22 abril 2013

FQM compra a SKL Pharma e entra no setor de probióticos

Margarina funcional, iogurte com lactobacilos e biscoitos com fibras são alimentos já comuns no nosso dia-a-dia. Mas os mesmos princípios utilizados nesses alimentos agora começam a ser vendidos como produtos funcionais, os chamados probióticos. No mundo, é um mercado que gira em torno de R$ 20 bilhões, com crescimento entre 6% e 7% ao ano, segundo relatório Global Industry Analysis feito pela Transparency Market Research (TMR). De olho nesses números, o grupo FQM, dono dos laboratórios Farmoquímica e Herbarium, adquiriu o SKL Pharma, indústria especializada nesse segmento.

 "São produtos muito utilizados por médicos no apoio a tratamentos de pessoas internadas. Além de reconstruir a flora intestinal, eles ainda ajudam a melhorar a imunidade", afirma o presidente do grupo, Marcelo Geraldi.

 O grupo FQM vinha tentando começar a produzir esses produtos em seus laboratórios, mas encontrava dificuldades em liberá-los na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O SKL Pharma, porém, já possuía em seu portfólio cinco marcas aprovadas, era o único laboratório do país capaz de produzir uma linha de tais medicamentos, explica Geraldi. "Por isso, a aquisição foi uma ótima solução", completa o presidente.

 Segundo Geraldi, os grandes laboratórios ainda não possuem uma linha especializada nesse segmento. Por isso, o grupo criou uma marca nova para ser mais facilmente reconhecida pelo consumidor: a Invictus. "Estamos saindo na frente e focando em medicamentos com receita. Queremos criar a primeira marca que o médico indique e o consumidor associe como a de probióticos no Brasil." Os medicamentos não serão diretamente vendidos nas prateleiras das drogarias, como os da Herbarium, mas atrás do balcão e com receita médica.

 Além dos probióticos, que são os medicamentos com as bactérias benéficas ao intestino, o laboratório também fabricará os remédios simbióticos, que além das bactérias trazem fibras que as alimentam e estimulam seu crescimento mais rapidamente. As bactérias não são cultiva nos Brasil. Elas são importadas em forma de cepas, principalmente dos laboratórios Du Pont e Danisco.

 Com receita bruta de R$ 500 milhões em 2012, o FQM está em 18º lugar no ranking de grupos farmacêuticos do país segundo ranking do IMS Institute. Com a aquisição o grupo espera crescer, em 2013, 26%. Só a Invictus deve faturar R$ 30 milhões no próximo ano, diz seu presidente.

 A Farmoquímica foi fundada no Rio de Janeiro em 1930 pela família de Marcelo Geraldi, atual presidente da empresa. Em 2001, o controle foi adquirido pelo grupo argentino Roemmers, mas a família continuou com um percentual e na direção da empresa. "Apesar de ser o período em que os genéricos estavam na moda e que outras empresas do setor nacionais migravam com tudo para esse mercado, nós decidimos ampliar nossa linha e focar na venda dos produtos de marca." Hoje, só a Farmoquímica possui 120 marcas, com 177 apresentações. Entre as mais conhecidas, o xarope expectorante Abrilar, o anticoncepcional de baixa dosagem Annita e o relaxante muscular Dolamin. Autor: Paola MouraValor Econômico
Fonte: tudofarma 22/04/2013 

22 abril 2013



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