16 abril 2013

GranBio compra 25% da empresa norte-americana de tecnologia limpa American Process Inc. (API)

Aquisição de participação acionária estratégica marca a entrada da GranBio no desenvolvimento de bioquímicos e acelera plano de negócios da API

A GranBio concluiu a aquisição de 25% de participação acionária na empresa norte-americana de tecnologia limpa American Process Inc. (API). Com o acordo, a GranBio terá acesso a uma plataforma proprietária de pré-tratamento de biomassa que torna possível, com custos reduzidos, desenvolver açúcar de celulose como matéria-prima para a conversão de uma grande variedade de produtos bioquímicos e biocombustíveis.

 “O investimento na API marca a entrada da GranBio no mercado norte-americano de energia limpa. Esse é um movimento estratégico de nossa parte, visto que a solução de pré-tratamento desenvolvido pela API permite a produção de açúcar de celulose de baixo custo, que também atende as rigorosas especificações exigidas para a fabricação de bioquímicos. Com essa plataforma, seremos capazes de expandir as atividades da GranBio para outros produtos, além do etanol celulósico”, disse o presidente da GranBio, Bernardo Gradin.

 "A associação com a GranBio, uma líder em produção de biotecnologia, fortalece a API e torna possível o crescimento do nosso plano de negócios de forma mais agressiva. Acreditamos que a produção de açúcar de baixo custo é chave para desvendar o potencial da biomassa como matéria-prima versátil para combustíveis, químicos e outros produtos. Temos parcerias com empresas para completar a nossa cadeia de fornecimento na conversão de açúcar em produtos de alto valor agregado. Estamos muito animados e otimistas com as perspectivas de construir a primeira usina em escala comercial com a tecnologia da API no Brasil, seguida por outra nos Estados Unidos”, disse a diretora-presidente da API, Theodora Retsina.

 Sobre a GranBio
A GranBio é uma empresa 100% brasileira, fundada em junho de 2011, com a visão de se destacar como pioneira industrial em biocombustíveis e bioquímicos. Como empresa de biotecnologia, a GranBio é focada no desenvolvimento de tecnologias proprietárias e alianças estratégica para serem escaladas industrialmente no Brasil. Em janeiro, a BNDESPAR fez um aporte de R$ 600 milhões na companhia, detendo 15% das ações da GranBio.

 A planta de etanol 2G de Alagoas, uma das primeiras a ter a construção anunciada no mundo, deve entrar em operação no início de 2014. Com capacidade de produção nominal de 82 milhões de litros por ano. A GranBio, que aparece na lista das 10 empresas mais inovadoras na América do Sul pela revista americana FastCompany, está investindo R$ 350 milhões na construção da unidade.

 Sobre a API - Sugar is the new crude®
Fundada em 1995, pela engenheira química grega Theodora Retsina, como uma empresa de consultoria de engenharia para a indústria de celulose e papel, a API tem se especializado, nos últimos anos, no desenvolvimento de tecnologias comerciais rentáveis para a produção de açúcares e etanol a partir de biomassa. As soluções desenvolvidas também provaram ser apropriados para produtos bioquímicos, devido à pureza dos açúcares produzidos. A empresa tem um conjunto robusto de propriedade intelectual em suas duas tecnologias: AVAP® e GreenPower+®.

 A AVAP é capaz de produzir açúcares de celulose em larga escala com baixo custo, a partir de qualquer biomassa celulósica. O sistema converte a celulose e a hemicelulose da biomassa por meio de um processo que combina a utilização de produtos químicos e enzimas. A API possui uma planta de demonstração integrada em Thomaston, Geórgia, para testar uma variedade de matérias-primas e formar parcerias com empresas químicas e conversoras de combustíveis para desenvolvimento de açúcares. A planta já está sendo operada pela AVAPCO, filial da API.

 A tecnologia GreenPower+®, também conhecida como GP+, pode ser utilizada em unidades de produção de etanol de primeira geração já existentes e tem a vantagem de não necessitar de produção em larga escala e enzimas. A tecnologia de baixo custo produz açúcares de celulose, extraindo somente as hemiceluloses a partir da biomassa. O restante do material pode ser utilizado para as outras demandas da unidade produtiva, como geração de energia eléctrica ou peletização. A GP+ está sendo usada em escala comercial na Biorefinaria da API em Alpena, Michigan.

 A API tem sede em Atlanta e escritórios em Atenas, Grécia e Romênia.
Fonte: maxpressnet 16/04/2013

16 abril 2013



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