09 abril 2013

Mare, de Landim, e Santander entram no capital da DeepFlex

Fabricante de linhas flexíveis para setor de óleo e gás tem sede em Houston, nos EUA

 A empresa americana DeepFlex, fabricante de linhas flexíveis para a indústria de petróleo, será brasileira. Uma participação de 50% na companhia, que tem sede em Houston e uma fábrica em Manitowoc, Wisconsin (EUA), foi adquirida na sexta-feira pelos fundos de investimentos Brasil Petróleo I e Brasil Petróleo II. Os dois fundos têm gestão compartilhada pela Mare Investimentos e pela Mantiq Investimentos, do banco Santander. A Mare foi criada pelo executivo Rodolfo Landim junto com Demian Fiocca (ex-BNDES), Nelson Guitti (ex-Petrobras) e o Banco CR2, de Claudio Coutinho.

 Os dois fundos administram US$ 370 milhões, mas o valor da operação com a DeepFlex não foi informado. Pela estrutura societária desenhada para a operação, o investimento será feito em uma empresa brasileira que será formada que terá 100% da DeepFlex. Os fundos da Maré e Mantiq serão donos de 50% dessa empresa brasileira e os atuais sócios da americana terão os 50% restantes da companhia.

 Ao comemorar o fechamento do negócio, o primeiro da Mare, Rodolfo Landim explicou que o objetivo é fornecer recursos para os planos de expansão da companhia transferindo para o Brasil todas as novas instalações industriais da DeepFlex. "Fechamos o primeiro negócio da Mare Investimentos e isso é só o começo", afirmou Landim ao Valor.

 A aposta é que o mercado brasileiro será responsável, nos próximos anos, por 65% da demanda mundial por tubos flexíveis usados para produzir petróleo no mar e a entrada dos sócios brasileiros permitirá ainda atender às regras de conteúdo local. Nelson Guitti chamou atenção ainda para o fato de uma nova tecnologia, de material compósito, que será trazida para o país.

 "Esta tecnologia será trazida para o Brasil a partir do investimento numa fábrica local que transformará o país em uma plataforma capaz de atender a demanda mundial", afirma Guitti.

 A Mare Investimentos é apenas um dos negócios criados por Landim depois que o executivo saiu da EBX, holding de Eike Batista. Landim ajudou o empresário a criar a petroleira OGX e o estaleiro OSX, empresas que ele presidiu antes de deixar o grupo por desavenças com Batista.

 Mais recentemente o executivo criou uma companhia de petróleo, a Ouro Preto Óleo e Gás, para fazer sua estreia em um leilão de áreas. A companhia está entre as primeiras habilitada para participar da 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em maio. Valor Econômico
Fonte: interjornal 09/04/2013

09 abril 2013



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