27 outubro 2012

Pesquisa da Febraban aponta aceleração da economia em 2013

Dados da Pesquisa de Projeções Macroeconômicas da Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN confirmam que a economia brasileira continua mostrando sinais de aceleração do ritmo de crescimento em 2013, reagindo às medidas do governo e com a retomada do crédito.

De acordo com o levantamento realizado entre 19 a 23 de outubro, com analistas de 31 instituições financeiras, a previsão para o crescimento do PIB recuou ligeiramente para 1,5% em 2012 e 3,9% para 2013, ante 1,6% e 4,1% na pesquisa anterior, respectivamente. A recuperação esperada em 2013 é generalizada, mas com destaque para o setor industrial, impactado pelos efeitos das ações recentemente implementadas, observa o relatório da FEBRABAN.

 Crédito  
Há uma perspectiva de melhora marginal do crédito e queda dos índices de inadimplência, ante os dados atuais do BC, favorecendo a aceleração econômica, possivelmente em consequência das medidas recentes de estímulo.

Para a carteira total, a expansão prevista é de 16,1% para 2012 e de 16,3% para 2013, de 16% e 15,9%, respectivamente, na pesquisa anterior. A estimativa para a carteira com recursos livres passa de um crescimento de 14,8% para 15,7% em 2013, com melhora tanto no segmento de Pessoa Física como Jurídica. Crédito direcionado segue com previsão de maior expansão, de 19% para 2012 e 17,8% em 2013. Crédito com recursos livres deve crescer 14,8% em 2012 e 15,7% em 2013;

 Inflação 
Há pequenos ajustes ante a pesquisa anterior , que convergem para o patamar de 5,4% em 2012 e 2013 no caso do IPCA. Nível é superior ao observado nos cenários do BC, de 5,2% em 2012 e 4,9%/4,8% em 2013.

Divergência apontada por diferenças específicas, como preços dos alimentos e monitorados, mas também uma percepção do mercado de uma abordagem mais gradualista da autoridade monetária em relação à meta inflacionária;

 Selic  
A pesquisa mostra convergência na expectativa da Selic para o patamar de 7,25% a.a. na próxima reunião do Copom e encerramento de 2012.

Para o final de 2013, também houve grande convergência para o patamar de 7,25% a.a., esperado por 50% dos economistas, de apenas 4,2% na pesquisa anterior. Ainda em relação ao próximo ano, nenhum economista espera Selic abaixo de 7,25% a.a. em dez/13;

 Câmbio  
A taxa de câmbio esperada também converge para o patamar de R$ 2,00 em 2012 e 2013. Câmbio real médio mais desvalorizado e tendência dos últimos dados do setor externo seguem favorecendo previsões de menor déficit em conta corrente em 2012 e 2013.

Como efeito, pela primeira vez se espera que mais de 100% do déficit de 2012 seja financiado por investimento diretos. Para 2013, investimento direto deverá financiar 90% do déficit, também com melhora ante a pesquisa de setembro;

 Política fiscal  
Últimas ações do governo no âmbito fiscal levam a novo recuo na previsão de superávit primário em 2012 e 2013, para 2,6% e 2,7% do PIB, respectivamente e economistas veem influência mais expansionista. Mas, permanece expectativa de recuo do déficit nominal e da relação Dívida Líquida/PIB nos dois anos;

 Mercado internacional 
Expansão prevista para a atividade econômica (PIB) nos EUA se acomoda no patamar de 2,1% para 2012 e 2013, acima da expansão de 1,7% em 2011.

Grandes incertezas no cenário internacional dificultam previsões, mas percepção maior é de que continuará sem influência inflacionária sobre a economia doméstica por um longo período de tempo, além de 2013. Extraído de: economiabaiana
 Fonte: Ecofinancas 27/10/2012

27 outubro 2012



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