06 janeiro 2013

Fusões movimentam mercado de TI

Começar uma nova empresa significa trabalho árduo e dedicação diária, seguido de expectativas de mercado. No mundo das joint ventures as coisas não são tão diferentes, embora os desafios encontrados pelo caminho exijam mais experiência e planos em longo prazo. 

Segundo Alexandre Martinez, gerente-geral da Etek NovaRed (joint venture iniciada em abril de 2012 entre empresas chilena e brasileira), o mercado nacional apresenta muitas oportunidades para movimentações desse tipo. “Há espaço no cenário atual para fusões baseadas em bons planos de negócios”, comenta, “mas é preciso paciência”, conclui o executivo.

 Com um crescimento de 30% em 2012, a companhia de Martinez espera dobrar de tamanho a cada dois anos e meio, chegando a crescer de 20% a 30% ao ano. “Nosso plano é de cinco anos e estamos confiantes com o sucesso atingido até agora”, diz. Para ele, qualquer iniciativa similar deve estabelecer metas de mercado mínimas de 12 meses. “Nenhuma joint venture tem êxito antes desse prazo”, afirma. 

Visando se sobressair em um mercado pulverizado, onde há muitas empresas oferecendo serviços e produtos específicos, a Etek NovaRed do Brasil surgiu da iniciativa de ampliar o portfólio de segurança entre duas companhias distintas, a Etek uma multinacional brasileira e a NovaRed fundada no Chile em 1995. “Embora houvesse uma diferença cultural significativa, o objetivo e o segmento trilhado pelas duas organizações eram parecidos”, aponta Martinez.

 De fato, ambos os CEOs das empresas queriam a parceria não só para expandir geograficamente a atuação de seus negócios, mas também porque a joint venture irá servir de laboratório para a fusão das marcas em outros países. “No momento, a Etek NovaRed existe apenas no Brasil por uma decisão conjunta entre as diretorias”, revela o gerente-geral.

 Para o executivo, a implantação da marca conjugada ocorreu de modo bastante conturbado, especialmente a adaptação cultural da equipe chilena aos costumes tupiniquins. “Adotamos a cultura chilena como mais importante para estabelecermos uma boa convivência no ambiente de trabalho”, explica. De acordo com o executivo, é de extrema necessidade envolver todos os colaboradores da empresa na integração de uma joint venture.

 “Transparência e interação são palavras-chaves para o bom resultado de uma empreitada como essa”, afirma Martinez. Além disso, segundo ele, é importante planejar todas as questões envolvidas no processo de fusão: O por que da joint venture?; Qual empresa se identifica com a minha?; E quais objetivos eu quero alcançar?

 Mesmo com tantos desafios, as joint ventures oferecem vantagens, principalmente para organizações muito novas ou de fora da região de atuação, de reconhecimento de marca, facilidade de adaptação, compartilhamento de know-how e de infraestrutura. Segundo Alexandre Martinez, o crescimento operacional pode ser acelerado através de uma fusão empresarial, desde que haja comprometimento e interação mutua. Por Rodrigo Aron
 Fonte: DecisionReport 03/01/2013

06 janeiro 2013



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