04 outubro 2012

Edital para aceleradoras em TI sairá em novembro, diz ministério

Como parte do programa TI Maior, anunciado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no fim de agosto, o governo vai lançar em novembro um edital para a seleção de quatro aceleradoras que serão responsáveis pelo apoio aos projetos de empresas novatas no Brasil . Cada uma dessas organizações responderá por uma faixa de oito a dez "startups". O recurso previsto para essa iniciativa é de cerca de R$ 40 milhões até 2014.

 O processo de escolha das aceleradoras levará em consideração aspectos como capacidade de atração de investidores-anjo; contatos com fundos de investimento do Brasil e do exterior; métodos de aceleração; e qualidade dos mentores, como são chamados os profissionais e especialistas que auxiliam as empresas novatas a definir e refinar seus modelos de negócio.

 A previsão é que a seleção seja concluída até o início de janeiro. Terminada essa etapa, um novo edital será lançado para a escolha de 40 startups, cujos projetos serão apoiados pelas aceleradoras em questão.

Segundo Rafael Henrique Rodrigues Moreira, coordenador geral de software e serviços de tecnologia da informação (TI) do MCTI, cada uma das empresas novatas receberá uma verba de até R$ 200 mil, a fundo perdido, e até 25% das "startups" incluídas no programa poderão ser do exterior. "Nesse caso, a condição é que essas empresas tenham projetos de desenvolvimento de software relacionados a demandas locais, como por exemplo, um sistema voltado ao setor de petróleo e gás", observou. Ele acrescentou que a meta do governo é ampliar o número anual de startups incluídas de 40 para uma faixa de 100 a 150 empresas a partir de 2014.

 A estimativa é que a escolha primeiras 40 startups esteja definida até abril. Essa vertente do programa estará interligada à estratégia de abertura de escritórios no exterior para o desenvolvimento de negócios no mercado internacional . A primeira iniciativa nesse sentido será a inauguração, no fim de novembro, de uma unidade no Vale do Silício, em ação coordenada pela Apex.

 Moreira diz que a estratégia tem dois objetivos principais no radar. "O primeiro deles é estabelecer um relacionamento mais próximo das startups brasileiras com esse ambiente, o que pode abrir portas para vendas no exterior ou mesmo a atração de aportes de fundos de investimento", afirmou. Em outra frente, a ideia é entrar em contato com projetos de empresas novatas internacionais que tenham projetos de interesse de aplicação para o Brasil .

 O coordenador anunciou ainda que o governo programa para o primeiro bimestre de 2013 o lançamento de um edital para a seleção de projetos de instalação de centros de pesquisa de empresas globais de tecnologia no país. Com recursos previstos como incentivos fiscais, a meta do programa é atrair quatro novos centros globais de inovação até 2015, disse Moreira. "Não queremos que as multinacionais desenvolvam 100% de um ou mais sistemas aqui, mas já não faz sentido um país que é o quinto mercado de tecnologia no mundo não ter uma base forte de pesquisa e desenvolvimento global", afirmou. Extraído de: valor.com
Fonte: ecofinancas 04/10/2012

04 outubro 2012



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