabelecidas no mercado e que despertam menos confiança", diz Clovis Meurer, presidente da Abvcap, associação brasileira do setor. 

A estratégia de fazer investimentos menores é considerada interessante pelo sócio e diretor-executivo do Grupo Stratus, Álvaro Gonçalves.

 "Uma empresa menor é mais fácil de vender. Com grandes valores envolvidos, o leque de eventuais compradores futuros fica limitado", afirma Gonçalves. Há, porém, quem discorde da prática e prefira alocações maiores.

 "Empresas com foco em pequenas aquisições têm mais dificuldade de atrair profissionais bem qualificados. O sistema de gestão corporativa costuma ser menos profissional", aponta Cristiano Lauretti, sócio do Kinea Investimentos.

 No ano passado, os fundos de "private equity" no Brasil fecharam 70 negócios com investimento de US$ 4,4 bilhões, de acordo com os dados da Empea.
 "O Brasil ainda engatinha no mercado de 'private equity'. A quantidade de investimentos do setor é muito baixa por aqui em comparação com países ricos e outros emergentes" ÁLVARO GONÇALVES Sócio e diretor-executivo do Grupo Stratus Por MARIA CRISTINA FRIAS
Fonte: Folha de São Paulo 07/04/2013

07 abril 2013



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